Não há nada melhor do que sair do trabalho e rumar a uma mesa de um qualquer bar do Porto. Ou, então, começar a noite num bar cheio de pinta e só depois seguir para as melhores festas da cidade. A verdade é que a competição dos melhores bares no Porto é renhida e há opções para todos os gostos e em todas as localizações.
O Pattria é o mais recente espaço no Porto dedicado à cerveja artesanal. O projecto de Jaime André e Tiago Almeida começou a germinar na Petiscaria Santo António, o outro negócio desta dupla. Começaram a abrir o restaurante aos domingos, tendo como alavanca a cerveja artesanal. “Fizemos uma parceria com a Praxis, de Coimbra, e organizámos provas de degustação”, lembra Tiago Almeida.
O bichinho da cerveja artesanal colou e, no ano passado, criaram uma loja online, a pattria.beer, ainda activa. Começaram a ir aos festivais da especialidade e a fazer contactos até que deram o salto: abriram um espaço físico em Março, onde estivera a pop-up store da galeria Underdogs (o lettering “Not So Fun” da fachada foi reaproveitado para o interior). Um espaço que é tanto para leigos como para entendidos.
“Não queremos ser um sítio para geeks mas para amantes da cerveja e para quem quiser dar os primeiros passos neste mundo”, sintetiza Tiago Almeida. A ideia é cultivar “o modo de vida cervejeiro”, o que inclui estimular o gosto pela cerveja e “partilhar conhecimento. Aqui ajudamos cada pessoa a encontrar a sua cerveja”. Nessa lógica, em Maio vão abrir um restaurante de fondue no piso de cima, onde as cervejas serão emparelhadas com as várias carnes – e assim, através da comida, conquistar novos fãs de cerveja.
“Além disso, faltam espaços de cerveja artesanal com comida mais elaborada, sem ser só petiscos”, considera Jaime André. Por agora, o Pattria serve mexilhões, moelas, salgados e tábuas de enchidos para quem quiser acompanhar os copos.
Quanto à oferta de cerveja, Tiago e Jaime querem equilibrar a presença de marcas nacionais e internacionais. Entre as primeiras, é possível encontrar por aqui a Musa, Praxis e Letra, e produtores mais pequenos como a Luzia, Beata, Colossus ou OPO 74. Entre as estrangeiras há Mikkeller, Flying Dog, Omnipollo ou Brewdog. Há mais de 70 referências, à pressão (em oito torneiras) e à garrafa.
Uma das estratégias é trazer para o Porto marcas menos conhecidas e mais difíceis de ver por cá, como a búlgara White Stork, que tem uma stout branca, feita com chocolate, baunilha e uma bebida típica da Bulgária, a rakia; a belga Caullier, com exemplares sem glúten; ou a italiana Toccalmatto.
Outro dos planos é ir desafiando cervejeiros emergentes e de pequena dimensão a produzir edições especiais para o Pattria, numa base de experimentação (e diversão). Já fizeram parcerias com a Luzia e a Beata, e a próxima será a Amphora, que trará uma cerveja com “sabor a rebuçado”. De resto, a agenda incluirá eventos, de encontros com produtores a colaborações com o mundo do desporto.
