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Paula Rego no seu ateliê, em Londres
© DRPaula Rego no seu ateliê, em Londres

Seis filmes para ver sobre arte

Está a ressacar de ir ao cinema ou a uma exposição? Junte o útil ao agradável. Aqui tem seis filmes sobre arte que seleccionámos para si

Escrito por
Maria Monteiro
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Se sempre quis conhecer melhor a história daquele artista que admira ou perceber o contexto em que determinada obra foi concretizada (ou se, simplesmente, aprecia mergulhar em mentes e vidas alheias), a solução pode passar por uma sessão de cinema dedicada a nomes mais ou menos conhecidos da arte nacional ou internacional.

Entre documentários que resgatam escultores ou fotógrafos do anonimato, biopics que funcionam como autênticas cápsulas do tempo e nos conduzem a certos episódios da vida dos artistas ou, até mesmo filmes que nos levam aos bastidores de trabalho de reputadas figuras da arte contemporânea portuguesa, há de tudo na Netflix ou no Filmin (uma espécie de Netflix para produções independentes). Escolha um (ou vários), prepare as pipocas e aproveite.

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Seis filmes para ver sobre arte

Struggle: A vida e a arte perdida de Szukalski (2018)
© Netflix

1. Struggle: A vida e a arte perdida de Szukalski (2018)

Em 1971, o coleccionador Glenn Bray cruzou-se, por acaso, com um livro de pintura e escultura de Stanislav Szukalski, artista polaco que viveu boa parte da sua vida nos EUA. Apesar de ter tido algum reconhecimento na Polónia nos anos 30 – onde veria parte da sua obra destruída no cerco de Varsóvia, em Setembro de 1939 –, por esta altura vivia em anonimato na Califórnia. Fascinado com o trabalho de Szukalski, que estava à distância de uma viagem de carro, Bray realizou uma série de entrevistas com o artista nos anos 80. O documentário está na Netflix e é produzido por Leonardo DiCaprio e pelo pai, George DiCaprio, que era próximo de Szukalski.

Have you seen the Listers? (2017)
© Netflix

2. Have you seen the Listers? (2017)

Chamam-lhe o “Banksy de Brisbane”, mas a abertura e vulnerabilidade com que Anthony Lister, artista urbano australiano, se mostra neste documentário, deita a comparação por terra (pelo menos neste aspecto). Depois de uma infância difícil nos subúrbios de Brisbane, lançou-se na arte urbana ao participar num concurso para adornar as caixas de controlo dos semáforos. Desde então, não mais parou, destacando-se nos trabalhos dramáticos protagonizados por super-heróis e bailarinas. Este documentário da Netflix mostra o percurso do artista da cena urbana local até à mundial, e, sobretudo, as dificuldades que vêm com a fama no mundo da arte e que se reflectem na sua própria família.

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Gauguin no Taiti - O Paraíso Perdido (2019)
© DR

3. Gauguin no Taiti - O Paraíso Perdido (2019)

Ao longo da sua vida, o pós-impressionista Paul Gauguin coleccionou destinos que lhe serviram de inspiração para pintar. Viveu entre o Peru, França e a Dinamarca e viajou, sobretudo, pelas então colónias francesas. Depois de passar pela ilha de Martinica, partiu em 1891 para o Taiti com a intenção de abandonar as convenções da civilização europeia e contactar com a sociedade e a natureza no seu estado mais primitivo. Ali passou 12 anos a pintar as cores puras e vibrantes das paisagens e das populações indígenas, realidade que é mostrada neste filme, que pode ser alugado para streaming por 3,95€ na Filmin.

À Procura de Vivian Maier (2013)
© Vivian Maier

4. À Procura de Vivian Maier (2013)

Vivian Maier passou boa parte da sua vida como baby-sitter em Chicago. Nos tempos livres, fazia-se acompanhar da sua câmara fotográfica para documentar aquilo que rodeava. Ao longo de cinco décadas, aproximou-se de pessoas dos mais variados quadrantes e tirou mais de 100 mil fotografias que retratam a sociedade americana na segunda metade do século XX. Apesar de ser, hoje, um nome incontornável da fotografia, apenas alcançou o reconhecimento postumamente, depois de John Maloof ter obtido as suas fotografias em leilão. Este documentário, disponível por 2,95€ na Filmin, desvela o mistério por trás da sua vida e obra.

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Coração Independente (2008)
© DR

5. Coração Independente (2008)

É um dos nomes mais sonantes da arte contemporânea portuguesa e cria exuberantes peças que se destacam pela cor e escala com que são produzidas. Joana Vasconcelos descontextualiza objectos do quotidiano e apropria-se de espaços públicos e privados para pôr a sociedade a ver-se ao espelho – inspirando-se, muitas vezes, na iconografia e na cultura portuguesas. Ao longo de um ano, Joana Cunha Ferreira filmou a artista e a sua equipa em processo de criação de Dorothy, um sapato gigante formado por centenas de panelas que viria a tornar-se numa das suas esculturas mais conhecidas. Pode ver o documentário por 2,95€ na Filmin.

Paula Rego, Histórias & Segredos (2017)
© DR

6. Paula Rego, Histórias & Segredos (2017)

É através do olhar de Nick Willing, cineasta e filho de Paula Rego, que acedemos, pela primeira vez, ao universo pessoal da pintora. Foi em 2014 que, aos 80 anos, a conceituada artista abriu o livro da sua vida, até então um grande mistério para os filhos, Victoria, Carol, Nick. Este documentário, disponível por 2,95 na Filmin e na HBO Portugal (até 30 de Abril), leva-nos ao estúdio da pintora, radicada em Londres desde os anos 70, e permite-nos testemunhar as conversas que Nick teve com a mãe ao longo de dois anos. No filme, que conjuga entrevistas, filmes caseiros e fotografias de família, Paula Rego aborda a luta contra o fascismo, a misoginia no mundo da arte, o turbulento casamento com o pintor Victor Willing, os abortos que fez e a luta pelo direito ao aborto, ou a depressão de que sofre desde a juventude.

Mais filmes

  • Filmes

Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista preenchida com 75 dos melhores filmes clássicos. Nela encontramos obras de alguns dos melhores realizadores da história do cinema, como Buster Keaton, Fritz Lang, Ingmar Bergman, John Ford, Howard Hawks, Federico Fellini, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Luchino Visconti ou Martin Scorsese, entre muitos, muitos outros. Pode ser o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD ou Blu-ray. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.

  • Filmes

A exemplo do western, o filme musical é um género clássico cuja morte é regularmente anunciada. Mas a verdade é que continuam a ser feitos bons musicais. Certo é que a força não é a mesma que fez de títulos como O Feiticeiro de Oz ou Serenata à Chuva pedaços inesquecíveis de cinema, mas se as grandes produções dentro do género continuam a levar gente às salas de cinema e, mais tarde, aos sofás de casa, é um claro sinal de que alguma coisa continua a ser bem feita. Na lista que se segue encontra alguns desses bons exemplos.

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  • Filmes

Se é de um filme bem-disposto que anda a precisar, pare já esse scroll infinito pela lista da Netflix. Juntamos alguns dos melhores feel good movies (como dizem lá na América) que pode assistir agora no serviço de streaming. Não são necessariamente comédias românticas. Há, por exemplo, quem se divirta ao máximo com atribuladas aventuras em mundos apocalípticos (sim, zombies) ou com um Pai-Natal animado e todo tatuado. Nesta lista encontra vários géneros do cinema que em comum têm aquela vontade de nos fazer abraçar a boa disposição. E a pessoa do lado.

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