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Porto Design Biennale
© Tara BooksIlustrativa da exposição "Catharsis"

Já começou a 3.ª edição da Porto Design Biennale

Numa edição em que o ponto de partida é a água, a bienal quer pensar o papel do design na construção de vivências mais sustentáveis.

Escrito por
Patrícia Santos
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“Ser Água: Como fluímos e nos moldamos colectivamente”. Este é o tema da terceira edição da Porto Design Biennale, que arranca esta terça-feira, 24 de Outubro. O evento, cujo arranque estava previsto para a semana passada, mas teve de ser adiado devido ao estado do tempo, decorre até ao dia 3 de Dezembro. Neste período, há mais de meia centena de exposições, oficinas, conferências, conversas e instalações gratuitas, espalhadas pelo Porto e Matosinhos, todas elas abertas ao público.

Fernando Brízio, Miguel Vieira Baptista, Margarida Mendes, Joana Pestana, Mariana Pestana e Ivo Poças Martins estão entre os artistas envolvidos numa edição da bienal que “parte do elemento mais fundamental, a água, para discutir e pensar o papel do design na emergente sobrevivência ambiental”, lê-se em comunicado. 

O programa principal desenvolve-se, portanto, em torno de um conjunto de iniciativas que convidam a “pensar as várias dimensões e as vivências em torno dos recursos hídricos”. Estabelece ainda, com a ajuda de vozes nacionais e internacionais, “um diálogo que procura dar forma a futuros mais sustentáveis, equitativos, livres e felizes”.

Entre as diferentes propostas disponíveis, vale destacar “Petrichor, O cheiro da chuva”. A exposição, que pode ver na Casa do Design de Matosinhos, “sublinha a ubiquidade da água, a sua presença e circulação enquanto elemento fulcral de ligação entre todas as coisas”. Para isso, Fernando Brízio, curador da Porto Design Biennale e responsável pela mostra, recorre a dispositivos como válvulas artificiais para o coração, capacetes de mergulho, barcos, rastreadores de tráfego de navios e veículos subaquáticos para mapear aquíferos subterrâneos.

“Ligações”, com curadoria de Miguel Vieira Baptista, é a exposição, sem percurso predefinido, que os visitantes podem encontrar no 3.º piso do Palácio dos Correios. “A água como matéria é aqui o elemento central, assumindo o propósito de criar ligações entre o visitante e os vários conteúdos”, explica a organização.

No 7.º andar do mesmo edifício está “Catharsis”, de Margarida Mendes. A investigadora exibe o trabalho de colectivos de pesquisa transdisciplinares, movimentos solidários e activistas que reportam a partir de diferentes corpos de água, numa tentativa de abolir as fronteiras e privatização dos recursos.

Para visitar “Apagar a Linha: Entre a Terra e a Água”, com curadoria de Ivo Poças Martins, deve dirigir-se ao Palacete Viscondes de Balsemão — Gabinete Triplex. Esta exposição, cujo percurso é pontuado pelo trabalho do artista Attilio Fiumarella, usa a zona do Cabedelo do Douro “para levantar questões profundas sobre as fronteiras e linhas que separam (ou unem) os diferentes elementos que compõem a vida na Terra." O programa completo da bienal está disponível online.

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