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Oficina do Livro edita história real sobre o Holocausto para os miúdos

O escritor britânico Michael Rosen andou anos a investigar a história da sua família durante a II Guerra Mundial. Agora conta-a num livro para os mais novos.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
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Quando Michael Rosen era criança, costumava ouvir histórias acerca dos tios-avós: um deles era relojoeiro e o outro era dentista. Existiam antes da guerra, mas depois nunca mais ninguém teve notícias deles. Durante muitos anos, o autor tentou descobrir o que realmente lhes aconteceu, através de conversas com familiares, pesquisas na internet, muitos livros e até viagens aos Estados Unidos e a França. É essa história, verídica e extraordinária, que acabou por desvendar, que agora conta em Os Que Desapareceram em Auschwitz (10,90€), um livro sobre o Holocausto para os mais novos.

“Nos últimos meses, Michael Rosen, de 74 anos, foi notícia constante no Reino Unido, devido ao internamento por covid-19: esteve 47 dias nos cuidados intensivos e sete semanas em coma induzido. Além de ter perdido a visão e audição do lado esquerdo, também teve de aprender a andar, mas já recuperou e até entregou este novo livro, para surpresa dos seus editores”, lê-se em comunicado da Oficina de Livro.

livros para crianças
Os Que Desapareceram em Auschwitz, de Michael RosenOficina do Livro

“Quando se fala de holocausto, as pessoas costumam dizer: ‘nunca mais.’ Isto quer dizer que o que aconteceu aos meus tios-avós e aos milhões de mortos pelos nazis, nunca mais deve acontecer”, acrescenta o autor britânico, citado pela editora portuguesa na mesma nota.

Com mais de uma centena de livros de prosa e poesia publicados, Michael Rosen procura agora pôr os miúdos a reflectir sobre o preconceito e o poder dos governos. “Não me preocupo apenas com o anti-semitismo, mas com todas as formas através das quais grupos ou pessoas se tornam alvo de ódio. Em especial quando há um governo envolvido, a alimentar esses sentimentos ou mesmo a discriminar ‘legalmente’ esses cidadãos.”

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