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Wonderstruck: O Museu das Maravilhas

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Wonderstruck
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A Time Out diz

Duas crianças, ambas mudas, um rapaz e uma rapariga, andam à procura, pelas ruas de Nova Iorque, ele do pai desaparecido, ela da mãe divorciada e alheada da família. Mas fazem-no em tempos diferentes, o miúdo nos anos 70, filmados a cores, a rapariga na década de 20, filmada a preto e branco e sem som, como no cinema dessa era. Estas são, em O Museu das Maravilhas, manifestações do Todd Haynes com gosto pela experimentação e pela fuga à rotina temática e narrativa que conhecemos 
de filmes anteriores como Superstar: The Karen Carpenter Story, Veneno ou Não Estou Aí. Até aqui, tudo bem.

O busílis está em que O
 Museu das Maravilhas é a adaptação de um livro infantil de Brian Selznick, o autor de Hugo Cabret, de onde Martin Scorsese tirou um dos seus piores filmes, A Invenção de Hugo. E Haynes não consegue evitar que a fita fique refém do sentimentalismo em esguicho contínuo e do maravilhamento forçado que caracterizam a obra de Selznick (que ainda por cima também foi o argumentista 
de O Museu das Maravilhas), expressos numa contínua verborreia musical e visual que contrasta insolitamente, e acaba por entrar em colisão, com a mudez das duas personagens principais. O resultado é um dos filmes mais insípidos e frustrantes de Todd Haynes.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros

Elenco e equipa

  • Realização:Todd Haynes
  • Argumento:Brian Selznick
  • Elenco:
    • Amy Hargreaves
    • Michelle Williams
    • Julianne Moore
    • Oakes Fegley
    • Millicent Simmonds
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