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Escola: Os Piores Anos da Minha Vida

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A Time Out diz

Podia ter sido um filme divertido sobre a adolescência e os anos de liceu. Mas a comédia é fraca e sem rasgo

Para muitos o secundário são uns anos de… Enfim, o secundário são os anos da adolescência, estado de demasiado tumulto hormonal e motivo de variadas chatices e múltiplos disparates. Tempo que só é recordado e admirado muito tempo depois, quando verificada a rotina monótona e as desagradáveis responsabilidades da vida adulta.

Sendo assim, principalmente em escolas dirigidas por rígidos códigos de comportamento (portanto, muito pouco provavelmente, estabelecimentos públicos), quem pode de facto acusar os rebeldes? Quem pode dizer que substituir o sino da escola por uma máquina de emitir traques não foi um acto de rebeldia de Rafe Khatchadorian (Griffin Gluck) e não apenas uma piada de mau gosto?

Enfim, moral à parte, o filme de Steve Carr, concentrando-se na acirrada disputa entre o jovem “desenquadrado” e o autoritário director Dwight (Andy Daly) que lá acaba por ver a luz, traça um retrato interessante e quase subversivo da vida escolar.

O busílis é ser uma comédia, uma paródia às relações entre alunos e professores e às contradições entre os que querem ensinar e os que não têm a certeza de quererem ser ensinados.

E aí a mediocridade – ou a conformidade – instala-se. As cenas cómicas vivem cada vez mais da javardice e da repetição de gagues, ou de suas variações, há muito explorados pelo subgénero do cinema sobre a adolescência como forma consentida de abardinar sem querer saber de consequências – e assim a graça descabelada inicial esvai-se sem glória. 

Escrito por
Rui Monteiro
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