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Vender roupa usada na nova plataforma ECOA ajuda a dar-lhe uma nova vida

A plataforma já está activa e não vai cobrar a recolha às primeiras pessoas que se registarem.

ECOA
© ECOA/Facebook
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O mundo caminha cada vez a passos mais largos para uma economia circular e as lojas e plataformas que promovem essa mentalidade de dar nova vida a peças já usadas são uma boa ajuda. A ECOA surge nesse sentido, como uma nova plataforma de venda de roupas e acessórios usados. 

“Promover o consumo consciente através de uma moda mais inclusiva, democrática e circular, conectando pessoas e marcas que queiram ou necessitem de vender e comprar peças em segunda mão” – é assim que se apresenta a ECOA Circular, que já está online e à espera dos primeiros benfeitores que queiram fazer parte deste ciclo sustentável. 

O grande objectivo deste tipo de plataformas é prolongar o tempo útil de vida das peças e alargar a comunidade que pode participar nesta cadeia, alertando ao mesmo tempo para o consumo desenfreado. 

“Em 2010, tive a experiência de viver na Nova Zelândia e foi aí que comecei a ter um olhar mais atento ao meio ambiente. Desde então, a sustentabilidade está presente no meu estilo de vida”, explica em comunicado Aline Gimenez, empreendedora à frente da ECOA, que pretende chamar a atenção para a necessidade de abrandar o ritmo de consumo, sobretudo da fast fashion. 

São essas marcas, segundo a ECOA, que alimentam cada vez mais o ciclo poluente da indústria da moda, para além de contribuírem para o desperdício e precarização do trabalho. Estima-se que os portugueses deitem fora mais de 200 mil toneladas de roupa por ano, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente. 

E como funciona a plataforma? Quem quiser vender terá de seleccionar um mínimo de cinco peças que obedeçam aos critérios de venda e preencher o formulário de inscrição. Depois de receber confirmação por parte da ECOA, pode enviar as peças e no prazo de 15 dias a plataforma propõe os preços de venda para cada uma. Esses valores terão de ser aprovados pelo cliente e só depois as peças serão colocadas à venda. Toda a questão visual, como as fotografias, é tratada pela plataforma, assim como a entrega após encomenda.

Após a venda de uma peça doada, o lucro pode ser revertido numa conta para gastar na ECOA ou reenviado para uma conta bancária à escolha. 

A recolha de peças será gratuita para as primeiras 50 pessoas que se registarem. O e-commerce onde já será possível comprar as peças recolhidas será lançado entre 15 a 30 dias após a primeira selecção de peças.

Se as peças não forem aceites na pré-selecção ou não forem vendidas no prazo de 180 dias, o vendedor em questão pode escolher voltar a receber as peças de volta (suportando os custos de envio) ou doá-las a uma instituição de solidariedade social com quem a ECOA mantenha parceria.

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