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Esta antiga base submarina é agora o maior espaço de arte digital do mundo

Uma antiga base submarina nazi, nas docas de Bordéus, foi transformada numa galeria de arte imersiva.

Huw Oliver
Escrito por
Huw Oliver
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Com 41.000 metros quadrados, o U-Boot-Bunker, que antigamente abrigava submarinos nazis nas docas de Bordéus, abriga agora o Bassins de Lumières: o maior centro de arte digital do mundo.

Construído na França ocupada pelos alemães entre 1941 e 1943, o edifício U-Boot tem sido, ao longo dos anos, usado como uma fábrica de metalurgia, espaço para festivais e, ocasionalmente, cenário para filmes.

Agora, o colectivo de museus Culturespaces abriu as portas do edifício para apresentar o seu mais recente espaço de arte digital. O Bassins ocupa quatro câmaras cavernosas de 110 metros de comprimento, centradas em redor de piscinas enormes onde costumavam estar 16 submarinos nazis.

Bordeaux’s Bassins de Lumières
Photograph: Culturespaces / Erich Lessing/ akg-images / Bridgeman Images

A primeira exposição patente no espaço é uma exploração audiovisual das obras de Gustav Klimt: uma nova versão da exposição digital que inaugurou o épico Atelier des Lumières, em Paris, e pôde ser vista pela primeira vez no Carrières de Lumières, em Les Baux-de-Provence.

Nesta exposição, os sumptuosos interiores da Viena Imperial aparecem em todas as superfícies, transformando-se de seguida em versões gigantescas das pinturas mais famosas de Klimt, desde The Kiss ao seu icónico retrato em ouro e prata de Adele Bloch-Bauer (que, na verdade, havia sido roubado pelos nazis). Tudo isto acompanhado por uma banda sonora de Mahler, Wagner e Beethoven, que nos chega através de 80 colunas de som escondidas.

Também patente está uma exposição mais pequena, do pintor abstracto Paul Klee, cujo estilo altamente individual combinava influências expressionistas, surrealistas e cubistas.

Bordeaux’s Bassins de Lumières
Photograph: Culturespaces / Erich Lessing / akg-images / Bridgeman Images

O projecto Bassins pode ser muito mais ambicioso do que o de Paris, mas são as piscinas que lhe conferem uma atmosfera única. Se há algo mais deslumbrante do que uma exposição de arte do Culturespaces, é vê-la reflectida na água destas piscinas.

Como seria de esperar, o espaço inaugurou com medidas rígidas de distanciamento social em vigor. As máscaras são obrigatórias, há verificações de temperatura na entrada e é necessária a reserva prévia de um intervalo de meia hora. Uma vez lá dentro, no entanto, os visitantes poderão permanecer durante o tempo quanto desejarem.

À medida que as restrições de confinamento começam a ser levantadas por todo o mundo, podemos perceber a atracção de um lugar como este: é vasto, alto, imersivo e uma concretização física de todas as experiências digitais que nos mantiveram ocupados durante a quarentena.

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