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Nicole Mitchell: Mandorla Awakening II: Emerging Worlds

  • Música, Jazz
Nicole Mitchell
©DRNicole Mitchell
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Também os títulos dos três primeiros álbuns como líder da flautista afro-americana Nicole Mitchell (n.1967), na editora Dreamtime, são reveladores das suas preocupações, filosofia e propósitos: Vision Quest (2001), Afrika Rising (2002), Hope, Future and Destiny (2004). Mitchell começou cedo a envolver-se na causa afro-americana, colaborando com a Third World Press, editora ligada à cultura negra, e integrando as Samana, o ensemble de jazzwomen da Association for the Advancement of Creative Musicians (AACM), organização que, a par, do empenho na promoção das franjas mais aventureiras do jazz, tem sido também activa na área dos direitos cívicos (Mitchell foi presidente da AACM em 2009-10).

O universo de Mitchell combina engajamento político, visionarismo, ficção científica e misticismo Zen, conjugação que já tem sido rotulada de “Afro-futurista” e tem raízes em Sun Ra e afinidades com Kamasi Washington. Esta estética é bem evidente no álbum Mandorla Awakening II: Emerging Worlds (2017), que dilata o leque de colaboradores usuais de Mitchell com instrumentos tradicionais japoneses. Mandorla Awakening II articula-se em torno de um conto alegórico que opõe a decadência da repressiva e injusta velha ordem à ascensão de uma sociedade igualitária – a acção situa-se no ano 2099, mas as tensões e problemas são os do nosso tempo.

Formação: Avery R. Young (voz), Nicole Mitchell (flauta, electrónica), Kojiro Umezaki (shakuhachi), Mazz Swift (violino), Tomeka Reid (violoncelo, banjo), Alex Wing (guitarra, oud, theremin), Tatsu Aoki (contrabaixo, shamisen, taiko) e Jovia Armstrong (percussão).

Escrito por
José Carlos Fernandes

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