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Death to 2020

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Filme, Cinema, Death to 2020, Hugh Grant
©DRHugh Grant em Death to 2020
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A Time Out diz

Um falso documentário, que passa em revista em registo satírico o ano sinistro que acaba de se despedir, é uma boa ideia. Chamar, entre outros, os dois criadores da série Black Mirror para o escrever é outra boa ideia. Só que Death to 2020, o dito falso documentário, é a prova que duas boas ideias juntas não produzem necessariamente um bom resultado. Tendo como pivô Samuel L. Jackson num jornalista de um prestigiado e imaginário órgão de informação de Nova Iorque, Death to 2020 é quase tão deprimente e desolado de comédia como o ano que traz no título. Demasiadamente centrado nos EUA e no Reino Unido, e dando muito mais tempo de antena às eleições americanas do que à pandemia de covid, sem qualquer dúvida o acontecimento de 2020, pelo seu devastador impacto planetário, o filme é de uma pobreza abaixo de ordem mendicante em termos de humor, sátira, iconoclastia (veja-se como se põe sério e dobra o joelhinho quando fala do Black Lives Matter) e da mais elementar imaginação cómica (até quando se mete com a própria Netflix, que o produziu e onde se estreou, é nulo de piada). Arquivo morto, já!

Escrito por
Eurico de Barros
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