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O Millennium Estoril Open está de volta este sábado, 26 de Abril, e prolonga-se até 4 de Maio, no Clube de Ténis do Estoril. Ao longo dos anos, o maior torneio de ténis em Portugal – com uma relevância internacional significativa – tornou-se também num dos principais eventos sociais da região de Cascais, com muita procura por parte dos locais. Os bilhetes estão à venda online e os preços variam consoante os dias e os lugares escolhidos para assistir aos jogos.
Há 10 anos que o catering da zona VIP do Millennium Estoril Open é assegurado pela Casa do Marquês, uma das maiores empresas nacionais desta área. São eles quem servem os almoços e jantares no Slice Restaurant, além de fazerem as refeições para os tenistas, equipas técnicas e árbitros.
A Time Out Cascais acompanhou a primeira manhã de montagens da Casa do Marquês no Clube de Ténis do Estoril. São dezenas os trabalhadores num rodopio entre as diferentes áreas técnicas. Há quem transporte cabos e outros equipamentos para fazer as instalações eléctricas; quem faça os últimos retoques nas peças decorativas que estarão espalhadas pelos vários espaços; e ainda quem esteja a organizar as diferentes áreas da cozinha que ali constroem durante uma semana, movendo caixas de pratos ou talheres de um lado para outro.

O Clube de Ténis do Estoril é completamente transformado pela Casa do Marquês, que ali constrói estruturas temporárias para que tenham uma área técnica operacional capaz de servir mais de 12 mil refeições ao longo daqueles dias. Quando visitámos o espaço, ainda aguardavam por uma série de camiões que iriam transportar equipamentos.
A comida é preparada na cozinha central da empresa, um espaço industrial no Prior Velho, e finalizada no Estoril. Ao todo, falamos de uma equipa de cerca de 250 pessoas alocadas ao evento, entre os quais 45 cozinheiros. Ainda não existem números para este ano, mas em 2024 a Casa do Marquês disponibilizou um total de 57.600 talheres, 38.500 pratos, 28.800 copos e 9.600 guardanapos. Foram preparados cerca de 600 quilos de marisco, mais de 900 quilos de peixe e mais de uma tonelada de carne, além de 1.100 pizzas e quase 10 mil sobremesas.

O tema deste ano é "Ode à Comida" – e isto significa que grande parte da decoração é feita com alimentos. As mesas têm fotografias de ingredientes, existem candeeiros feitos com laranjas desidratadas ou com folhas de louro, centros de mesa com frutas e legumes, floreiras com ervas aromáticas plantadas, cadeiras forradas a paus de canela ou peças decorativas como uma bicicleta coberta de pipocas.
“A liberdade criativa que temos é das coisas de que mais gosto ao fazer o Estoril Open”, diz a administradora da Casa do Marquês, Florbela Bem. “O grande desafio é conseguir surpreender sempre.”

Este ano, vão bater o recorde do número de chefs convidados, que se vão juntando ao longo dos dias do Millennium Estoril Open aos cozinheiros da Casa do Marquês, cuja equipa de culinária é liderada pelo chef executivo Humberto Santos. Miguel Laffan, Kiko Martins, Julien Montbant, Tiago Penão, Nelson Soares, Gil Fernandes, Lucas Azevedo, Miguel Nunes e Sebastião Coutinho são os chefs convidados que por lá vão passar nos próximos dias. Haverá live cooking e alguns restaurantes convidados, como é o caso da Casa das Velhas, de Vila Nova de Cerveira. As pizzas, como sempre, estão a cargo de Fernando Almeida, que todos os anos vem especialmente de Ponte da Barca.
A Casa do Marquês adquiriu no final do ano passado o restaurante EPUR, do chef Vincent Farges, premiado com uma estrela Michelin. O chef estará presente todos os dias, a todas as refeições, para acompanhar o serviço de catering, além de ter um corner próprio na linha de buffet do Slice Restaurant.

Entre as novidades desta edição está uma área de “charcutaria fina e queijos especiais”, uma zona de cozinha do mundo, outra dedicada às massas frescas feitas ao vivo e um bar de caviar. Os pratos mudam todos os dias, mas há alguns clássicos da comida portuguesa que nunca deixam o evento, como a açorda ou a cataplana. Outra autêntica instituição da Casa do Marquês no Millennium Estoril Open é o gelado exclusivo que todos os anos ali servem – e que não é possível provar em mais lado nenhum. Como que a imitar uma bola de ténis, é feito de citrinos e leva um crumble por cima, evocando a terra batida dos courts. “É o sabor que mais sai e o único que se mantém sempre.”

Todas as sobras, asseguram, são doadas à Refood, que distribui por pessoas necessitadas ou entidades que trabalham com populações vulneráveis. No ano passado, a Casa do Marquês doou 1143 refeições à Refood durante o Millennium Estoril Open.
Quanto à comida dos tenistas, contam que os atletas preferem pratos simples e pouco sofisticados. “O arroz branco é o que mais sai”, explica-nos um responsável por essa área. “As bananas também desaparecem.” Existe um buffet, mas também fazem adaptações por pedido, caso existam exigências especiais de alguns tenistas. “Deixamo-los à vontade, só fazemos é questão de fazer os bolos de anos quando alguém celebra o aniversário.”

Avenida Condes de Barcelona, Estoril