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Guia para dominar o golfe em Cascais

O sol radiante prometia um dia agradável. Na Quinta da Marinha, os tacos já estavam a postos para os atletas que chegavam ao driving range (a zona de aquecimento do campo) e a vontade de começar a ver a bola voar para lá dos alvos era maior do que nunca.

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O golfe é um desporto de precisão e elegância, atraindo jogadores de todo o planeta para os seus campos verdes e paisagens dignas de postal. O cenário e o movimento de cada tacada parecem saídos de um filme, mas quando chega a nossa vez e acertamos no ar e não na bola, pensamos que algo está errado com o taco. Só pode. Ou terá sido o vento a fazer a bola mexer-se só ao de leve? Não, o taco está claramente desalinhado, é evidente. Nunca termos jogado, não fazermos ideia da postura correcta ou até termos fechado os olhos no crucial momento da tacada podem ser a razão para o desastre? Nada disso. O problema não somos nós, são eles, sejam eles (bola, taco, natureza) quem forem.

Golpes ao ego à parte, seguimos com a experiência para tentar resolver esta falta de sintonia entre jogador e bola. E não é que pelo meio até conseguimos fazer boa figura? Não vamos já desafiar o Tiger Woods, mas nesta experiência única de conexão entre desporto e natureza, com uma manhã de treino e alguma (muita) ajuda, podemos impressionar, pelo menos, as camadas mais principiantes do desporto – vá, quem nunca pegou num taco na vida – e dar algumas dicas sobre como passar da fase inicial. Se correr mal, a vista compensa a falta de jeito. 

Tentativa/erro no Driving Range
D.R.

Tentativa/erro no Driving Range

Fomos recebidos no driving range do campo de golfe do grupo Onyria, na Quinta da Marinha, e o nervoso já se fazia sentir. Apesar de acharmos que ia ser uma manhã descontraída, nunca tínhamos experimentado nada tão fora da zona de conforto. A linha de pessoas concentradas a acertar tacada após tacada fazia-nos perceber a seriedade com que levam a modalidade e o propósito que ali os levava. Agora, também nós tinhamos um: levantar o máximo de bolas do chão e tentar que pelo menos uma passasse o alvo dos 50 metros. Spoiler alert: elas voaram, só não tão alto. Nem tão longe. 

Aprendemos que esta zona é caracterizada como a de aquecimento antes de partir para o green “a sério”. Para quem está a começar, é o ideal para aprender a técnica por trás da tacada, e uma oportunidade para a aprimorar, num exercício de tentativa e erro. Foi ali que aprendemos que a trajectória da bola é o swing, que o pé de trás deve ficar virado para a frente e não na direção do resto do corpo, que o pulso tem de estar solto e que os olhos têm de seguir a bola. Nenhuma destas coisas podem ser deixadas ao acaso se queremos um bom resultado.

Saber escolher o taco certo também é fundamental : os tacos maiores (número 9) têm uma batida mais curta e os mais pequenos (número 4) uma maior. Repetimos a informação como um mantra. O contraste do aspecto pesado com a sensação de leveza na mão foi uma surpresa. 

E desengane-se quem, como nós, pensa que isto do golfe é só lazer e diversão: as dores nos braços e nas pernas acompanharam-nos nos dias seguintes, pela força que fazemos para acertar e fazer as bolas preguiçosas, que não se queriam levantar do chão, andar o suficiente para as deixarmos de ver.

Postura alinhada, tacos escolhidos correctamente e muitos baldes de bolas depois, coloca-se a questão: estamos prontos para as competições? Algumas (muitas) das nossas tacadas respondem que ainda não. Outras, mais positivas, dizem que com treino podemos lá chegar. Mas a verdade é que já estivemos mais longe e, mesmo que nunca aconteça, a experiência vale por si – bem sabemos, que cliché. Mas quem se aventurar numas tacadas nos campos verdes de golfe de Cascais rapidamente percebe que é verdade.

Visitar o buraco 13
D.R.

Visitar o buraco 13

Há motivação maior para dominar o desporto do que visitar um buraco tão lindo como o famoso 13? Este é como uma lenda entre os golfistas, localizado num cenário deslumbrante, e desafia os jogadores com a sua complexidade e beleza. Com a maior extensão de todas e uma vista-mar sem interrupção, é o momento ideal para ganhar uma força extra e continuar a trabalhar o swing e todos os outros movimentos específicos que se aprendem nas aulas a que ainda não fomos (ainda!).

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Aderir ao Golf Passport
D.R.

Aderir ao Golf Passport

O golfe em Cascais remonta a 1929, quando se inaugurou o campo de Golf do Estoril – na sua versão inicial de apenas nove buracos, mandado construir por Fausto Figueiredo. Hoje em dia, este é um destino de eleição para os amantes de golfe e conta com alguns dos melhores campos de Portugal: Oitavos Dunes Links Golf, Onyria Quinta da Marinha Golf Resort, Estoril Golf, Belas Clube de Campo, Lisbon Sports Club, Pestana Beloura Golf - todos com 18 buracos - e o Penha Longa Resort - com 27 buracos.

Em todos estes campos, o domínio da prática do golfe pode ser trabalhado, especialmente se os desportistas puderem usufruir de vários campos diferentes para se adaptarem e aprimorarem as habilidades. Foi neste sentido que foi criado o Golf Passport online, para permitir que os golfistas que querem reservar três ou cinco voltas nos sete campos de golfe da região o façam em menos de um minuto e com preços convidativos. 

Sabia que em 2022 foram jogadas mais de 215 000 voltas nos campos de Cascais? Este desporto faz parte da vila. Por isso, com o Golf Passport não está só a conseguir um campo (ou 7) para dar umas tacadas. Está a dar entrada numa comunidade vibrante de golfistas. Quem sabe não encontra um parceiro para a próxima partida? 

Por aqui, continuamos amadores, mas com uma nova visão da modalidade. A prática é a chave para o sucesso e há poucas coisas melhores que o som do taco a atingir a bola do jeito certo – arriscamos dizer que já estamos viciados, perseguindo-o tacada após tacada.  

Vemo-nos no green? 

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