Na mesa ao lado há jovens da Nova Zelândia, Coreia do Sul, Alemanha, Holanda, Estados Unidos. Parece publicidade da Benetton. Jantam todos juntos e têm como anfitrião um empregado da casa que vai distribuindo shots de Porto, avisando antes (sem sucesso) que “não é para beber tudo de uma vez”. Sou o único cliente a falar português e provavelmente também o único que não vai dormir num beliche nessa noite.
Sugerem-me as chamuças de frango e sugerem muito bem, que elas vêm estaladiças, saborosas e secas de óleo, e com um molho agridoce e outro de menta. Chegam também argolas de cebola frita com molho tártaro e molho de salsa, a cebola lá dentro cozida. Nos principais, há várias opções de comida do mundo, das massas aos risotos e aos caris, e depois há os tattvas, espécie de hambúrgueres informes com mistura de carne e especiarias e inspiração estrangeira. Gostei do mexicano, que vem com umas espetadas de batatas fritas de grande efeito estético e também boas de trincar.
Há cuidado na cozinha deste Tattva e vontade de fazer bem, apesar de vir tudo com risquinhos no prato e da praga do tomatinho cereja a compor o quadro. De resto, se eu andasse a viajar pelo mundo e no Porto me servissem risotos ou caris ficava danado. Sendo português, o Tattva é um sítio simpático e económico (15-20€ por refeição), onde se pode dar um saltinho lá fora.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.
