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Fomos ao sorteio do Re-Habitar Lisboa

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Dez casas, 3365 candidatos. São estes os números da 13ª edição do programa de renda convencionada da Câmara Municipal de Lisboa que continua a bater recordes de candidaturas. Quisemos ver com os nossos próprios olhos como tudo funciona

Algumas dezenas de pessoas foram assistir ao sorteio que decorreu no edifício da Câmara Municipal de Lisboa, porta 25 do Campo Grande. Antes de entrarem na Sala de Concursos e Hastas Públicas, alfacinhas de todas as idades, sozinhos, em família ou com amigos, esperaram. A hora da verdade estava marcada para as 14h30, mas a pontualidade não é um dos fortes da casa.

Eram 14h42 quando abriram as portas da sala onde decorreu o sorteio do Re-Habitar Lisboa, mas os cerca de 50 lugares sentados depressa se tornaram insuficientes. "Estão mais pessoas do que é habitual", disse uma das funcionárias municipais, enquanto explicava que era preciso esperar pela vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local, Paula Marques. Apesar de ter chegado apenas três minutos depois (estava trânsito), fizeram-se ouvir imediatamente comentários de descontentamento: "A validade do acto depende da presença dela?", ouviu-se. Não depende, mas depressa tudo se resolveu. "Temos consciência que precisamos de uma resposta mais alargada, vamos pôr mais casas em reabilitação", adiantou a vereadora, preocupada com o número crescente de candidatos ao programa (três são da Time Out Lisboa).

Paula Marques explicou como tudo funciona com a ajuda da Engenheira Marta (assim foi apresentada), especialista no sistema informático e em informatiquês que poucos perceberam, mostrando-se, ainda assim, disponível para esclarecer todas as dúvidas no final da sessão. Percebemos que o sistema funciona através de algoritmo e tudo é totalmente aleatório. Um sistema que substitui a clássica tômbola, que embora analógica poderia transmitir um pouco mais de confiança aos desconfiados.

O sorteio começou às 14h54. Um Power Point projectado numa tela foi mostrando os resultados. Um candidato principal e cinco suplentes por fogo. Os candidatos eram tantos que o aplicativo estava lento. Enquanto eram anunciados os candidatos fazia-se silêncio. O fado não se ouvia, mas sentia-se em comentários sussurrados. "É como ganhar o Euromilhões". "Já foi..". "Ainda não foi desta". Suspiros.

Tudo acabou às 15.00 em ponto. Não houve manifestações de alegria. Ou nenhum dos presentes foi presenteado, ou adiou os festejos para mais logo. Saímos. Para o próximo mês há mais.

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