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Archive PhotosO pai mais incrível de sempre é o de 'Papá para Sempre'

Como ser pai em dez filmes

Há vários tipos de pais. Os bons e os maus. E são eles que protagonizam estes filmes para ver em família (ou não)

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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O Dia do Pai, mais para os adultos do que para as crianças, claro, pode ser um carrossel de sentimentos, um viveiro de contradições, um avivar de memórias agradáveis (ou nem por isso). Mas sejamos positivos. Ser pai é difícil, as crianças vêm sem instruções e uma pessoa faz o que pode com o que tem. Que o digam os protagonistas de filmes para ver em família como, entre outros, o clássico Ladrões de Bicicletas, de Vittorio De Sica, Os Tenenbaums – Uma Comédia Genial, de Wes Anderson, e o mais recente Chama-me Pelo Teu Nome, de Luca Guadagnino. Ou, para quem gosta de filmes de acção, Busca Implacável, de Pierre Morel.

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Como ser pai em dez filmes

Ladrões de Bicicletas (1948)

O neo-realismo italiano tem a sua expressão mais genuína nesta fita de Vittorio De Sica, rodada na Roma devastada do pós-guerra. Lamberto Maggiorani é Antonio, um pobre homem que percorre as ruas da sua cidade, acompanhado por um dos filhos (interpretado por Enzo Staiola), em busca do ladrão da sua bicicleta nova, da qual depende para poder trabalhar e dar de comer à família. E acaba por, desesperado, se tornar ele próprio um ladrão de bicicletas. 

Música no Coração (1965)

É verdade. À primeira vista, o capitão Von Trapp (Christopher Plummer), não é flor, e ainda menos pai que se cheire com a sua severidade disciplinadora e antiquada. Contudo, convenhamos, também não é qualquer pai que foge com a família de um concerto para escapar aos nazis e pôr todos em segurança na Suíça. Pelo que, digamos, a coisa está ela por ela para o lado da paternidade. Seja como for, Música no Coração, de Robert Wise, com a extraordinária Julie Andrews, não é de levantar conflitos, pelo que é um óptimo filme para ver em família, com pais e filhos de qualquer idade. 

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O Padrinho (1971)

Ser filho de Marlon Brando, diz-se, foi um problema para os seus rebentos. Agora, ser filho de Marlon Brando no papel de Vito Corleone, no filme que reconheceu o génio de Francis Ford Coppola, enfim, isso é obra. Mas Don Vito Corleone, no entanto, é um patriarca à antiga italiana, para quem a família (se primeiro a dele e depois a alargada é que nunca se sabe) está primeiro. De qualquer maneira, tirando a parte criminal da equação, os Corleone são um modelo de uma família há muito em vias de extinção.

Lua de Papel (1973)

Moze Pray pode ser ou pode não ser o pai daquela rapariga de nove anos, órfã cheia de jogo para aldrabice, por quem o burlão, contrariado, se vai embevecendo e, ao longo da sua jornada, criado laços de verdadeira paternidade. Mas Peter Bogdanovich teve o bom senso de fazer alinhar pai e filha nesta deliciosa comédia da era da depressão dos anos de 1930. E desta reunião entre Ryan e Tatum O’Neal, da sua extraordinária relação profissional, nasceu um grande filme sobre paternidade e confiança em circunstâncias peculiares. 

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Guerra das Estrelas: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980)

Para os que acham ter (ou ser) um pai distante dos filhos, descansem e pensem antes em Darth Vader. Esse, sim, foi um pai distante e, aqui para nós, teve o que merecia quando levou a estocada final. E quando escrevemos distante é mesmo literalmente, pois poucos são com certeza os que separam os gémeos, Leia (Carrie Fisher) e Luke (Mark Hamill), e despacham cada um para diferentes confins da galáxia, para depois lhes fazerem a vida negra durante três filmes.

Papá para Sempre (1993)

Os pais que se sacrificam pelos filhos (isto é, segundo os próprios, todos) encontram decerto neste filme de Chris Columbus boas razões de identificação, principalmente se estiverem divorciados de uma mulher excessivamente protectora das crias. Ora, se a ex-esposa interpretada por Sally Field é uma dessas, é natural que um mau marido, mas pai extremoso, como Daniel Hillard (Robin Williams), faça o que tem a fazer para acompanhar a prole. Se para isso é preciso transformar-se numa matrona como Mrs. Doubtfire, seja.

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Os Tenenbaums – Uma Comédia Genial (2001)

Alguém pediu uma família disfuncional? Pois aqui está um bom modelo. E também um exemplo de pai que quer os melhor para os seus, apesar de as suas estratégias darem sempre resultados deficientes. Qual foi então o estratagema engendrado pelo oportunista Royal Tenenbaum (Gene Hackman) para juntar os cacos de uma família vasta e em vias de decomposição acelerada? Fingir-se terminalmente doente e convencer a mulher, Ethel (Anjelica Huston), e os seus três dotados mais frágeis filhos (Ben Stiller, Gwyneth Paltrow e Luke Wilson) a acompanhá-lo nos seus últimos dias. Manobra assim não podia resultar, e Wes Anderson faz tudo para que não resulte neste ensaio sarcástico sobre a família, assim criando um hilariante filme para ver em família. 

À Procura de Nemo (2003)

Por falar em dedicação, o filme de Andrew Stanton e Lee Unkrich é todo sobre a dedicação de um pai, Marlin, literalmente contra a corrente navegando em busca do seu filho, Nemo, peixinho com pequena deficiência e tendência para se deixar levar pela curiosidade. São só bons sentimentos e peixes e aves voluntariosas em ajudar um pai em tão nobre missão. Ideal, portanto, para ver em família, exactamente naquele momento em que não tarda nada estala uma discussão.

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Busca Implacável (2008)

Liam Neeson é um ex-agente da CIA neste filme dirigido por Pierre Morel, a partir de um argumento de Robert Mark Kamen e Luc Besson, que também é o produtor. Também é um pai divorciado, a tentar de tudo para se aproximar da filha adolescente. E quando ela é raptada em Paris, onde se encontrava de férias, Neeson atravessa o Atlântico para a salvar das garras de um gangue albanês de traficantes de mulheres, matando e torturando quem se mete entre ele e a filha.

Chama-me pelo Teu Nome (2017)

Quando entrevistámos Michael Stuhlbarg, chamámos-lhe "pai do ano". Em Chama-me Pelo Teu Nome, realizado por Luca Guadagnino e escrito por James Ivory, a partir de um livro de André Aciman, o actor norte-americano dá corpo ao pai silenciosamente atento de um adolescente muito inteligente, Elio (Timothée Chalamet), o protagonista de um romance homossexual de uma euforia generosa, torrado pelo sol da Itália de 1983.

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Para nós, o Dia do Pai é todos os dias, mas encaramos o 19 de Março como um lembrete disso. Até porque sabemos que ninguém gosta de deixar este dia passar em claro. Bem ou malcomportados, todos os pais merecem ter um miminho na próxima terça-feira. A pensar nisso, fomos às compras (com cinco orçamentos diferentes) e escolhemos os melhores presentes para o Dia do Pai, sejam eles mais clássicos ou desportivos, mais sérios ou divertidos. 

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