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A Mulher Canhota

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A Mulher Canhota
©DR
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A Time Out diz

3/5 estrelas

Embora tecnicamente dirigido pelo dramaturgo e novelista Peter Handke, a adaptação ao cinema deste, digamos, thriller intelectual e psicológico, é, dizem más- -línguas bem informadas, tão influenciada por Wim Wenders (um dos produtores da película) que faz sentido incluí-la na programação do ciclo dedicado ao realizador de As Asas do Desejo.

Em resumo, o filme conta a história de Marianne (Edith Clever), aos 30 anos aborrecida e infeliz que nem uma alforreca no casamento com o seu dominador marido, Bruno (Bruno Ganz), que resolve abandoná-lo para viver sozinha com o filho, Stefan (Markus Mühleisen), com quem, aliás, não se consegue relacionar. Assim como não se consegue relacionar com o pai ou qualquer dos seus amigos. Mais, para viver como mulher independente financeiramente não tem outro remédio senão trabalhar de tradutora para o mulherengo editor interpretado por Bernhard Wicki. Até reencontrar Franziska (Angela Winkler), uma amiga perdida no tempo, que não só admira a sua coragem como a introduz em um círculo feminista onde o mal-estar de Marianne não é uma excentricidade. Este é o resumo, porque o tutano deste enredo em que nunca nada parece acontecer, e o objectivo do autor, esses, encontram-se no subtexto, debaixo de muitos panos de psicologia e uma boa camada de semiótica que se desvendam como um quebra-cabeças.

Por Rui Monteiro

Escrito por
Rui Monteiro
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