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Ewan McGregor não fez a coisa por menos na sua estreia na realização, adaptando o best-seller de Philip Roth. McGregor também guardou para si o papel principal, o de Seymour “Swede” Levov, um empresário de Nova Jérsia, com sucesso e casado com uma ex-miss (Jennifer Connely), mas cuja existência familiar é destruída quando a única filha do casal (Dakota Fanning) se envolve no radicalismo político dos anos 60, põe uma bomba nos Correios locais, mata uma pessoa e depois desaparece no buraco negro da clandestinidade.
McGregor aspira à tragédia elegíaca de um modo de vida americano, representado pelos judeus prósperos e liberais da classe média suburbana mas só consegue ser lúgubre e mortiço, fazendo de Uma História Americana um telefilme mal mascarado de cinema.
Além disso, a personagem de Swede é de uma ingenuidade e uma passividade tão exasperantes que acaba por alienar a nossa simpatia, enquanto que Jennifer Connely, apesar de lindíssima, já não tem idade para fazer de rapariga na casa dos 20 anos, como sucede no início da fita, narrada em flashback pelo alter ego do escritor (David Strathairn).