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Laranja Tigre
Francisco Romão Pereira Laranja Tigre

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

É difícil acompanhar o ritmo da cidade? Damos-lhe uma ajuda e indicamos-lhe os novos restaurantes em Lisboa (e aqui ao lado) que não vai querer perder.

Cláudia Lima Carvalho
Teresa David
Editado por
Cláudia Lima Carvalho
e
Teresa David
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As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque já uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.

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Os melhores novos restaurantes em Lisboa

  • Restaurantes
  • Bairro Alto

Talvez por pertencer a um jornalista que viveu os tempos áureos do Bairro Alto, onde se reuniam jornalistas, mas também intelectuais, políticos e artistas, o novo Laranja Tigre tem-se tornado por estes dias num ponto de encontro. Nasceu no lugar do antigo Calcutá e é a Goa que Hugo Brito, chef do Boi-Cavalo e responsável aqui pela carta, foi buscar o receituário, acrescentando-lhe o seu toque, sem grandes fundamentalismos. No Laranja Tigre, a cozinha é goesa, mas se não pode dizer que seja tradicional. É contemporânea, de autor qb. Para chegar à carta que hoje o restaurante apresenta, o chef estudou o receituário goês, sabendo que essa não é a sua história, nem é, na verdade, a história de Afonso ou Ricardo. Também por isso, Hugo Brito não quis amarras, partiu dos livros e acrescentou-lhe o seu toque. Veja-se o exemplo da chamuça de frango assado, feita com frango da Casa da Índia. Nas entradas, destacam-se ainda as pakoras de camarão e Bulhão Pato ou os baji-puri de batata-doce de Aljezur. Já nos pratos principais, são muitas as opções, todas elas também perfeitas para serem partilhadas, do xec xec de caranquejo de casca mole ao caril de camarão tigre. O pica-pau de novilho açoreano à Cafreal e o vindalho de cachaço de porco ibériosaem da caixa e já fazem sucesso.

  • Restaurantes
  • Avenida da Liberdade

O nome está em inglês, como que a piscar o olho ao fenómeno norte-americano dos anos 1980, quando uma geração de jovens adultos conseguiu ocupar cargos de destaque em empresas e instituições financeiras e, consequentemente, enriquecer. Yuppie foi o termo atribuído a estes executivos e agora é, também, um restaurante no hotel Turim Boulevard, em plena Avenida da Liberdade, embora tenha entrada independente pela rua do Salitre. Dos mesmos donos da cervejaria Sem Vergonha e do animado Descarado (fechado por agora), ambos em Lisboa, e do gastrobar Vivant, no Algarve, o espaço é grande, senta 90 pessoas, e tem uma estética sóbria, com alguns néons a sobressair. A inspiração pode ser americana, mas aquilo que chega à mesa é destas bandas. Há croquetes de leitão, taco de tártaro de novilho e salada de polvo nas entradas. Nos pratos mais compostos, destaca-se o polvo assado com puré de batata negro, o nasi goreng de legumes e o tataki de novilho à portuguesa, que acompanha bem com batatas fritas.

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  • Restaurantes
  • Princípe Real

No final de 2023, o Príncipe Real ganhou um novo restaurante, inspirado nas barras bascas onde entre cañas, vermut e cava se partilham uns pintxos. A aposta é da Plateform e a carta não tem nada que saber: há tapas individuais e para partilhar, frias e quentes. Do salmorejo às croquetas e à tortilla. Não faltam os ibéricos nem os huevos rotos ou a tarta de queso para acabar. Tudo num balcão dinâmico, cheio de vida e com música sempre a acompanhar.

  • Restaurantes
  • Santos

O Inverno foi a desculpa perfeita para os donos da Casa Reîa, na Costa da Caparica, tirarem os olhos do mar. O resultado está à vista no número 31 da Calçada Ribeiro Santos. No Black Trumpet, os holofotes viram-se todos para os cogumelos, que brotam até em cocktails de autor, como o black trumpet mezcalita, infundido com trompeta-negra, a espécie que dá nome à casa. “Toda a gente gosta de cogumelos. Quem não gosta é porque ainda não comeu da maneira certa”, diz-nos Sacha Gielbaum, que quer fazer do novo restaurante um espaço de inovação culinária com programação cultural. Além de noites de música ao vivo, estão previstos vários eventos em torno do fascinante reino Fungi, como workshops com especialistas, provas especiais, passeios micológicos e sessões de cinema.

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  • Restaurantes
  • Lisboa

Junto ao Largo do Rato, este Copo Largo bebe do falecido Salmoura, que bebia do Sal Grosso, ambos em Alfama, mas é ainda mais bonito e agradável, garante Alfredo Lacerda. “É cozinha potente, saborosa, por vezes genial. É cozinha portuguesa pela geração pós-Maria de Lourdes Modesto, pós-Avillez, pós-Michelin”, acrescenta o crítico. Na cozinha está Miguel Rodrigues, também conhecido como Viking Suliano. E a carta foi pensada para partilhar.

  • Restaurantes
  • Belém

No princípio era o balcão e a comida tradicional, depois veio o arrojo e a vontade de fazer diferente. Com a lição estudada e o caminho feito n’O Frade, Sérgio Frade abriu o Guelra. Não fica muito longe do primeiro restaurante, mas este é mesmo no epicentro turístico de Belém. Com esplanada e sala no piso superior, o balcão volta a ser o foco da acção (e atenção), em tons de azul do mar, de onde vem, aliás, a matéria-prima, como Manuel Barreto ao leme. Na carta, só peixe e marisco, embora não da forma que se espera. Apesar de o espaço ser grande, com capacidade para cerca de 80 pessoas, divididas pelas três zonas, o menu não é muito grande, pelo menos por agora. Num balcão que permite também apostar nos cocktails, não faltam as ostras, ao natural ou à algarvia (3,50€-4€), mas depois há uma tostada de camarão, com romesco e ponzu (5€). A moreia, que Sérgio menciona, é aqui servida frita (12€), quase como se de chips se tratasse. Nos pratos para partilhar, o atum rabilho tanto é servido num tártaro (18€) como numa versão do mar da sandes japonesa katsu sando, com sriracha e coleslaw e o pão frito em manteiga (18€). “E houve ainda uma ideia que é um bocado disruptiva, e que está a funcionar muito bem, de ter pratos principais que não estão propriamente na carta”, adianta Sérgio.

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  • Restaurantes
  • Belém

Ir às mesas falar com as pessoas nunca foi das coisas que mais gostou de fazer. Apesar de todo o reconhecimento, João Rodrigues sempre passou mais tempo dentro da cozinha. Quem o vê hoje atrás do balcão do Canalha, restaurante que acaba de abrir na Rua da Junqueira, em amena cavaqueira com quem ali se senta, não suspeitaria. O chef está feliz, sem grandes peneiras, dramas ou conceitos, como faz questão de dizer uma e outra vez. A música, numa playlist ecléctica em português, compõe o ambiente, agitado q.b. O serviço é rápido, mas sem pressas. “Queria ter um espaço destes em Lisboa. É um restaurante para as pessoas estarem bem, divertidas”, conta o chef que deixou o estrela Michelin do Altis Belém em 2022, depois de 13 anos. À entrada, fica a montra com carne, peixe e marisco para ser feito a gosto. Mas há muito mais para pedir, de entradas mais simples como pastéis de bacalhau (3,20€/duas unidades), a um raspado de presa de vaca Simental Alex Castani (16,10€) – os produtores vêm assinalados na carta. Há molejas de borrego alentejano grelhadas (9,20€) ou uma tortilha aberta de camarão e cebola (17,90€). De destacar ainda um prato já clássico de João Rodrigues, a lula de torneira grelhada e manteiga de ovelha (25€).

  • Restaurantes
  • Grande Lisboa

Vincent Farges tem uma estrela Michelin no Chiado, mas na Aroeira, na Charneca da Caparica, não quer usar o nome para chamar clientela, até porque a cozinha que aqui se faz, apesar de toda a exigência, está longe da realidade do Epur. “Eu quero tirar a etiqueta que está colada a mim, que diz que o chef é só estrelas Michelin, é inacessível, só sabe fazer a grande cozinha. Não, eu sou cozinheiro, sei cozinhar. Aqui o objectivo é oferecer uma comida generosa, saborosa, aberta a todos.” Na capital, seria até difícil conseguir um espaço como este, uma bonita casa a cinco minutos da praia, com uma esplanada tão grande como a sala interior; tem ainda um bar com grill, um jardim, uma horta e uma zona para um outro lounge. Dividido entre petiscos para partilhar, entradas, pratos principais e sobremesas, o menu combina pratos tão distintos como um creme de castanhas com faisão e foie gras (18€) ou um peixe dos Açores com kefir e óleo de coentros (17,50€) para iniciar a refeição, até uma marmita de peixes com bivalves, molho de vinho branco e combava (26€), um lombo de novilho com cogumelos e molho com vinho da Madeira (29,50€), e conchiglioni com crustáceos e molho de lavagante (28€) para continuar. Há ainda o hambúrguer La Villa (17,50€), que também se tem vindo a distinguir. 

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  • Restaurantes
  • Chiado

Com provas dadas no país vizinho, o Ponja Nikkei, no Montebelo Vista Alegre – Chiado Hotel, conta a história da fusão japonesa e peruana que deu origem à cozinha nikkei. No menu do não falta, claro, o ceviche, como o clássico (22€) de corvina marinada em leite de tigre, batata-doce, cebola roxa, choclo (um tipo de milho peruano), canchita (pipocas de milho), e óleo de coentros, assim como outros pratos típicos desta gastronomia. Tudo isto é preparado pela chef argentina Anahi Solange Diaz, também à frente do restaurante em Madrid. Para beber, o pisco é, claro, a estrela da companhia.

  • Restaurantes

O Bossa é um restaurante que parte do Brasil, mas que tem pratos de vários sítios do mundo. Está aberto o dia inteiro, de manhã à noite, e também se destaca pelo brunch (já para não falar da feijoada ao domingo, servida até às 18.00 e com dedo de Viviane Leote, a proprietária). Este é, aliás, o mais recente projecto da empresária brasileira que vive em Cascais desde 2001, e que gere outros espaços de restauração, como a Confraria.

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  • Restaurantes
  • Cais do Sodré

Nas paredes mantêm-se as pinturas eróticas de Diogo Muñoz inspiradas em Made in Heaven, a série de fotografias e esculturas de Jeff Koon com a actriz porno Cicciolina. Tudo o resto mudou, incluindo, nome e conceito. No lugar do Museu Erótico de Lisboa – MEL, nasceu o Paraíso, um bar apostado em cocktails de autor e, sem que nada faça adivinhar, um sushi bar com apenas oito lugares. O espaço é pequeno. Não há ruído, apenas o chef japonês Kousuke Saito concentrado no seu serviço. A carta anuncia-se na parede e não tem muito que saber. São dois os menus, o maior com 17 momentos (98€) e o mais curto com 12 (68€). O produto é local, a técnica é tradicional, o estilo é edomae. Do outro lado da cortina, o bar foca-se nos cocktails gastronómicos. O Mr. Kong (14€) é feito com whisky Nikka from the barrel, cereja, chocolate, pão e sal; o Appletini (10€) leva gin Martin Miller, maçã e lima. Dois exemplos de uma carta em constante evolução.

  • Restaurantes
  • Santa Maria Maior

O Convent Square, o quarto hotel em Lisboa do grupo PHC, junto à praça do Rossio, é um antigo convento dominicano do século XIII, o Convento de São Domingos. No Capítulo, o restaurante, ainda encontramos colunas, azulejos e túmulos desses tempos. A riqueza histórica é motivo suficiente para visitar o restaurante, mas a comida também vale a pena. Para mostrar aos visitantes aquilo que de melhor se faz à mesa, o chef Vítor Sobral foi desafiado a pensar numa carta para ali, como já tinha feito também no Hotel Mundial, unidade do mesmo grupo. Nas entradas encontramos opções como o atum salteado com molho de soja e limão (16€) ou uma surpreendente salada de trigo, passas, tâmaras, queijo e espinafres (13€). O arroz do mar, com lula, camarão, berbigão e peixe do dia (33€) ajuda a confortar o estômago, assim como o escabeche de frango com batatas salteadas e legumes assados (24€). Nas sobremesas não podia faltar o tradicional pudim Abade de Priscos, com ananás caramelizado e hortelã (8€). 

Mais novidades gastronómicas

  • Noite

As novidades na noite lisboeta são das mais diversas espécies e multiplicam-se de tal forma que é quase impossível chegar a todas. Mas a verdade é que nós bem tentamos. Entre novas esplanadas, terraços, rooftops, ou espaços preparados para as noites mais frias, há nesta lista opções para os apreciadores de cerveja, para os enófilos e até para os que não dispensam um bom cocktail. É só conferir os novos bares que abriram em Lisboa nos últimos meses, escolher o veneno favorito e proceder ao levantamento (moderado) do copo.

  • Restaurantes

Um ano tem 52 semanas e não há uma em que os nossos críticos gastronómicos tenham descanso, especialmente Alfredo Lacerda, incansável bom garfo, embora nem sempre fácil de agradar. Luís Monteiro juntou-se este ano a esta epopeia de visitar restaurantes anonimamente e também não fica atrás. Vale a pena lembrar, que um crítico só visita um restaurante três meses depois da sua abertura, embora nas suas visitas também estejam incluídos alguns clássicos da cidade e outros segredos.

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