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Caras da ModaLisboa #5: a comunicação é de Manuela Oliveira

Escrito por
Catarina Moura
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Não conhece outra casa para trabalhar que não esta, a ModaLisboa. Ainda não tinha terminado o curso de Ciências de Comunicação, já estava a estagiar nesta área na ModaLisboa. Foi há 12 anos. “Às vezes penso que se calhar devia ter mudado, ter outro tipo de experiências, mas o facto é que aqui sempre me senti bem e sempre achei o trabalho desafiante”, diz Manuela Oliveira, coordenadora de comunicação nacional e internacional.

Quem vê Manuela, simpática, de baton vermelho e a usar os designers que passam pela ModaLisboa não diz que não gosta de câmaras de filmar ou de fotografias, gosta dos bastidores e de criar a ponte entre o jornalista e o designer, sugerir formas de cobrir a mesma história de maneiras diferentes.

Desde a faculdade que manteve a ideia da comunicação cultural e um gosto especial pela moda e pode exercê-lo nesta função que é muito mais, diz, do que fazer a comunicação deste evento duas vezes por ano, em Março e em Outubro. “Como somos uma equipa pequenina tudo ao nível da organização é discuto com todos, mesmo o planeamento, a cenografia... é um trabalho super criativo, a cada edição é diferente.”

Quando começou, a equipa de comunicação era maior. No escritório, todos os dias, são oito pessoas; nos três dias de ModaLisboa são precisas 600. Os recursos têm vindo a diminuir e, se entre as apresentações das estações quase não dá por ela, de repente chega a hora h e tem 500 pessoas acreditadas para cobrir a ModaLisboa. É preciso encaminhá-las a designers, guiá-las pelo recinto em direcção aos bastidores, acompanhar entrevistas, fazer pivôs para o programa de televisão que acompanha a ModaLisboa, resolver encrencas no check in e até outras, daquelas que ninguém sabe bem de que departamento são.

A chegada ao Centro Cultural de Belém, por exemplo, trouxe entusiasmo a toda a gente depois de seis anos de Pátio da Galé, mas trouxe também problemas que ninguém soube prever. “Na sexta-feira descobrimos que a nossa garagem [onde acontecem todos os desfiles], tão gira para fazer desfiles é toda de betão e portanto não há internet, não há sinal, não há dados, nada. Tivemos de fazer tudo em falsos directos e vir cá para fora mandar os dados aos de exteriores. Estávamos a hiperventilar”.

O pior dia é a sexta-feira e aparentemente Manuela já não se assusta com isso. A ansiedade é pela chegada do domingo, o dia mais calmo, em que até teve tempo para conversar um bocadinho connosco e terminar a conversa que tínhamos deixado a meio no dia anterior. Ok, entrevista de Manuela Oliveria, Parte II: “o domingo é aquele dia em que já está tudo feito, tudo a correr e por isso costumamos dizer ‘ao domingo é quando estamos prontos para começar”.

Entre acompanhar o percurso dos designers desde que saem das faculdades até fecharem o calendário da ModaLisboa, como aconteceu com Luís Carvalho na estação passada, e ignorar o sitting, a parte que mais odeia e que por isso delega, por exemplo, no Ivan, o terrível polícia do sitting, é altura de começar a fazer balanços e olhar já um nadinha lá para a frente. O lugar da próxima ModaLisboa já está fechado: o re-aberto Pavilhão Carlos Lopes, junto ao Parque Eduardo VII.

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