Espaço para ser feliz é coisa que não falta em Leça da Palmeira

Com cerca de três quilómetros de praias, Leça da Palmeira é procurada por quem gosta de espaço, ar livre e natureza. A Praia de Leça é, provavelmente, a mais conhecida. Tem um areal extenso, infra-estruturas de apoio e boas ondas para a prática de surf e bodyboard. Caminhando para norte, chega-se à Praia dos Beijinhos, que, consta, recebeu este nome devido à enorme quantidade de búzios, ou “beijinhos”, aí existentes. Mais pequena e resguardada é a Praia da Senhora da Boa Nova, uma boa escolha para os dias mais ventosos. Com bonitos passadiços, vegetação natural, condições consistentes para o surf e bodyboard, e bares de praia concorridos durante todo o ano, a Praia do Aterro é uma aposta ganha para quem gosta de animação e de beber um copo ao fim do dia.

A Galp vai transformar a antiga refinaria de Matosinhos num centro de inovação que poderá criar 20 a 25 mil novos postos de trabalho directos ou indirectos no prazo de 10 anos. Os empregos vão estar ligados "às energias limpas e ao futuro", afirmou recentemente o presidente executivo da Galp, Andy Brown. O projecto ambicioso pretende criar um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, que incluirá comércio e serviços, hotelaria, restauração, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um parque verde. O centro de inovação prevê ainda a construção de um pólo universitário no local.

Já está em curso a construção de um corredor verde, que vai permitir a valorização paisagística e ambiental do rio Leça e das suas margens, através de um canal próprio destinado à mobilidade suave. O investimento é de 19,7 milhões de euros e vai contemplar 13 hectares de novos espaços verdes, 820 novas árvores, quatro novas pontes, sete quilómetros de ciclovia e de percursos pedonais. Já o Parque da Cidade do Porto, um dos maiores parques urbanos do país, com 83 hectares e dez quilómetros de caminhos por onde pode correr, passear ou andar de bicicleta, fica a dez minutos de carro. É rico em fauna — por lá vivem patos bravos, cisnes, gansos, galinhas de água, muitos peixes e rãs — e em flora.

O Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, da autoria do arquitecto Luís Pedro Silva, é um edifício premiado, com um milhão de azulejos e que vale a visita. Já na margem do Rio Leça, o Museu da Quinta de Santiago, desenhada pelo arquitecto italiano Nicola Bigaglia e concluída, possivelmente, no final do século XIX, tem como objectivo de preservar e divulgar a memória histórica de Matosinhos e Leça da Palmeira através da arte (Rua Vila Franca, 134. 1€). Depois de saqueada, vandalizada e muitos anos deixada ao abandono, a Casa de Chá da Boa Nova acolhe hoje um restaurante com duas estrelas Michelin, em cima do mar. Projectada nos anos 60 e construída sobre os rochedos do extremo oeste da praia da Boa Nova, mesmo junto à capela com o mesmo nome, foi uma das primeiras obras de Álvaro Siza Vieira (Rua da Boa Nova). Também do mesmo arquitecto, a Piscina das Marés é uma das maiores e mais fotogénicas atracções de Leça da Palmeira, sobretudo durante a época balnear.

Em Leça vive-se muito bem e isso também passa por uma mesa farta. Dado o considerável número de espaços que vão fazer as delícias do seu estômago, enumeramos cinco obrigatórios, a conselho dos críticos de Comer & Beber da Time Out. A Margarida, para quem procura comida tradicional de se lhe tirar o chapéu; a Casa de Chá da Boa Nova, com a cozinha deliciosa e criativa preparada pelo chef Rui Paula; o Fava Tonka, sem sombra de dúvidas, um dos melhores restaurantes vegetarianos do país; o Lessa, o restaurante que todos gostaríamos de ter ao pé de casa, com preguinhos do lombo, sandes de presunto e ovo, e tachinhos de arroz carolino; e, por fim, o estiloso Terminal 4450 onde encontra bons cocktails, snacks de comer e lamber os dedos e excelentes carnes maturadas.