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O novo filme da saga criada por George Lucas há 40 anos, Star Wars: Os Últimos Jedi, tinha três horas e meia quando foi concluído. Rian Johnson (Brick, Looper-Reflexo Assassino), o seu realizador e argumentista, reduziu-o então para cerca de duas horas e meia. Trinta minutos delas, que correspondem ao final da fita, estão á altura dos três melhores filmes da saga, Guerra das Estrelas, de George Lucas, O Império Contra-Ataca, de Irwin Kershner, e A Vingança dos Sith, de novo de Lucas, e da sua vibração e arrebatamento de space opera clássica.
Devemos isso em parte ao cenário imponente em que esse final decorre, um quase desolado planeta de minério; e à presença de Mark Hamill no regressado Grande Mestre Jedi Luke Skywalker, que traz consigo não só uma gravidade de que Os Último Jedi precisava desesperadamente, como também um lastro de boas, empolgantes e comoventes recordações da trilogia original, agora reactivadas pelo seu reaparecimento. Tal como Hamill, Skywalker está mais velho, mais também mais poderoso.
Esta terceira trilogia precisava como pão para a boca de um herói genuíno com uma presença que metesse respeito e uma aura verdadeiramente épica, e tem-na com ele (até nos dá o bónus de uma breve visita de Yoda). O filme confirma ainda Daisy Ridley, no papel de Rey, como uma lídima herdeira sua. No demais, Star Wars: Os Últimos Jedi continua a ser um decalque aplicado, demonstrativo e de uma espectacularidade monótona, do melhor da trilogia original.
Por Eurico de Barros