Restaurantes para o pedido de casamento em Lisboa

Quando abriu o Loco, Alexandre Silva pretendia servir, além de uma refeição, uma experiência. Os seus pratos são disruptivos, tal como o fine dining que montou, a cozinha virada para a sala segue a tendência do que se tem feito lá fora e fica na zona mais sóbria (e escura) da sala. O projecto, assinado por João Tiago Aguiar, conta com uma oliveira suspensa do tecto por cabos de aço – impressiona – uma garrafeira moderna à entrada e, ao fundo uma parede de azulejos tridimensionais assinada pela artista plástica Mariana Vasco Costa. Se tudo isto não chegar, bom, não sabemos o que pode fazer mais.

O restaurante do JNcQUOI, um empreendimento do grupo Amorim Luxury com três andares, tem uma sala linda, um serviço atencioso, uma cozinha sólida com clássicos de Itália, França e Portugal, um chef que sabe o que faz (António Bóia) e um daqueles ambientes cool que todo os restaurateurs sonham e só alguns alguns alcançam. Não é de estranhar, portanto, que seja uma opção incrível para impressionar a cara metade.

O Valverde Hotel é, decididamente, um dos hotéis mais bonitos de Lisboa, com azulejos centenários, porcelanas finas, tapeçarias antigas e mobiliário vintage. Por isso, o Sítio, o seu restaurante, é o cenário ideal para fazer a proposta que vai mudar a sua vida. E se planear direitinho, ainda consegue apanhar sessões ao vivo de jazz, bossa nova ou soul. Das saladas de pato, às vieiras braseadas, dos lombos de vitela até às panacotas de limão, apostamos que a sua cara metade vai dizer que sim a tudo.   

A carta tem sempre novidades, todas saídas da imaginação do chef Hugo Silva, como o polvo grelhado com puré de alho ou o magret de pato braseado em aromas cítricos e acompanhado de quinoa estufada. Mas é a vista sobre o Atlântico que faz com que o The Mix mereça um lugar nesta lista. Enquanto a metade da sua laranja admira o oceano, saque do anel e faça a pergunta para queijinho. O universo (que é como quem diz, a paisagem, a comida e o espaço) está do seu lado.

As mesas de madeira, as toalhas avermelhadas, as cores quentes das paredes, as velas acesas e os candeeiros a meia luz fazem deste restaurante um dos mais românticos da cidade. E depois há, claro, a boa comida italiana do chef Tanka Sapkota, que já ganhou uma série de prémios e que é capaz de unir dois corações para sempre à volta de um prato de massa. Se estiver numa de impressionar a sua companhia, peça o tajarin com salvia e tartufo nero, um prato de massa fresca caseira, muito fininha, também conhecida com cabelo de anjo, com sálvia e trufa preta. Quem sabe o anjo que lhe calha na rifa não é o Cupido.

À beira-mar plantada, a cozinha da Fortaleza do Guincho mudou para responder ao que a sua localização exigia – uma carta mais virada para o mar e assente na sazonalidade, privilegiando os produtos da zona. Em Novembro de 2018, Gil Fernandes, sous-chef até então, assumiu as rédeas do restaurante que trabalha o marisco e o peixe fresco em três menus de degustação e ao longo de toda a carta. 

O Bonsai, na Rua da Rosa, tem tido mexidas no comandante mas o perfil da cozinha e o jazz que soa baixinho durante toda a refeição mantêm-se inalterados. O sushi é feito com peixe fresquíssimo e uma técnica rigorosa, há boas entradas e os sabores mais típicos. Para uma ocasião como esta, peça para ficar numa das salas privadas do restaurante. 

Ao lado do Cinema City de Alvalade, uma enorme cabeça dourada sopra os ventos quentes e secos vindos do Oriente – o soão –, há candeeiros em papel de arroz com caracteres chineses, um mapa-mundo de seda. O Soão, pan-asiático do grupo Sea Me, conta com dois pisos com ambientes distintos, muita atenção ao pormenor, pratos de oito países asiáticos (Japão, Índia, China, Vietname, Tailândia, Coreia do Sul, Indonésia e Laos), cocktails de autor e cerimónias do chá. Embarque logo no ambiente e comidas da lua de mel e escolha o piso inferior para a refeição. É lá que estão as salas privadas, cada uma com o seu ambiente e decoração – há quatro, mas em breve vão passar a ter mais seis salas. Para que nada fuja ao planeado e consiga ter o seu momento discreto. 

A vista 360º do primeiro restaurante em Lisboa de Martín Berasategui (o chef espanhol com mais estrelas Michelin no país de nuestros hermanos) pode ficar para sempre marcada na sua memória. Tem dois menus de degustação à escolha, ambos com clássicos de Berasategui, como o mil-folhas de foie gras com maçã verde e enguia fumada e outras criações em parceria com o chef executivo Filipe Carvalho. Pode esperar pela sobremesa para fazer o pedido mais especial da noite ou marcar um jantar cedo e ainda apanhar a luz bonita que reflecte no restaurante por altura do pôr-do-sol.

A vista desafogada sobre Lisboa ninguém lhe tira. Este terraço do Ritz Four Seasons é a varanda mais exclusiva e luxuosa de Lisboa. O chef francês Pascal Meynard continua a não desiludir nos pratos que serve, uma mistura entre sabores portugueses, franceses e mediterrânicos. Se pedir com jeitinho, temos a certeza que os chefs pasteleiros da casa são meninos para fazer uma sobremesa à altura do pedido que se segue.

Este restaurante de Vincent Farges tem uma cozinha com grandes janelas viradas para o Largo da Academia Nacional de Belas Artes, térrea, e três salas distintas no interior, altas, com uma vista incrível para o rio Tejo. A carta está em permanente mudança, como as relações, mas será certamente memorável. Há quatro menus de degustação: o de quatro momentos (90€, sem vinhos), o de seis (125€) e oito momentos (160€). 

No Alma, o ambiente é intimista, o serviço cuidado e a comida feita com uma técnica irrepreensível. Há dois menus de degustação (um a 110€ e outro a 120€): no Alma Henrique Sá Pessoa mostra os seus clássicos, no Costa a Costa faz uma viagem pela costa nacional e traz para a mesa a água do mar e espécies sustentáveis.