A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Pequenas Cartas Maldosas
DRPequenas Cartas Maldosas

Os filmes em cartaz esta semana, de ‘Pequenas Cartas Maldosas’ a ‘Um Lugar Seguro’

As estreias de cinema, os filmes em exibição e os novos filmes para ver em streaming, incluindo ‘O Hotel Palace’, ‘Parece que Estou a +’ ou ‘Priscilla’.

Escrito por
Eurico de Barros
Publicidade

Tanto cinema, tão pouco tempo. Há filmes em cartaz para todos os gostos e de todos os feitios. Das estreias em cinema aos títulos que, semana após semana, continuam a fazer carreira nas salas. O que encontra abaixo é uma selecção dos filmes que pode ver no escurinho do cinema, que isto não dá para tudo. Há que fazer escolhas e assumi-las (coisa que fazemos, com mais profundidade nas críticas que pode ler mais abaixo nesta lista). Nas semanas em que há estreias importantes de longas-metragens no streaming, também é aqui que as encontra. Bons filmes.

Recomendado: As estreias de cinema a não perder nos próximos meses

Filmes em estreia esta semana

Pequenas Cartas Maldosas

Inglaterra, anos 20. A devota e conservadora Edith Swan, bem como outros habitantes da cidade costeira de Littlehampton, começam a receber cartas anónimas maldosas e obscenas. As suspeitas recaem de imediato sobre Rose Gooding, a impetuosa vizinha irlandesa de Edith, e as mulheres da cidade começam a investigar. Olivia Colman, Jessie Buckley, Timothy Spall e Gemma Jones interpretam esta comédia.

A Barragem

Produção franco-sudanesa realizada por Ali Cherri, A Barragem é uma fábula política sobre um homem que trabalha numa fábrica de tijolos alimentada pela água do Nilo, no norte do Sudão, e que está a erguer em segredo uma misteriosa construção de lama.

Publicidade

Aqui

Em Bruxelas, um operário da construção civil romeno e uma rapariga belga-chinesa que está a preparar o seu doutoramento, cruzam-se pouco antes daquele regressar a casa. Filme distinguido na premiação paralela do Festival de Berlim.

Um Lugar Seguro

Este filme do croata Juraj Lerotic segue Damir, um homem que está a tentar suicidar-se, ao mesmo tempo que a família o tenta impedir por todos os meios. Premiado no Festival de Locarno, Um Lugar Seguro decorre ao longo de 24 horas.

Publicidade

Algo que Disseste na Noite Passada

Filme do canadiano de origem italiana Luis De Filippis, cuja história segue quatro membros da mesma família, um deles uma mulher trans aspirante a escritora, que vão de férias para a praia e se envolvem em vários conflitos internos.

Amo-te Imenso

Co-produção luso-brasileira realizada por Hermano Moreira. Fábio, um brasileiro tímido e reservado, vem passar uma temporada em Lisboa, onde conhece a portuguesa Maria. Com Guilherme Gorski, Filipa Pinto e Júlia Palha.

Publicidade

Primeira Obra

O octogenário realizador português Rui Simões assina aqui a sua primeira longa-metragem de ficção, de fundo autobiográfico. Um jovem investigador luso-descendente vai fazer uma tese sobre Bom Povo Português, que o mesmo Rui Simões assinou em 1980.

Sting: Aranha Assassina

Filme de terror sobre uma menina de 12 anos que cria uma aranha em segredo, tendo a certo ponto que enfrentar a terrível verdade sobre o seu animal de estimação.

Publicidade

A Grande Viagem 2: Entrega Especial

Animação russa em que o urso Oscar e o coelho Miro vivem uma nova e grande aventura, partindo num balão para entregar um ursinho perdido aos seus pais.

Spy X Family Código: Branco

Novo título desta série de filmes animados japoneses. Depois de ser substituído na Operação Strix, Loid decide ajudar Anya a ganhar um concurso de culinária na Eden Academy.

Filmes em cartaz esta semana

  • 3/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

Festival de Avignon, Verão de 2021. Apesar da pandemia e da ventania que se faz sentir, o temível Mistral, típico da região, o teatro aproveita uma aberta no confinamento e prossegue, embora com as necessárias cautelas. Num dos principais locais do evento, Isabelle Huppert interpreta o papel de Lioubov Andreieva Ranevskaia em O Cerejal, de Anton Tchékov, numa encenação do director do festival, o português Tiago Rodrigues. Noutro sítio, Fabrice Luchini prepara um dos seus popularíssimos espectáculos a solo de leitura e comentário de textos de grandes autores franceses e universais, no caso, Nietzsche e Baudelaire. O realizador Benoît Jacquot seguiu-os informalmente com a sua câmara nos dias que antecederam as respectivas representações, filmando-os a viajar nos carros, descontraídos ou ansiosos nos bastidores, a falar ocasionalmente com ele, com as directoras de fotografia, com membros da equipa ou com pessoal e técnicos dos locais onde se vão apresentar. Mas sobretudo a ensaiar, a trabalhar a matéria-prima do ofício de actor: as palavras. O resultado final está neste documentário De Cor (ações) (Par Coeurs, no original), que mostra Huppert e Luchini a lutar com os seus respectivos textos, a falar sobre eles e a memorizá-los, discorrendo sobre os problemas que apresentam, as técnicas que implicam e os prazeres que proporcionam. Não há em De Cor (ação) a menor preocupação ou presunção de ser exaustivo ou “didáctico”, embora pelas características do seu espectáculo e pela personalidade expansiva e verbo copioso, o documentário tenda a ser dominado pelo actor. Onde a parte de Isabelle Huppert é mais minimalista, fugaz e “impressionista”, a de Fabrice Luchini é mais ilustrativa, explicativa e assertiva. É vê-lo a citar de forma arrebatada o seu mestre Louis Jouvet (o “ataque da frase”) ou a saborear uma frase particularmente feliz de Nietzsche. O único reparo que podemos fazer a De Cor (ação), que não chega a durar 80 minutos, é ser curto, decepcionantemente curto. Queríamos mais dos dois, mais de Huppert vulnerável, sob pressão e a tentar amestrar o seu papel, mais de Luchini empolgado e a interpretar duplamente, os textos que lê e os seus significados. Mais palavras e mais labor, mais dificuldades e mais deleite.

Guerra Civil

Kirsten Dunst, Wagner Moura e Cailee Spaeny são os principais intérpretes desta fita de ficção científica distópica realizada por Alex Garland (Ex Machina). A história passa-se num futuro próximo em que os EUA estão mergulhados numa guerra fratricida. Um quarteto de jornalistas e fotojornalistas procura alcançar Washington, antes que as várias facções rebeldes cheguem à Casa Branca e capturem ou executem o Presidente dos EUA.

Publicidade

O Rapto

Marco Bellochio recua até ao século XIX neste filme que recria um acontecimento real. Em 1858, Edgardo Mortara, um menino judeu de seis anos, foi retirado aos pais pelas autoridades e levado para Roma, por ter sido baptizado em segredo e ser obrigado, segundo a Igreja Católica, a receber educação católica. O caso foi usado no combate entre o Vaticano e as forças liberais e pró-unificação de Itália.

  • 4/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

O novo filme do prestigiado e oscarizado realizador canadiano Denys Arcand, autor de As Invasões Bárbaras e O Declínio do Império Americano, passa-se numa casa de repouso onde vive Jean-Michel (Remy Girard), um arquivista solteirão, e cuja calma é perturbada por um grupo de jovens activistas políticos que se instala nos jardins da instituição, exigindo a remoção de um fresco que mostra o acolhimento dos descobridores europeus pelos nativos americanos. Naquela que deverá ser a sua obra de despedida, o octogenário Arcand satiriza e enfrenta o politicamente correcto em todas as suas expressões censórias, fanáticas e absurdas, bem como a incompetência, a arrogância e a hipocrisia da classe política, ao mesmo tempo que assina uma comédia melancólica sobre o ocaso da vida do protagonista (o qual, no entanto, é presenteado com um novo e inesperado fôlego mesmo a acabar a história, porque nem tudo é tão negro como parece) e da civilização ocidental, deixa uma visão pessimista sobre o futuro do Canadá, e muito em especial do seu Quebec natal, e faz o seu testamento cinematográfico (o título original do filme é, precisamente, Testament). O final de Parece que Estou a + é um achado de premonição e de ironia.

Publicidade

Back to Black

Marisa Abela interpreta a malograda cantora inglesa Amy Winehouse (e também canta todas as canções) nesta fita biográfica assinada por Sam Taylor-Johnson, que mostra a sua ascensão no mundo da música, desde a juventude no subúrbio londrino de Camden, até à sua morte por overdose, apenas com 27 anos. O filme é também uma celebração do talento musical único de Winehouse, e procura compreender os demónios pessoais que acabaram por a destruir, nomeadamente a funesta e obsessiva relação amorosa, e de toxicodependência, com o marido, Blake Fielder-Civil (Jack O’Connell).

+ ‘Back to Black’: a muito contestada biopic de Amy Winehouse

  • 3/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

Os apreciadores do melodrama à antiga irão acarinhar Anjos na Terra, de Jon Gunn, que se baseia (com algumas liberdades ficcionais para fins de eficácia narrativa) em factos ocorridos nos anos 90, em Louisville, no Kentucky, envolvendo os membros de uma família operária. Hilary Swank interpreta Sharon Stevens, uma cabeleireira dada à bebida, que teve uma infância infeliz e foi mãe muito cedo, e o filho não responde às mensagens que ela lhe deixa no telefone, de tal forma está ressentido de a mãe lhe ter dado uma infância tão má como a dela. Sharon decide, num repente, ir ajudar Michelle Schmitt, uma menina órfã de mãe que sofre de uma doença rara e precisa de um transplante de fígado, e cujo trabalhador e dedicadíssimo pai está atolado em dívidas. Anjos da Terra ilustra como é que pessoas comuns conseguem fazer coisas extraordinárias em prol do seu próximo, e elogia o altruísmo quotidiano, bem como a capacidade de uma comunidade mobilizar esforços, meios e de se unir pelo bem de um dos seus membros (ver o final durante a tempestade de neve). Mas o filme não seria o que é, não fora a presença formidável de Hilary Swank. Mostrando porque é que tem dois Óscares em casa, ela interpreta o “anjo comum” (para nos referirmos ao título original da fita) que toma conta dos membros da família Schmitt com uma convicção, um optimismo e uma energia que levam tudo à frente. Sem escamotear os defeitos e os falhanços da personagem (mãe falhada e alcoólica crónica, que age também para tentar compensar os seus defeitos e redimir-se deles) no meio das suas qualidades e sucessos de obreira de milagres “civil”. É caso para dizer, e parafraseando o anúncio, quem tem Hilary Swank tem tudo. A actriz é bem coadjuvada por Alan Ritchson no lacónico e relutante Ed Schmitt, um papel nos antípodas do seu Jack Reacher da série homónima, e apesar de accionarem todos as engrenagens do mecanismo sentimental do melodrama, e visarem um intenso e edificante efeito feel good final, Jon Gunn e os argumentistas Meg Tilly (sim, a actriz) e Kelly Fremon Craig evitam quer o excesso de sacarina e de melaço, quer o erro do abuso de exposição e demonstração no contar da história, e na forma como as personagens são caracterizadas e se relacionam (e a “mensagem” cristã vem embutida com discrição no enredo).

Publicidade

O Hotel Palace

Fanny Ardant, John Cleese, Mickey Rourke e Joaquim de Almeida constam do elenco desta nova realização de Roman Polanski. O Hotel Palace é uma comédia negra e satírica ambientado num luxuoso hotel de montanha suíço, na véspera de Ano Novo de 1999, e onde as vidas dos empregados do estabelecimento e as de vários dos hóspedes se entrelaçam, dando origem a um conjunto de situações inesperadas e sobretudo inusitadas.

  • 4/5 estrelas
  • Filmes
  • Drama
  • Recomendado

“Old soldiers never die, they simply fade away”, diz a velha canção militar inglesa. Bernard Jordan (Michael Caine), o veterano marinheiro protagonista de A Última Evasão, de Oliver Parker, baseado em factos reais, não quer desaparecer sem ir às comemorações, em França, do 70.º aniversário do Dia D (a história passou-se em 2014). Só que não conseguiu arranjar lugar na excursão oficial de veteranos britânicos, e vai ter que ficar a ver as cerimónias na televisão, no lar de idosos de Hove onde mora com a mulher, a vivaça, espirituosa e sarcástica Rene (Glenda Jackson, no seu último papel antes de morrer, e que faz com a sua interpretação que o filme seja tanto sobre a sua personagem como a de Caine), com a qual está casado desde a II Guerra Mundial. Só que Bernard tem mesmo que ir à Normandia para as cerimónias do desembarque, porque de certeza não poderá ir às dos 80 anos, e ainda por outra razão, mais secreta, que o filme desvendará lá para a frente. Por isso, com toda a cumplicidade de Rene, escapa-se do lar bem cedo na manhã do dia 6 de Junho e mete-se no ferry boat para o outro lado do Canal da Mancha. A bordo, conhece Arthur (John Standing), um ex-piloto da RAF que o convida para se integrar no seu grupo de ex-combatentes, e lhe oferece também alojamento no hotel onde se vão hospedar. Além do quarto, Bernard e Arthur vão ainda partilhar histórias de guerra, bem como o grande segredo pessoal de cada um – que está relacionado com o conflito, e nunca contaram a ninguém. A Última Evasão é muito mais do que um filme sobre a inesperada e atrevida aventura do idoso Bernard. É também sobre a longa, cúmplice e fortíssima relação de amor entre ele e Rene, um casal devotadíssimo, a que os magníficos Caine e Jackson, dois dos nomes maiores e mais lendários do cinema britânico, trabalhando em perfeita sintonia dramática, dão uma autenticidade imediata e intensa, sentimental mas jamais lamechas, e com um toquezinho de humor aqui e ali; sobre as muitas marcas que a guerra deixa nos combatentes, e a forma como cada um deles lida com elas; sobre o significado, o valor e a importância da camaradagem entre soldados, da mesma geração ou de gerações diferentes; e ainda a reconciliação entre antigos inimigos, através da bonita cena com os veteranos alemães no bar em França. 

Publicidade
  • 3/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

O novo filme de Sofia Coppola sobre Priscilla Presley, baseado no livro de memórias desta, Elvis and Me, pode ser visto como o reverso do Elvis de Baz Luhrmann. Priscilla Beaulieu (Cailee Spaeny, Melhor Actriz no Festival de Veneza), filha de um militar colocado na Alemanha na década de 50, tinha 14 anos e conheceu e começou a namorar com Elvis Presley quando este fazia ali a tropa, casando-se com ele em 1967. Divorciaram-se em 1973.

Rodado sempre do ponto de vista dela, Priscilla foge a mostrar Elvis em palco ou a fazer filmes, preferindo detalhar a existência de luxo e conforto, mas também de solidão, tédio e frustração da retratada, que ficava em Graceland com os familiares do marido, que eram também seus empregados. Priscilla vivia como um pássaro numa enorme gaiola de ouro em que a porta não estava fechada, embora carregada de restrições.

Sofia Coppola não nega que Elvis Presley (permanentemente rodeado de uma corte de amigos e sicofantas incapazes de lhe dizerem “não” ou de o contrariar) a amava e se preocupava com ela, mas tratava-a como uma boneca que cobria de presentes para a manter satisfeita, a sua Barbie de carne e osso, que queria também obediente e sem o incomodar. E filma-os como namorados, e depois numa vida conjugal e familiar crescentemente instável e insatisfatória para Priscilla, sem sensacionalismos dramáticos ou fogo de vista cinematográfico, nem vitimizações “feministas” fáceis.

A recriação das décadas de 50, 60 e 70 através das modas e das roupas, dos automóveis e dos comportamentos, é perfeita, e Cailee Spaeny personifica Priscilla sempre de forma consistente e plausível ao longo do tempo, desde a adolescência tímida e ingénua até cerca dos seus 30 anos, quando deixou Elvis com a filha de ambos, Lisa Marie. E é precisamente na recta final que a fita perde personalidade, aproximando-se dos biopics convencionais. 

  • 4/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

Concorrendo pela Alemanha ao Óscar de Melhor Filme Internacional, A Sala de Professores, de Ilker Çatak, segue Carla Nowak (excelente Leonie Benesch), uma jovem professora idealista que inicia a sua carreira docente como substituta numa escola secundária. Quando ali se dão uma série de roubos de que um dos seus alunos é o suspeito, e ela própria é roubada, Carla decide investigar e faz uma descoberta chocante, que vai lançar a escola no caos e comprometê-la perante colegas, alunos e pais, por fazer o que a consciência lhe dita e defender os seus discentes mesmo contra os seus próprios interesses. Servindo-se do roubo como mero pretexto para desencadear os acontecimentos e expôr o que lhe interessa, e adoptando a cadência em crescendo de um filme de acção, Çatak retrata a escola como um lugar de tensão constante, de fricção contínua e de combate permanente, envolvendo os alunos entre eles e com os professores, estes entre si, e os progenitores e os docentes. E sugere também que o excesso de abertura aos alunos e de “democracia” no funcionamento dos estabelecimentos de ensino como o do filme, na Alemanha, pode ter consequências muito graves, e que os jovens não devem ser tratados como adultos, dando-lhes demasiada voz, poder e autonomia para o exercer, em especial na escola. Como a própria Carla, tão conscienciosa como ingénua, descobre a certa altura de A Sala de Professores.

Publicidade
  • 4/5 estrelas
  • Filmes
  • Recomendado

Em 1970, num exclusivo colégio privado da Nova Inglaterra, um professor rabugento, sarcástico, exigente e de quem ninguém gosta, nem alunos nem colegas, tem que ficar no período do Natal e do Ano Novo na escola, a tomar conta de um aluno inteligente mas rebelde e amargo que os pais não levaram nas férias, juntamente com a cozinheira-chefe, que perdeu há pouco o filho, um antigo aluno, no Vietname. Escrita por David Hemingson e realizada por Alexander Payne, Os Excluídos é uma comédia dramática sobre três solitários que representam outras tantas formas pessoais de infelicidade, e que vão ter que achar a maneira de se relacionarem nos dias penosos que têm que passar juntos num enorme edifício vazio e em plena época de alegria festiva e convívio familiar. Payne recria a época com discreta exactidão (a certa altura, aluno e professor vão ao cinema ver O Pequeno Grande Homem, de Arthur Penn, e toda a gente está a fumar no cinema; e numa sequência passada num restaurante, a empregada recusa servir ao rapaz uma sobremesa que inclui uma bebida alcoólica, porque ele é menor), não força qualquer nota sentimental ou efeito narrativo e consegue um filme pleno de observação e calor humano, humor seco e irónico, e drama tocante sem sombra de pieguice. O sempre notável Paul Giamatti, no professor Paul Hunham; Dominic Sessa, no jovem Angus Tully; e Da’Vine Joy Randolph, na cozinheira Mary Lamb, trazem graça, emoção e uma imediata e profunda verdade humana às suas respectivas personagens, cada qual a esconder um segredo que será revelado na sua devida altura, no decorrer da história. Os Excluídos está nomeado para cinco Óscares, e merece ganhá-los todos.

Filmes em estreia no streaming

City Hunter

Filme de acção e comédia japonês baseado numa manga que também já foi adaptada a uma série animada nos anos 80. Ryo Saeba é um detective particular e um conquistador inveterado, que se alia, relutantemente, à irmã do seu parceiro, que foi assassinado, para resolver o caso do desaparecimento de uma rapariga em Tóquio.

Netflix. Estreia a 24 de Abril

Mais cinema

Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade