Logo a abrir fez-se questão de informar o cliente de que o restaurante não é um franchise das casas de Lisboa, mas sim um posto avançado da própria casa de Lisboa.
Nenhuma comoção, até porque as casas de Lisboa não me deixam eufórico. Estava sobretudo curioso para perceber se algo de positivo podia resultar da maior proximidade com os bivalves da Galiza e do sítio em si, um rés-do-chão com pátio nas traseiras, típico dos edifícios de Miguel Bombarda.
Não resultou, embora o pátio seja muito agradável. De resto, tudo de facto “igual” aos seus irmãos ou pior. Os mexilhões existem com diversos molhos, das Meunière às Fraîche, das Chili às Bulhão Pato.
Desta vez provei as Thai e confirmei que o molho de natas faz desaparecer quase tudo, incluindo o gengibre e a erva príncipe, duas coisas que não são fáceis de apagar.
Quanto aos mexilhões, foi difícil encontrar uma concha que não estivesse vazia, obrigando à pesca do bivalve. Um fraco troféu, diga-se, porque na verdade estavam demasiado cozinhados e esfriados.
Quanto às batatas fritas podem ser das melhores batatas congeladas que se vendem no mercado. Problema: vêm em vasinhos, o que faz com que as de cima estejam secas e as debaixo se ensopem em óleo.
Serviço simpático mas insuficiente para apagar o resto.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.
