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Fotografia: Arlindo Camacho

As 35 melhores Mentiras Para Contar a Turistas

Ainda não se falava em “alternative facts” e nós já andávamos a inventar “verdades facultativas”

Escrito por
Luís Leal Miranda
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O turismo tem costas largas: é bom para a economia e mau para a vida na cidade; é o anjo da reabilitação e o demónio da habitação; é cosmopolitismo e fila para tudo – transportes, restaurantes, museus, atravessar a passadeira. E os turistas, essa tribo errante, não vão levantar acampamento tão cedo de Lisboa, por isso temos muito tempo para lhes contar tudo aquilo que eles não precisam de saber. Nesta lista que lhe preparámos de mentiras para contar a turistas em Lisboa encontra pedaços de uma olisipografia apócrifa ou 35 razões para fazer crescer o nariz de Pinóquio. Se preferir ver os turistas à distância de uns binóculos, sugerimos seis sítios para evitar turistas em Lisboa. Ou então, revire os olhos com estas 20 perguntas bizarras que os turistas fazem.

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Mentiras Para Contar a Turistas

1. A estação de Arroios é um mito

A estação de metro de Arroios nunca existiu. É um mito. O nome existe nos esquemas do metro, e perto da Praça do Chile podem encontrar-se vestígios de uma antiga estação de metropolitano. Mas a falsa paragem esconde um elaborado sistema de túneis usado pelos Serviços Secretos Portugueses para esconder as receitas dos pastéis de Belém e as meias sem par que desaparecem dos lares portugueses todos os dias.

2. Atirar beatas ao chão é ilegal

A CML anunciou recentemente que haverá multas para quem atirar beatas ao chão. Lisboa era a única cidade europeia onde, em pleno século XXI, o arremesso de senhoras muito católicas ainda era permitido. Esta nova medida visa aumentar a frequência dos lugares de culto, proteger as paróquias lisboetas e acabar com os preconceitos à volta das senhoras que têm o terço em cassete.

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3. A luz de Lisboa está à venda

A famosa “luz de Lisboa” pode ser comprada. É possível adquirir em qualquer uma das lojas de candeeiros da cidade uma lâmpada que corresponde, com maior ou menor precisão, à luminosidade de Lisboa num dia de Sol. Existem lâmpadas diferentes, representando estações do ano distintas. E lâmpadas reguláveis que simulam a luz da cidade ao longo do dia. Menos popular é a Noite de Lisboa, um complexo dispositivo de persianas que imita o anoitecer na capital.

4. As bicicletas caídas na rua são arte contemporânea

Existem rumores de que as trotinetas desarrumadas em Lisboa, ou em lugares insólitos, fazem parte de um grande projecto artístico. Diz-se por aí que um artista plástico está a usar estas viaturas como elemento de uma grande pintura, que ficará resolvida quando as suas localizações de GPS se juntarem, numa espécie de jogo de ligar os pontos à escala de uma cidade. As más línguas juram que o desenho final é um pirete.

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5. É possível nadar nos tanques dos restaurantes lisboetas

É possível mergulhar na maior parte dos tanques que estão à vista nas marisqueiras de Lisboa. Qualquer cliente, após um consumo mínimo estabelecido pela casa, pode entrar nos grandes aquários para se refrescar. O convívio com o marisco nem sempre é pacífico, daí que seja raro encontrar um turista banhando-se junto às sapateiras, santolas e lagostas.

6. A Cidade Universitária nem sempre foi Lisboa

A Cidade Universitária foi em tempos uma localidade separada de Lisboa, como o nome indica. Situada entre o Campo Grande e as imediações do Jardim Zoológico, esta urbe era ocupada por instituições do ensino superior e a sua população sobrevivia à base do que houvesse no menu das cantinas. A expansão da cidade de Lisboa acabou por absorver a Cidade Universitária, mas os seus habitantes nunca deixaram de ter comportamentos estranhos: da indumentária aos rituais de iniciação, vistos até hoje pelos lisboetas como uma grande maçada.

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7. No início do século XX a Carris queria maus condutores

Quando a Carris começou a contratar guarda-freios para os seus eléctricos, no início do século XX, fez saber pela imprensa que procurava homens que fossem muito maus condutores. A notícia fez com que todo o tipo de aselhas concorresse a um lugar, confiantes de que a sua falta de jeito para andar de bicicleta ou manejar uma mula lhes garantisse um lugar na empresa de transportes. Mas o fenómeno teve origem num problema de interpretação: a Carris procurava maus condutores de electricidade, pessoas mais resistentes aos choques que os veículos da altura emitiam com grande frequência.

8. Quando cai o nevoeiro, os lisboetas vão esperar D. Sebastião

Sempre que amanhece em Lisboa e uma espessa camada de nevoeiro cobre a cidade, vários cidadãos deslocam-se até à Ribeira das Naus para assistir ao regresso de El Rei D. Sebastião, o monarca português desaparecido em Alcácer-Quibir. A Confraria dos Sebastianistas apresenta-se na Ribeira das Naus com pão, vinho, uma muda de roupa e uma cópia do jornal do dia para presentear o mítico rei. Há ainda um táxi estacionado em segunda fila para o levar até à Assembleia da República onde, munido com uma espada, tratará de assumir novamente o controlo do país.

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9. As cores diferentes dos táxis e as duas facções rivais

Por que é que existem táxis de duas cores diferentes em Lisboa? Isso remete-nos para O Grande Cisma de 1993. Durante esse período, os motoristas de táxi dividiram-se em duas facções rivais: aqueles que defendiam que a versão cinematográfica de Vale Abraão, realizada por Manoel de Oliveira, era muito superior ao livro. E os que insistiam na qualidade do texto original de Agustina Bessa Luís. A tensão atingiu níveis elevados e o Governo foi obrigado a criar uma paleta de cores para cada um dos lados, para evitar conflitos. O argumento de que Vale Abraão não passa de uma adaptação de Madame Bovary consegue, ainda hoje, irritar até o mais pacato dos taxistas.

10. O município põe cocó de cão nos passeios

Em Lisboa existe um inovador Sistema de Alerta para a Percepção Espacial. A Câmara, em conjunto com os seus empenhados cidadãos, distribui aleatoriamente dejectos caninos pelos passeios da cidade. Essas protuberâncias fedorentas obrigam os peões a estarem atentos ao chão, colocando o foco no piso irregular da nossa cidade e, assim, evitando acidentes. Este sistema também penaliza dramaticamente as pessoas que olham para o telefone enquanto caminham.

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11. Os desvios estratégicos dos aviões

O aeroporto de Lisboa está muito perto da cidade. Por isso, ao aterrar, alguns pilotos fazem um pequeno desvio para passar perto de casa e ver se o carro continua estacionado no mesmo sítio. Há ainda comandantes que fazem questão de dar a volta pela Costa da Caparica, só para ver qual das praias está mais vazia para o caso de lhes apetecer dar um mergulho depois do serviço.

12. Os heterónimos de Pessoa tinham todos onde morar

Fernando Pessoa levava tão a sério os seus heterónimos que tinha uma casa para cada um. É isso que explica a quantidade de placas “Aqui viveu o poeta Fernando Pessoa” espalhadas pela cidade. Para além dos inquilinos de Lisboa, os grandes beneficiados da heteronímia eram os restaurantes: no Martinho da Arcada, por exemplo, Pessoa pedia uma sopa e um papo-seco para Alberto Caeiro, um bife para Ricardo Reis, o prato do dia para Bernardo Soares e nada para Álvaro de Campos – “Ele não pode querer nada, sabe, é que já tem nele todos os sonhos do mundo”.

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13. A inteligência dos patos da Gulbenkian

Os patos do Jardim da Gulbenkian são mais inteligentes do que outras aves da cidade. A elevada exposição a música clássica, arte contemporânea e migalhas de pão de centeio faz com que o Pato Gulbenkian (Anatidae gulbenkionus) apresente maior facilidade em encontrar comida ou em problematizar a arte enquanto mercadoria e bem de consumo. No ano lectivo 2017/18, oito patos matricularam-se com sucesso na Universidade Nova, do outro lado da rua.

14. Cerveja é plural

Em português não existe singular para a palavra “cerveja”. Por isso sempre que pedir uma bebida prepare-se para receber duas – e pagar em conformidade. Tendo em conta esta condicionante, a nossa sugestão é que o caro turista ofereça a cerveja extra à pessoa imediatamente à sua direita. Também pode beber as duas de seguida, ok. Se precisar de ir à casa de banho lembre-se desta outra regra: os lisboetas vêem com maus olhos a distância entre urinóis. Aproxime-se o máximo possível do confrade ao seu lado.

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15. Em Lisboa é legal estacionar em segunda fila

O condutor só tem de se certificar que deixa os quatro piscas ligados e sair do veículo com uma destas justificações: a) vai só ali beber uma bica; b) precisa de ir entregar o Totoloto; c) tem de aliviar a bexiga. Durante muito tempo o estacionamento em terceira fila também foi permitido, mas só para funcionários do Estado com boas relações junto da polícia de trânsito e dos tribunais.

16. A verdadeira história da Feira Popular

A Feira Popular de Lisboa foi criada no início do século XX como resposta de um grupo de empresários à Feira Impopular, um certame organizado pelo Grupo Satanista de Lisboa. Na Feira Impopular havia um Museu de Cera (dos Ouvidos), uma Montanha (de Salada) Russa, uma Roda Gigante (dos Alimentos) e uma Casa (de Banho) Assombrada. Percebe-se que a Feira Impopular era um negócio de família porque tudo está entre parentes. Havia ainda um Comboio (Literalmente) Fantasma que nunca ninguém viu.

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17. O metropolitano é uma montanha russa horizontal

A linha verde do metropolitano é uma das mais frequentadas da cidade. No entanto, nela circularam durante muito tempo apenas três carruagens e, mesmo hoje, a frequência com que passa o metro é muito reduzida. Porquê? Não, não se trata de uma homenagem à indústria conserveira nacional ou de uma grande campanha de sensibilização para o uso de desodorizante. A razão pela qual o metro é um aglomerado espesso de seres humanos é outra: as poucas carruagens e baixa frequência permitem ao metro estar registado como um divertimento de feira em vez de um meio de transporte. Isso implica uma grande quebra de impostos e menos despesas para a empresa que gere o metro. E faz da linha verde a montanha russa mais desconfortável e aborrecida do mundo.

18. Antes do D. Maria II houve um D. Maria I

O Teatro D. Maria II tem esse nome porque foi o segundo a ser erguido naquele lugar. O D. Maria original foi destruído num incêndio em 1964, daí a necessidade de erguer uma réplica à qual não se mudou o nome – apenas se acrescentou o “2”, em jeito de sequela. Já o Parque Eduardo VII tem outra história. Escreve-se “Eduardo VII” mas lê-se “Eduardo UII”, porque até ao século XVII não havia distinção fonética entre a letra “V” e “U”. É que o projecto para o Parque Eduardo era tão megalómano que toda a gente exclamava, “Esse Parque Eduardo? UIIIII!”. Daí o nome.

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19. As estátuas de Lisboa são todas recicladas

A maior parte das estátuas da cidade são manequins reciclados das montras de outros séculos. O Camões, do Largo Camões, estava na vitrine de uma óptica especializada em palas e monóculos – uma ciclóptica, portanto. O Fernando Pessoa em frente à Brasileira servia de modelo no interior de uma conhecida loja de mobiliário de jardim. E o Infante D. Henrique, na proa do Padrão dos Descobrimentos, ganhou nova vida na estatuária lisboeta depois de ter sido preterido por uma loja de chapéus.

20. Se o menu não tem os preços da comida, é porque ela é barata

Os lisboetas comem pastéis de bacalhau com queijo da serra todos os dias ao pequeno almoço. Os restaurantes com fotografias no menu são os melhores. Se o empregado não lhe disser os preços da comida é porque ela é barata. Se procura um sítio para jantar espere que um empregado a fazer malabarismos com o menu o convide usando quatro idiomas diferentes. Os pastéis de nata sabem a nata, os pastéis de belém têm um forte travo a belém. Peça a sua sardinha sem espinhas e o empregado terá todo o gosto em arranjar-lhe o peixe.

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21. O trânsito de Lisboa é uma atracção turística

A maior parte das pessoas acha que Lisboa tem um problema de trânsito: filas, engarrafamentos, lentidão. Mas a verdade é que tudo isto faz parte de um plano genial da Câmara Municipal de Lisboa para criar uma nova atracção turística. Inspirada na Torre de Pisa, um edifício mal feito que se tornou um ponto de interesse mundial, a edilidade lisboeta decidiu criar a sua própria obra fracassada – o Marquês e a Av. da República são exemplo disso. A esperança da CML é que no futuro as pessoas se desloquem propositadamente a Lisboa parar tirar fotos no meio da confusão.

22. Lisboa tem os melhores carteiristas do mundo

Em Lisboa o carteirismo é uma actividade respeitada e admirada em vários sectores da sociedade. Os melhores e mais experientes larápios dão conferências, escrevem livros de memórias e são convidados para workshops sobre a nobre arte de palmar uma carteira. Todos os anos chegam a Lisboa amigos do alheio vindos dos quatro cantos do mundo para aprender com os melhores e, quem sabe, conseguir um lugar entre a elite do eléctrico 28.

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23. O estilo Emanuelino em Lisboa

O Mosteiro dos Jerónimos é tido como um dos grandes exemplos do estilo Manuelino. Mas há outro estilo arquitectónico emblemático na capital: o Emanuelino. Este género privilegia os edifícios quadrados, tipo caixote, estruturas descritas pelos leigos em arquitectura pós-moderna como “mamarrachos”. Um dos traços distintivos do Emanuelino é a marquise, assim como todo o tipo de caixilharia em alumínio, material considerado nobre algures no final dos anos 70.

24. O melhor louro prensado compra-se na rua

Lisboa é a única cidade do mundo com vendedores ambulantes de louro prensado. As autoridades locais até chegaram a promover esta especialidade, colocando na Rua Augusta alguns cartazes que exultam as virtudes deste produto lisboeta. O louro prensado é fácil de transportar e de armazenar, permitindo aos seus utilizadores dar mais sabor a um refogado em escassos segundos. Se não gosta de louro e for abordado por um destes industriosos vendedores, o turista pode sempre aproveitar para adquirir um famoso pó branco que provoca dores de cabeça.

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25. Os selfie sticks são proibidos

Lisboa foi a primeira capital europeia a banir os selfie sticks. A ordem foi dada pelo município que quer manter na cidade uma atitude positiva e solidária. Ao banir os “paus de selfie” a edilidade lisboeta promove o convívio entre turistas e locais, que terão todo o gosto em ser eles próprios a tirar as fotos embaraçosas das férias de quem nos visita. Para além disso o executivo camarário fez notar que “selfie stick” é um óptimo sinónimo para “vibrador” que está desaproveitado.

26. O obelisco dos Restauradores é um pára-raios

O obelisco que está na Praça dos Restauradores foi ali colocado para comemorar a Restauração da Independência, mas também serviu como protótipo para um pára-raios de calcário. A energia recolhida por este engenho permitiria alimentar a torradeira do Rei D. Luís I e o alisador de cabelo da sua esposa. Não há registos de raios captados pelo obelisco, pelo que o rei terá passado muitos anos a comer pão seco do dia anterior. Os guias turísticos espanhóis, tentando evitar este tema sensível – o da independência e do pão rijo – dizem aos seus conterrâneos que o monumento é um tributo ao extinto (e tremendamente falhado) Programa Espacial Português.

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27. Bugio independente

O Bugio é um estado independente com uma moeda própria, o Farolim, e um fuso horário diferente: quando no continente são duas horas, no Bugio são duas e picos. Os pratos típicos são a feijoada de pota e o pudim flan El Mandarin. Para além do Farol há um consulado, uma loja de souvenirs e uma Padaria Portuguesa. A segunda língua oficial do Bugio é o latim. Conduz-se pela esquerda.

28. A inauguração trágica da estátua do Cutileiro

O Monumento ao 25 de Abril de José Cutileiro no topo do Parque Eduardo VII foi inaugurado em 1991. Para o repuxo começar a funcionar, a pedra teve de ser friccionada repetidamente por sete elementos do executivo camarário. Durante o clímax da cerimónia dois pequenos lagos na zona circundante ficaram vazios. Um assessor foi encaminhado às urgências queixando-se do ardor provocado por uma substância estranha no olho.

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29. Feijoada da ponte Vasco da Gama trocada por miúdos

A Ponte Vasco da Gama é o primeiro recinto de piquenique a ser convertido em estrada. Depois da muito bem sucedida Feijoada de 1998, aquela estrutura viria a abrir ao público como ponte, ligando as duas margens. A falta de clientes e o desinteresse crescente dos lisboetas face à feijoada – que, apesar de muito popular nos anos 90, não abalou a hegemonia do cozido – ditaram a nova vida da Vasco da Gama.

30. As vacas sagradas do ar

Os pombos são aves sagradas em Lisboa. As estátuas que adornam as ruas da cidade são construídas como tributo a reis e conquistadores mas também como poisos gigantes para as aves – o bronze, diz-se, torna a penugem mais sedosa. Ser atingido por excremento de pombo é considerado uma bênção entre os lisboetas.

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31. A EMEL explicada aos estrangeiros

Em Lisboa, se ficar muito tempo parado no passeio corre o risco de ser bloqueado pela EMEL. A empresa que fiscaliza o estacionamento na cidade adoptou uma postura de “tolerância zero” que levou inclusive ao bloqueamento de algumas estátuas, manequins e ornitólogos de pescoço erguido a tentar avistar caturritas, periquitos-de-colar e maritacas. Em Julho, um grupo de turistas espanhóis que estava a posar para uma fotografia foi bloqueado e no mês seguinte o mesmo aconteceu a um filatelista que se demorou muito tempo a pagar contas no multibanco.

32. A extrema competência dos CTT

Veio de férias para Lisboa e não tem dinheiro para voltar a casa? Escreva o seu endereço nas costas da mão, vá uma balança dos Correios pesar-se e pague o selo correspondente. Depois é só esperar junto a um marco do Correio por um funcionário dos CTT que o levará a casa no banco de trás de uma vélosolex, um tipo de bicicletas a pedais em que os correios portugueses investiram muito na década de 70.

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33. Metropolitano de Lisboa zela pela saúde dos cidadãos

O desconforto, os atrasos e as greves nos Metropolitano de Lisboa fazem parte de um conjunto de medidas da Câmara, que, em conjunto com o Ministério da Saúde, procura promover o exercício físico junto dos cidadãos. Os preços elevados dos bilhetes da Carris têm também um papel importante no combate à obesidade, diabetes e sedentarismo ao incentivar os lisboetas a andar pé. Para tornar estas medidas mais eficazes, a Câmara Municipal de Lisboa inventou uma série de obras em zonas movimentadas para demover todos os preguiçosos que insistem em andar de carro.

34. A pastelaria Suíça e a geopolítica internacional

A pastelaria Suíça, no Rossio, manteve-se neutra durante as duas grandes guerras mundiais. Isso significa que deixou de vender Húngaros entre 1914 e 1918 por não se querer associar ao Império Austro-Húngaro e à Tríplice Aliança. Os Russos estiveram banidos apenas até Outubro de 1917, altura em que a Revolução Bolchevique provocou uma saída da guerra e fez com que os lisboetas pudessem voltar a comer aquele bolo à base de massa folhada e chantilly. Mais problemas tiveram os fãs de duchaisses, cujo fabrico foi suspenso durante o primeiro conflito global e o segundo. O mesmo aconteceu com os palmiers, éclairs e crepinettes. Durante este período, bolos como o rim, esquimó ou indiano prosperaram. O bolo inglês saiu das montras, pondo em causa a boa relação entre Portugal e o Reino Unido. Neste particular o governo português foi obrigado a intervir, esclarecendo junto do diplomata britânico que nunca ninguém gostou realmente daquele bolo.

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35. Toda a verdade sobre a Baixa Pombalina

A planta em quadrícula da Baixa pós-terrramoto é, na verdade, uma réplica à escala de um tabuleiro da Batalha Naval. A maquiavélica invenção do Marquês de Pombal permitiria ao déspota atacar facilmente edifícios onde estivessem alojados membros da oposição. O cruzamento da Rua de São Nicolau e a Rua dos Fanqueiros correspondia à quadrícula F6, por exemplo. Para atacar esse edifício, o Marquês teria apenas de erguer uma bandeira no Castelo de São Jorge com essa letra e esse número, ordenando um ataque da Marinha Portuguesa.

Arme-se em turista em Lisboa

  • Coisas para fazer

A diversão está descentralizada, democratizou-se, e a infância é um estado intermitente que nos visita de vez em quando. Fizemos o roteiro 
da Lisboalândia, um parque de diversões disfarçado de cidade onde há muito mais para fazer para além de tocar às campainhas e fugir.

  • Coisas para fazer

Em dez mil metros quadrados de Time Out Market há sempre muita coisa a acontecer. Muito mais do que comida e bebida.  Mas há mais: a Academia Time Out, por exemplo, vai estar animada nos próximos dias, com workshops e até um curso de cozinha. Claro está que pode apenas passear pelos corredores do mercado, que tem uma selecção dos melhores restaurantes da cidade, ou beber um cocktail no Time Out Bar.

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  • Coisas para fazer

Não sabe o que fazer em Lisboa? De concertos de rock a aulas de swing, de recitais de poesia a passeios de bicicleta, damos-lhe uma grande variedade de sugestões para aproveitar tudo quanto é à borla na cidade. São dezenas de coisas grátis para fazer em Lisboa, afinal não queremos que deixe de aproveitar o melhor que a cidade tem apenas por ter a carteira mais vazia. Há muito para fazer à borla em Lisboa. Não acredita? Então espreite a lista que se segue. 

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