Rua Amarela Cascais
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Paragens obrigatórias na Rua Amarela, em Cascais

Uma rua animada, fechada ao trânsito, com o chão pintado de amarelo, servida por vários restaurantes, todos com esplanada, em pleno centro histórico de Cascais.

Vera Moura
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Há qualquer coisa de alegre numa rua pintada, seja cor-de-rosa, azul ou amarela. Nesta última – em pleno centro histórico de Cascais, no eixo que compreende as ruas Nova da Alfarrobeira, Alexandre Herculano e Afonso Sanches – paira uma vibração boa, quase como se estivéssemos noutro território, de férias. Foi aqui que a Câmara instalou, desde o Verão 2020, uma zona dedicada à restauração de rua, sem trânsito, e cheia de gente animada de um lado para o outro. Cada vez mais um ponto de paragem obrigatório para cascalenses e visitantes quando os objectivos são comer bem, beber um copo e dar um pezinho de dança, tudo no mesmo raio de acção, sem ter de andar de carro ou uber de um lado para o outro, conheça os melhores restaurantes na Rua Amarela, em Cascais.

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Paragens obrigatórias na Rua Amarela

  • Mexicano

O néon pendurado numa das paredes lança o repto para aquilo que é o espírito deste mexicano: "la puta fiesta". Além de ser repetidamente fotografado para ilustrar noites animadas, regadas a tequila e afins, serve de antídoto perfeito para uma semana de stress e cheia de trabalho. Arranque com guacamole e pico de gallo e depois siga para as tostadas e tacos, com as clássicas opções de carnitas, al pastor ou tinga de pollo. Para grupos numerosos, as opções Al Centro, com kits de taco DIY, são a escolha acertada. Deixe ainda um espaço para a tarte de limão.

  • Petiscos
  • Cascais
  • preço 2 de 4

A paragem mais castiça da Rua Amarela é esta Taberna Clandestina, um daqueles lugares de mesas em madeira quadradas, a privilegiar os bancos altos, como os que se encontram na esplanada em frente à porta. Na zona interior há cantos e recantos para receber refeições para partilhar e petiscos clássicos com enchidos, queijos e vinhos. 

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No lugar de uma mercearia tradicional, nasceu o seafood bar Senhor Manuel. “Quisemos trazer para aqui marisco, ostras, gambas, camarão, e por aí fora, e ao mesmo tempo aqueles produtos mais característicos de uma cervejaria – um bom prego, um bom croquete, um bom bife do lombo – e parece-me que estamos a conseguir”, afirma um dos proprietários, José Maria Vilar Gomes. A isto juntaram ainda “um pouco de sofisticação”, ou seja, alguns pratos que não são típicos de uma cervejaria. Exemplos? O croque-monsieur trufado, a lagosta em brioche tostado com abacate, espinafres e ovos de codorniz, ou os risotos, como o de carabineiro ou o de espargos verdes.

O mais recente Residente da Rua Amarela foca-se na comida saudável e nos pratos de brunch, embora também sirva refeições mais compostas. É um projecto que junta sete sócios, incluindo os responsáveis pelos vizinhos Malacopa e Senhor Manuel, mas também a antiga dona daquele espaço, que antes fora um restaurante italiano. Nas entradas há burrata com pesto rosso e presunto crocante, tártaro de atum em cama de crocante de arroz ou carpaccio de novilho com alcaparras e quejo parmesão. Conte também com uma grande variedade de ovos, panquecas, tostas e bowls – doces (com açaí, muesli, pitaya ou iogurte, por exemplo), mas também salgadas, onde nossos preferidos ficou o Croque do Residente, uma tosta de pão brioche com queijo, presunto, ovo estrelado e molho holandês.

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Esta pequena cadeia de restaurantes asiáticos, com especialidades japonesas, chinesas, vietnamitas, balinesas e tailandesas, tem morada na Rua Amarela de Cascais, com uma esplanada ampla e vizinhança simpática, como os restaurantes La Contessa e Residente. Os preços são bem simpáticos e as especialidades incluem baos, ramens, bimbibaps e pad thais. 

  • Cascais

A especialidade deste microrestaurante são os crus: serve carpaccios, tártaros e ceviches, além de umas belas piadinas para rematar. Os ingredientes andam entre o salmão, o atum e a carne de novilho, mas as combinações variam e vão bem com os cocktails clássicos para acompanhar: gins, caipirinhas ou mojitos. A esplanada há muito que deixou de ser um exclusivo das noites quentes de fim-de-semana – agora só arreda pé se estiver a chover a potes.

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Aqui há carne com fartura – mas não só. Também há bifes de atum, cogumelos portobello, legumes variados e um peixe fresco do dia, tudo directamente da grelha para o prato. Com capacidade para 100 pessoas sentadas – 60 nas duas salas interiores e 40 nas esplanadas (uma em plena Rua Amarela e outra menor nas traseiras) – o restaurante apresenta uma decoração moderna e arrojada, com elementos que remetem directamente para o carvão.

  • Indiano

Há quem, em plena pandemia – e mais, em pleno período de confinamento –, tenha ousado abrir novos restaurantes. É o caso do Chutnify que chegou a Cascais com o menu recheado de especialidades indianas para partilhar. O ambiente e a decoração são semelhantes aos dos "irmãos alfacinhas", com muita cor e desenhos das típicas caixas de fósforos indianas. O espaço de 110 m2 divide-se entre uma zona lounge de bar e uma sala confortável para almoçar e jantar, sendo que entre ambos está uma cozinha aberta. O menu manteve-se fiel ao de origem do Chutnify, com entradas como chamuças, pratos principais com caril das mais variadas regiões ou especialidades grelhadas no forno tandoor.

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  • Global

Os belgas têm o óptimo hábito de juntar mexilhões a batatas fritas, comendo tudo à mão, sem cerimónias. O Moules & Gin importou o conceito, juntou-lhe molhos deliciosos com influências de todo o planeta e uma lista de cocktails extensa e original. Em alternativa aos bivalves, tem o naco de lombo fatiado, servido com batatas fritas, molho de mostarda, de manteiga de ervas, e molho holandês. Não se esqueça de marcar mesa: costuma estar cheio.

Quatro bons vizinhos da Rua Amarela

  • Japonês

O espaço é pequeno, mas cheio de pinta. Um balcão para menos de 20 pessoas, iluminado em parte por néons vermelhos. O ambiente é frenético: a música está alta, as pessoas falam alto e na cozinha é difícil acompanhar o ritmo acelerado (mas não menos regrado) com que tudo acontece. É assim o Izakaya, de Tiago Penão, o chef do Kappo, que fica a poucos metros dali. E são assim os izakayas no Japão. Como boa tasca japonesa, não faltam opções de saké para acompanhar a refeição, mas também cocktails clássicos dos izakayas. Quanto à comida, há muito por onde escolher, doses pequenas e várias, a pedir uma partilha ao balcão. Na dúvida, entregue-se nas mãos de quem sabe e faça o menu Omokase.

  • Cascais

Cascais foi o sítio escolhido por Tiago Penão para realizar um sonho antigo: abrir um restaurante japonês onde pode brilhar em equipa ao mesmo tempo que nos ensina um pouco da sua arte. O nome escolhido é o mesmo do estilo de cozinha japonesa que numa tradução literal significa “cortar e cozinhar”, mas que vai muito para além disso, focando-se na proximidade entre chef e quem à sua frente se senta – à frente porque é à volta de um balcão onde se sentam pouco mais de dez pessoas que tudo acontece. Apesar de ser possível escolher à carta, o ideal é entregar-se ao menu de degustação Danketsu, reencontro em português. 

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O metro já chegou a Cascais. A estação fica no piso inferior do restaurante MANA e foi desenhada pelo artista urbano Francisco Camilo – o mesmo que grafitou as casas de banho, povoou as paredes com personagens e criou o retrato de uma mulher à entrada. De óculos escuros e ar rebelde, foi ela a inspiração para o nome do restaurante, MANA. Na carta há pinsas (não é erro, é o nome de um género de pizza, mais leve) e risottos, mas também pratos de outras latitudes: do magret de pato ao fateh de borrego com molho de iogurte e tahini, pinhões, hortelã e romã. Nas sobremesas, obrigatório o bem português Pudim de Abade de Priscos.  

  • Cascais

A Souldough, que durante a sua longa estadia na Aldeia da Praia, em Colares, Sintra, conquistou muitos estômagos, mudou-se para o Legasea, em Cascais, e levou tudo consigo, inclusive o imponente forno a lenha. Entre as entradas estão as bruschettas, como a de creme de queijo azul de búfala, cebola caramelizada e redução de vinagre balsâmico e também os arancini, bolinhos fritos recheados com risotto. As pizzas napolitanas são de fermentação lenta, o que ajuda na digestão. “É uma fermentação de 48 a 72 horas. Os queijos, a farinha, o molho de tomate vêm de Itália, mas vegetais são daqui. No fundo, tentamos respeitar os ingredientes sazonais”, esclarece o pizzaiolo. La Dolce Vita, com molho de tomate, grana padano, queijo straciatella, pesto e manjericão é uma das opções.

Mais mesas em Cascais

Numa terra banhada pelo Atlântico, é fácil cumprir logo aquele clichê que transpira romantismo: uma refeição à beira mar. Nesta lista, onde juntamos os melhores restaurantes para um jantar a dois, encontra uns bons exemplares da espécie, seja numa sala envidraçada, uma varanda privada ou uma esplanada quase montada nas rochas. Mas há mais: mesas pitorescas, salas privadas, menus de alta cozinha, restaurantes com ambientes a meia-luz, música ao vivo e até um com um carrinho de sobremesas trazido à mesa do cliente. Não ficaram de fora as boas garrafeiras, porque num jantar fora a dois há que brindar – e muito.

A frescura do produto é o que mais importa na hora de comer peixe. Mas arte de o trabalhar, de forma a não danificar a matéria-prima, também é essencial para os verdadeiros apreciadores. Finalmente, um bom serviço também ajuda a que a refeição saiba ainda melhor. Cascais, terra de homens do mar, reúne estas três condições em diversos restaurantes. Vila onde o peixe é rei e senhor, com espécies pescadas ali mesmo ao largo, exemplo dos linguados, corvinas, polvos ou sargos, sem esquecer o marisco, importante é mesmo saber onde comer bom peixe em Cascais. Damos-lhe 12 boas opções, para agradar a gregos e a troianos.

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No final dos anos 80 abriram os primeiros restaurantes italianos em Cascais. Sítios com ementas clássicas, a respeitar o receituário que Itália tinha feito viajar até outros países da Europa, com pizzas de massa fina, massas simples e os irresistíveis bifes cozinhados em molhos italianos. Mais tarde chegaram as variações: as pizzas napolitanas, com as massas de bordas grossas, cozinhadas em fornos de lenha que atingem altas temperaturas, e depois as massas frescas caseiras, uma das maiores paixões de quem é fanático pela cozinha do país em forma de bota. Saiba onde comer os melhores pratos nestes restaurantes italianos em Cascais.

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