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 Teresa Gonçalves Lobo e Domingos Sequeira: um diálogo no tempo
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Museu Nacional Soares dos Reis inaugura duas exposições esta quinta-feira

As inaugurações assinalam o arranque da programação anual do museu, que tem “Liberdade e Transgressões” como tema global, uma forma de assinalar os 50 anos do 25 de Abril.

Escrito por
Patrícia Santos
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Esta quinta-feira, 25 de Janeiro, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) inicia a sua programação anual que, no ano em que se assinala o 50.º aniversário do 25 de Abril, tem “Liberdade e Transgressões” como tema transversal. O calendário de actividades arranca, oficialmente, às 18.00, com duas exposições temporárias. São elas “Teresa Gonçalves Lobo e Domingos Sequeira: um diálogo no tempo” e “Paisagem - José Zagalo Ilharco”. Estas vão estar em exibição, respectivamente, até 28 de Abril e 31 de Março.

Numa tentativa de promover novos olhares e diálogos, aquele que é um dos espaços museológicos mais relevantes da cidade tem vindo a partilhar as suas colecções com artistas contemporâneos. Nasce assim a mostra de desenhos de Teresa Gonçalves Lobo (Funchal, 1968), cuja carreira se iniciou há mais de duas décadas, centrada no desenho como campo expressivo. Aqui, a arte da funchalense é colocada em diálogo com trabalhos de Domingos Sequeira, “o grande artista português da transição do século XVIII para XIX”, como lembra Bernardo Pinto de Almeida, o curador.

“A sugestão da escolha de Sequeira para abrir um diálogo com as obras de Teresa Gonçalves Lobo foi o ter encontrado nas obras de ambos um mesmo sentido da invenção plástica e metamórfica do desenho que, claramente experimentado no seu plano expressivo, acentua a possibilidade de se espraiar sobre as superfícies, fazendo vibrar a coreografia de inúmeras linhas como modo de sugerir a presença de formas que, ainda que irreconhecíveis numa modalidade figurativa, não deixam de funcionar como formas de uma figuração”, acrescenta o responsável pela exposição.

Teresa Gonçalves Lobo, Domingos Sequeira, Museu Nacional Soares dos Reis
© DR

“Paisagem”, por seu lado, é composta por uma selecção de fotografias do arquivo familiar de José Zagalo Ilharco (1860-1910). Este fotógrafo amador, premiado internacionalmente com uma imagem do rio Souza, deixou como legado um valioso testemunho de paisagens de Portugal do final do século XIX e início do século XX. A série agora apresentada inclui, entre originais e reproduções, sobretudo paisagens de Matosinhos, Leça da Palmeira, Porto e Douro. 

Para ver, há ainda um núcleo de imagens do velódromo Maria Amélia, produzidas antes da sua inauguração nos terrenos do Paço Real do Porto, onde se encontra instalado, actualmente, o Museu Nacional Soares dos Reis. A exposição vai trazer também a público um exemplar, de Maio de 1946, da revista “O Tripeiro”, no qual é publicado um artigo do então director do MNSR sobre o Real Velo Club do Porto, de que José Zagalo Ilharco fazia parte, tendo sido seu sócio fundador.

Rua de Dom Manuel II, 44. Ter-Dom 10.00-18.00. 8€

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