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Rocco
Francisco Nogueira

Ainda há restaurantes no Chiado

Se passávamos o dia todo a comer e a beber nos melhores restaurantes do Chiado? Este texto prova que sim: sem intervalos.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Há poucos bairros que reúnam um elenco de luxo tão grande como o Chiado. A pouca distância entre si, estão três chefs estrelados (José Avillez, Henrique Sá Pessoa e Vincent Farges) e outros que devemos ter debaixo de olho (olá Carlos Duarte Afonso). Há novidades que já se tornaram incontornáveis e clássicos que nunca nos abandonaram. Por vezes, o Chiado é tão procurado por turistas que nos esquecemos que aqui ficam algumas paragens gastronómicas obrigatórias da cidade. Serão estes os melhores restaurantes do Chiado? Para uma pausa entre compras ou para arrancar uma noite animada, nestas mesas dificilmente sairá triste.

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Os melhores cafés e restaurantes do Chiado

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É no Chiado que Henrique Sá Pessoa mantém as duas estrelas, no Alma, focado cada vez mais no produto português e na sua valorização no prato. Tem dois menus de degustação (ambos a 185€): no Alma mostra os seus clássicos; no Costa a Costa faz uma viagem pela costa nacional e traz para a mesa a água do mar e espécies sustentáveis.

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Com duas estrelas Michelin, o Belcanto é o laboratório onde José Avillez aplica todas as suas técnicas de alta cozinha. Tem uma cozinha onde se trabalham produtos de luxo e se reinventam algumas tradições portuguesas. No início de 2019 mudou para umas portas ao lado da localização inicial, ganhando mais 15 lugares. Há dois menus de degustação: o dos clássicos (195€), que reúne alguns dos pratos mais emblemáticos da casa; e o evolução (225€), onde o chef dá espaço à experimentação.

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Depois de uma grande remodelação, o Bairro Alto Hotel reabriu em 2019 com uma aposta forte na gastronomia. Foi buscar Nuno Mendes a Londres, que ficou com o cargo de director criativo, e manteve Bruno Rocha nos comandos da cozinha. Entretanto, os dois saíram do projecto, mas mantém-se o foco no produto português com uma cozinha o mais sustentável possível.

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Um espaço, diferentes conceitos e restaurantes. É assim o Bairro que José Avillez habita desde o Verão de 2016. Há a Taberna, com petiscos de assinatura; o Páteo, que combina marisqueira e restaurante de peixe; a Pizzaria Lisboa, que o chef instalou aqui no pós-pandemia; e o Mini-Bar, que também ganhou uma nova morada no Bairro do Avillez, depois de ter saído do São Luiz.

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O tempo passa, a família cresce e evolui, mas mantém-se sempre certeiro o Bistro 100 Maneiras, que Ljubomir Stanisic inaugurou em 2010, no Chiado, já depois de ter o 100 Maneiras ali ao lado, no Bairro Alto. O nome é mesmo bistro (e não bistrô), que em sérvio significa “limpo”. Na carta, fundem-se as influências do chef em pratos pouco convencionais.

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Aberto em 2017, no pan-asiático Boa-Bao, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, o desafio, por vezes, pode ser conseguir uma mesa. A ementa é eclética, com paragens na Tailândia, no Vietname, no Laos, no Camboja, na Malásia, na Coreia, no Japão e na China. Além da carta habitual, há sempre uma especial focada num destino asiático. Não deixe de provar os cocktails da casa.

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Já tinham uma pizzaria no Bairro Alto, a Valdo Gatti, e quiseram expandir o negócio com este Caffè di Marzano, uma pequena Little Italy no Chiado que mistura “café, vinoteca e vermuteria”, resume um dos donos, António Cardoso. Fica no espaço da antiga loja O Rei das Meias e funciona durante todo o dia, das nove à meia-noite, para o que der e vier. De pequenos-almoços a cocktails ao fim do dia, o espaço também serve pratos de massa fresca e pizzetas, versões mais pequenas das pizzas da Valdo Gatti.

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Música, arte, copos e boa comida. Assim se resume o Carnal, nascido das mãos dos filhos do 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic. Aqui o chef não entra. São Manuel Maldonado, chef executivo do grupo, que está habitualmente na cozinha do estrelado 100 Maneiras, e Luis Ortiz, chef de cozinha, que tomam conta deste gastrobar mexicano. Há pratos mexicanos clássicos, outros nem tanto. E sempre bons cocktails para acompanhar.

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Nos seus quase dois séculos de existência, aquela que se diz “a mais antiga cervejaria portuguesa” passou por muitas mudanças. A mais recente deu-se em Setembro. O interior do edifício – que antes de ser restaurante e museu era o Convento da Santíssima Trindade, datado de 1294, e mais tarde, em 1836, tornou-se na primeira cervejaria do país – está de cara lavada, com uma decoração mais harmoniosa e mais próxima da sua identidade conventual. A carta é agora assinada pelo chef Alexandre Silva (do LOCO, com uma estrela Michelin). Nos petiscos, continuam a destacar-se os croquetes feitos de chambão de vitela, e o famoso bife do lombo à Trindade.

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Num espaço fechado há muito tempo, num largo no Chiado que se faz de restaurantes, nasceu o Cru, com uma carta essencialmente de sushi. A aposta é do grupo Fullest, que tem restaurantes como a BYF Steakhouse ou a Bellalisa Valmor. Cru é o peixe que é servido, mas também o ambiente do espaço, de paredes despidas, em betão, mas ainda assim cheio de onda. A carta é grande o suficiente para agradar a puristas amantes do tradicional e fãs do sushi de fusão. 

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Já se temeu o pior quando a construção de um hotel ameaçava fechar portas desta tasca de Lisboa. Mas o Sr. José Fernandes por lá continua, forte, a abrir só aos almoços e quase sempre com as mesas preenchidas. A comida é boa e barata – já há poucos sítios assim na cidade. Os croquetes são imperdíveis e as iscas outro prato obrigatório. Tudo caseiro e bem servido.

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Vincent Farges abriu, em Maio de 2018, o primeiro restaurante em nome próprio em Lisboa. Tem uma cozinha com grandes janelas viradas para o Largo da Academia Nacional de Belas Artes, térrea, e três salas distintas no interior, altas, com vista para o Tejo. Trabalha com uma relação de grande proximidade com os produtores, e depende completamente deles – a carta tem sempre três entradas, uma com elementos de água, outra de horta e uma terceira de terra; três pratos principais, do mar ou do rio, do campo e recordações de receitas familiares; e três sobremesas, uma com chocolate, outra com fruta e uma vintage. Há dois menus de degustação: Inspirações (120€) e Epurismo (150€).

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  • Cafés
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Coisas simples que nos fazem felizes: bifes panados. Salsichas. Salada de batata. Chocolate quente. Tarte de maçã. O Kaffeehaus. O café vienense que desde 2008 tem lugar cativo entre as melhores paragens do Chiado, é descontraído e acolhedor a todas as horas e refeições do dia. Pequeno-almoço, brunch, almoço, lanche ou jantar, nunca desilude.

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Alfredo Lacerda não ficou deslumbrado com a renovação do Ofício, que muito sucesso faz nas redes. Da antiga vida, manteve só o nome. Ou parte dele. Nascido em 2018 a privilegiar as carnes, o restaurante é agora um Tasco Atípico, com petiscos e pratos portugueses reinventados pelo chef Hugo Candeias. É quase tudo pensado para se partilhar à mesa, sendo obrigatório deixar espaço para a tarte de queijo basca. Há sempre sugestões do dia (ou da semana), para responder à época de cada produto.

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Preconceitos e mal-entendidos é o que não falta na gastronomia. No que à Índia diz respeito, a confusão começa logo na denominação de comida indiana. “Não fazemos comida indiana, mas comida da Índia”, diz Harneet Baweja, a mente por detrás do Gunpowder, o restaurante que dá que falar em Londres e que abriu em Lisboa, para mostrar que num país da dimensão da Índia nem se come caril todos os dias, nem tudo tem de ser picante. A carta divide-se entre pequenos pratos e pratos para partilhar. 

  • Restaurantes
  • Chiado

De um espaço com pouco mais de uma dúzia de lugares, Carlos Duarte Afonso mudou-se, a solo, para um restaurante seis vezes maior. O Oitto é o novo projecto do chef que ganhou notoriedade n’O Frade, em Belém. Um passo ambicioso, mas seguro, de quem não esquece de onde vem, sabendo perfeitamente para onde quer ir. Apesar do ambiente mais requintado, com uma sala em baixo e um balcão em cima, a lembrar os tempos d’O Frade, Carlos Duarte Afonso não se deixa intimidar. D'O Frade trouxe pratos como o pato de escabeche, laranja e gema de ovo braseada, ou o arroz de pato com laranja, que ganhou fama em Belém. Mas o objectivo é criar uma nova história, até porque o chef gosta de fazer rodar a carta.

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Nunca nos podemos esquecer que foi a bifana d’O Trevo, o café no Largo Camões, que conquistou Anthony Bourdain durante a sua visita a Lisboa para o programa No Reservations. No meio deste Chiado gentrificado, poucas coisas saberão tão bem como uma bifana e uma imperial.

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  • Chiado

Um restaurante num palácio é coisa que não se encontra em todo o lado e só isso já faz valer uma visita ao Palácio Chiado. No piso de cima, depois de uma escadaria imponente, fica o restaurante, com uma carta de Manuel Bóia (ex-Bica do Sapato), que vai mudando conforme a estação. Em baixo, fica o Salla, o bar onde tanto se pode beber um copo como, dependendo da noite, dar um passo de dança.

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Dificilmente haverá sítio mais instagramável e vibrante na cidade do que o restaurante do The Ivens Hotel. Ao centro, um majestoso balcão com 17 lugares, onde se evidenciam veludos, cores fortes e motivos florais. É aqui que fica o Gastrobar, com uma garrafeira suspensa e uma carta que quer recuperar a tradição de se comer ao balcão, com ou sem pressas, refeições completas ou simplesmente tábuas de queijos e enchidos. É também possível pedir alguns dos pratos disponíveis na sala de baixo, o Ristorante, ou no Crudo, um recanto ao lado, onde o marisco é acompanhado por champagne, espumante ou prosecco. Mas é na sala principal, de ambiente acolhedor em tons de madeira, com vista para a Terraza, que a magia acontece. De um lado a zona do grill, do outro a cozinha italiana.

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  • Bairro Alto

É uma peixaria moderna, mas já um clássico da cidade. Ao fundo, perto das mesas, fica a montra de peixe fresco, de apanha diária – e dali pode ir para a grelha ou para peças de sushi. Se não quiser escolher, entregue-se nas mãos de quem sabe e descubra o peixe à sua medida em nove momentos. Umas portas ao lado, encontra o Sea Me Next Door. Se na casa-mãe a ideia é deixar-se estar e descobrir o peixe para além do marisco, neste novo espaço o marisco e os petiscos são as estrelas. É perfeito para refeições rápidas sem hora marcada, já que a cozinha nunca fecha.

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Com provas dadas no país vizinho, o Ponja Nikkei, no Montebelo Vista Alegre – Chiado Hotel, conta a história da fusão japonesa e peruana que deu origem à cozinha nikkei. No menu não falta, claro, o ceviche, como o clássico de corvina marinada em leite de tigre, batata-doce, cebola roxa, choclo (um tipo de milho peruano), canchita (pipocas de milho), e óleo de coentros, assim como outros pratos típicos desta gastronomia. Para beber, o pisco é, claro, a estrela da companhia.

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Resume o crítico José Margarido: "A casa diz-se popular e com razão. Está sempre ao barrote, clientela indígena, sem sinal de nómadas, o ecrã na CMTV, a actualidade comentada em directo no balcão de inox. A carta faz-se de grelhados, comida de tacho e peixe frito, umas coisas melhores que outras, mas tudo com razoável apuro e preços em conta".

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É casa de pequenos-almoços, brunches, almoços e lanches e, agora, também de jantares. O Fauna e Flora chegou ao Chiado, onde antes morou o Mini Bar de José Avillez, em pleno São Luiz. Para acompanhar as necessidades do teatro municipal, esticou o horário habitual de funcionamento e estreou uma carta só disponível a partir das 19.00 com pratos que não existem em mais nenhum dos outros Fauna e Flora. A carta de cocktails também está mais composta, pensada para os finais de tarde que se podem prolongar noite dentro, especialmente na esplanada do quiosque, pertencente ao restaurante e que serve como apoio ao serviço.

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  • Chiado/Cais do Sodré

A memória da gastronomia tradicional portuguesa das tabernas do início do século passado desvanece-se entre twists, reinterpretações e novos conceitos. Mas na Taberna da Rua das Flores, as coisas fazem-se à antiga e as tradições levam-se a sério. O molho das iscas com elas leva baço, como antigamente. A meia desfeita usa as asas do bacalhau, zona menos nobre que as tabernas usavam para deixar as melhores partes para outros pratos. Pipis, moelas, pezinhos de coentrada, está tudo lá, numa deliciosa aula de história gastronómica.

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  • Chiado

O Green Affair, já com quatro casas, é 100% vegetal. Nada é de origem animal e a ideia é apresentar pratos inteligentes, inspirados em cozinhas internacionais, com um empratamento apelativo. Antes de seguir para pratos como o bife de seitan com molho de pimenta, com o seitan feito de raiz, perca-se nas entradinhas, onde há opções como as “coxas” de couve-flor panadas, as gyosas de vegetais ou os croquetes de espinafres.

Os melhores restaurantes em Lisboa por bairro

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O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Depois de tanto tempo adormecida por causa da pandemia, a zona voltou à vida de antigamente. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real.

  • Restaurantes

Não é dos maiores bairros da cidade, mas nem por isso faltam opções para comer. Pode não ser a escolha mais óbvia na altura de decidir onde reservar mesa, mas talvez não se vá arrepender – até porque há boas esplanadas por aqui. Campolide é casa de comida tradicional portuguesa, mas também há boas carnes e até aos pratos mais frescos e contemporâneos, sem nunca esquecer, obviamente, o frango assado (olá Valenciana!). Nestes cinco restaurantes em Campolide não vai sair desiludido.

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