Corleone
Francisco Romão Pereira

O que há de novo em Cascais

As novidades multiplicam-se. À mesa, ao ar livre ou para renovar o armário, junte-se a nós para descobrir o que há de novo em Cascais.

Vera Moura
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Mais descontraída do que a capital e com um espírito de Verão que dura quase o ano inteiro, Cascais é sempre uma boa ideia quando o tema são mergulhos na praia, restaurantes de peixe, passeios no meio da natureza e desportos ao ar livre. E não importa quando nem por quanto tempo vem – aqui, o que é bom dificilmente muda. Quer isto dizer: a vista deslumbrante de vários restaurantes e bares, um bairro cheio de museus para explorar e uma agenda cada vez mais animada. Mas nem só de clássicos se vive Cascais: as novidades multiplicam-se e merecem toda a nossa atenção.

Siga as nossas coordenadas e rume à Linha para ver o que há de novo em Cascais.

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O que há de novo em Cascais

A Dallas, cujos hambúrgueres já tinham conquistado o Cais do Sodré, os Anjos e São Bento, chegaram agora a Carcavelos. É o primeiro espaço da marca fora de Lisboa, mas com o menu de sempre, que pode ser consultado online.

Inspirado pela magia e pelo glamour do cinema, o Lumière apresenta-se como um restaurante de comida portuguesa com uma abordagem contemporânea, com diversas influências da culinária japonesa, cuja história se entrelaça precisamente com os nossos sabores nacionais. Os quatro sócios, mais o chef Bruno Kai Zen, acreditavam que faltava um espaço confortável e de gama alta no centro da vila  e fizeram questão de o abrir.

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  • Grande Lisboa

Da rua, a esplanada chama imediatamente à atenção. Não é para menos: a varanda do hotel Villa Cascais, onde fica o Corleone, é bonita. As cores sóbrias, mas vivas, chamam por quem passa. E não é diferente no interior, onde reinam os tons amarelos e azuis, veranis, como Cascais, mas também como o sul de Itália, que inspiraram Miguel Garcia a fazer um restaurante italiano como ainda não existia na vila. O nome nada tem a ver com a máfia, é antes uma referência directa a Corleone, na Sicília. É essa a inspiração também por trás da carta de cocktails – nos vinhos o foco mantém-se em Itália. "Um restaurante italiano idealizado e com menu feito por um chef italiano é algo que não existia em Cascais", defende Miguel. O chef é Rodolfo de Santis. Natural de Puglia, foi no Brasil que fez nome na última década, quando criou o restaurante italiano Nino, que depressa deu que falar, multiplicando-se pelo país. Como num italiano clássico, a carta divide-se entre antipasti, primi e secondi e dolci – “tudo feito com as receitas tradicionais do sul de Itália”, assegura o responsável. Nas entradas, há, por exemplo, vitello tonnato (16€) ou uns irresistíveis arancini (12€). Nos primi, estão as massas como a carbonara (22€) ou o vistoso spaghetti all’aragosta (35€), com bisque de crustáceos, tomate fresco, rúcula e cauda de lagosta grelhada. Já nos secondi, tanto é possível pedir um risoto de limão com camarão grelhado (28€), como uma costeleta de vitela panada, com rúcula, tomate fresco e mozzarella (28€) – a famosa milanese. Nas sobremesas, o mesmo cuidado e atenção.

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  • Compras e estilo de vida

Abriu, de forma discreta, nos últimos dias de 2023, em modo soft-opening, no antigo edifício dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Cascais – mesmo no centro da vila e a poucos passos da Baía. O relógio emblemático da fachada, por baixo dos sinos, baptizou o novo projecto: O Relógio - Slow Retail. Com diversas marcas portuguesas, é uma espécie de Embaixada do Príncipe Real em Cascais, ou não fosse a responsável uma das pessoas envolvidas nesse projecto de revitalização de um dos bairros mais centrais de Lisboa, Catarina Lopes. N’O Relógio - Slow Retail podem encontrar-se os chocolates quentes e os cafés de São Tomé da Nicollò, os óculos de sol de bambu da Origem, as roupas masculinas d’A Industria, as jóias da HLC e as peças de roupa de mulher da Papua, perfeitas para quem já só pensa no Verão. O conceito, que quer dar destaque ao design nacional, ocupa o piso térreo do edifício, que tem cerca de 300 metros quadrados.

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Não é nova (pelo contrário – já aqui está há 30 anos!) – mas acaba de reabrir depois de alguns meses de obras de cara lavada e cheia de novidades. Quem passa distraído à porta do emblemático edifício encarnado na baixa da vila, a poucos passos da baía, pode não dar por nada, mas lá dentro tudo mudou. O projecto de arquitectura de interiores dos italianos Cardinali & Gazzabin Architects rasgou as montras, dando mais luz ao espaço, que ganhou ainda uma instalação em latão dourado que atravessa os três andares e exibe peças emblemáticas das marcas expostas nos cabides e prateleiras. A gigantes como Celine, Loewe, Balmain, Givenchy, Ferragamo, Pucci, Missoni ou Dolce & Gabanna, que já tinham morada em Cascais antes da remodelação, juntam-se agora três novas marcas: Jacquemus, JW Anderson e AMI Paris. Leia mais aqui

Com um ambiente de proximidade e uma ementa em constante mutação, o Saíra Café é o novo brunch de Cascais. Tem açaí, tapiocas, panquecas, ovos, massas ou bolos para descobrir neste espaço que está aberto durante todo o dia. Ficou curioso? Contamos tudo aqui

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  • Coisas para fazer

20 anos após ter sido doada à autarquia, a Casa Reynaldo dos Santos e Irene Quilhó dos Santos, na Parede, foi reabilitada e transformada no Centro de Investigação de Ciência e Arte Maria de Sousa. Acolhe diversos acervos nas áreas de Medicina, História da Arte e Literatura, funcionando como um centro de documentação e pólo cultural e científico aberto ao público. Saiba mais aqui

  • Coisas para fazer

O Berezka é um mercado de produtos do leste europeu. Depois de espaços em Setúbal e Cascais, abriu em Fevereiro de 2024 mais uma mercearia com produtos típicos de todos os países da antiga União Soviética. A história completa aqui

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  • Coisas para fazer

Cascais tem um novo hub gastronómico chamado One Market. São as galerias comerciais do empreendimento de luxo One Living, um projecto com assinatura do arquitecto Francisco Valsassina onde, até há alguns anos, morava a Praça de Touros. Por ali vai encontrar os doces e salgados com sotaque brasileiro Da Lis com Amor, uma loja da Delta Espresso, a papelaria Presse Linha, um restaurante Pasta Non Basta, o gastrobar The Butler, a Boutique del Jamon, bem como um restaurante de sushi e uma cevicheria. 

Já existia no Rio de Janeiro e abriu em Março de 2024 bem no centro de Cascais. Idealizado pelo chef brasileiro Nelson Soares, aposta na culinária italiana, sobretudo de inspiração transalpina, mas com um conceito influenciado pelo minimalismo nórdico, em que cada prato tem, no máximo, cinco ingredientes base. No Rio de Janeiro, a cozinha é completamente aberta. Ali, como não puderam deitar abaixo a parede estrutural que separa a cozinha da sala, optaram por uma solução diferenciadora: têm uma mesa triangular às portas da cozinha onde finalizam a preparação e o empratamento de todos os pratos, à vista dos clientes. O Sult conta ainda com uma ampla carta de vinhos, com muitas referências de pequenos produtores.

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É o novo restaurante mexicano do Mercado da Vila. O Azteca aposta nalguns clássicos (como tacos, quesadillas ou alambres, além de diversas entradas) mas também nalguns pratos de fusão que incluem ingredientes portugueses ou de outras origens. 

O Dirty Tails fica num dos espaços exteriores da Marina de Cascais e é, como o nome sugere, um bar de cocktails (tanto clássicos como de autor). É um projecto do experiente Alberto Romão, que nasceu em Cascais mas de olhos postos no mundo, uma vez que pretendem alargar a marca e até mesmo internacionalizá-la. Recebem DJ sets todas as semanas e promovem um ambiente descontraído, mesmo que com um cuidado com o cliente e um atendimento personalizado. Servem ainda vinhos, espumantes, cerveja, outras bebidas alcoólicas e alguns petiscos para acompanhar.

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É um espaço de brunch (e café de especialidade) que abriu no centro de Cascais pelas mãos de um russo que em Moscovo já tinha uma empresa de torrefacção de café. Pretende ser um ponto de encontro para todos, com um menu internacional que inclui diversas especialidades do leste da Europa mas que não se fica por aí, dos crepes aos waffles, passando pelas tostas e pratos mais compostos. Não deixe de experimentar também os múltiplos cafés e seus derivados que ali abundam, bem como os chás e vinhos naturais. O Unity Coffee Roasters tem ainda uma loja online onde vendem os seus produtos.

O Aires propõe uma viagem pela Argentina sem sair do Monte Estoril. Tem os tradicionais (e muito famosos) cortes de carne argentina, bem como os vinhos locais, mas também serve especialidades regionais que não é habitual encontrar noutros espaços. Com um ambiente sofisticado e um serviço de gama alta, está prometida uma experiência imersiva pelos sabores argentinos desde as entradas às sobremesas.

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Abriu no Rio de Janeiro em 1981, pelas mãos de um português, e chegou a Cascais em 2023, graças à sua filha. O espaço elegante é praticamente igual ao do Brasil e serve os grandes clássicos da carta original: a moqueca de peixe, camarão e lulas; o filé bêbado; o pato da fazenda; diversos lombos; pastéis de camarão ou queijo brie. Com uma grande ligação às artes (o que se reflecte nas paredes), o Guimas tem uma identidade vincada e um espírito descontraído de botequim.

Outras sugestões

No final dos anos 80 abriram os primeiros restaurantes italianos em Cascais. Sítios com ementas clássicas, a respeitar o receituário que Itália tinha feito viajar até outros países da Europa, com pizzas de massa fina, massas simples e os irresistíveis bifes cozinhados em molhos italianos. Mais tarde chegaram as variações: as pizzas napolitanas, com bordas grossas, cozinhadas em fornos de lenha que atingem altas temperaturas, e depois as massas frescas caseiras, uma das maiores paixões dos veros fanáticos da cozinha italiana. Para diferentes gostos e bolsos, saiba quais são os melhores restaurantes italianos em Cascais.

Há qualquer coisa de alegre numa rua pintada, seja cor-de-rosa, azul ou amarela. Nesta última – em pleno centro histórico de Cascais, no eixo que compreende as ruas Nova da Alfarrobeira, Alexandre Herculano e Afonso Sanches – paira uma vibração boa, quase como se estivéssemos noutro território, de férias. Foi aqui que a Câmara instalou, desde o Verão 2020, uma zona dedicada à restauração de rua, sem trânsito, e cheia de gente animada de um lado para o outro. Cada vez mais um ponto de paragem obrigatório para cascalenses e visitantes quando os objectivos são comer bem, beber um copo e dar um pezinho de dança, tudo no mesmo raio de acção, sem ter de andar de carro ou uber de um lado para o outro, conheça os melhores restaurantes na Rua Amarela, em Cascais.

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primeiro restaurante japonês abriu em Portugal em 1989 – chamava-se Furusato e ficava na Praia do Tamariz, no Estoril. Foi aí que Paulo Morais, chef do Kanazawa, em Algés (com uma estrela Michelin), iniciou a sua carreira. Já lá vão umas boas décadas, é certo, e entretanto houve um boom de restaurantes japoneses no país. Nos dias de hoje, Cascais está bem servido em termos de cozinha japonesa – e nem sequer estamos a falar apenas de sushi. Dos espaços mais tradicionais aos de fusão, passando pelos que fazem incursões por outras cozinhas e pelos que dão a conhecer especialidades de rua do Japão, há de tudo. Para um jantar-experiência, uma mesa cheia de amigos ou um almoço rápido, eis a nossa escolha de restaurantes japoneses em Cascais

Numa terra banhada pelo Atlântico, é fácil cumprir logo aquele clichê que transpira romantismo: uma refeição à beira mar. Nesta lista, onde juntamos os melhores restaurantes para um jantar a dois, encontra uns bons exemplares da espécie, seja numa sala envidraçada, uma varanda privada ou uma esplanada quase montada nas rochas. Mas há mais: mesas pitorescas, salas privadas, menus de alta cozinha, restaurantes com ambientes a meia-luz, música ao vivo e até um com um carrinho de sobremesas trazido à mesa do cliente. Não ficaram de fora as boas garrafeiras, porque num jantar fora a dois há que brindar – e muito.

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