
Oito filmes românticos de Outono para (re)ver
A estação é cinematográfica e propícia aos filmes de tom mais melancólico e romântico. Eis alguns dos melhores títulos.
É, para muitos, a estação da depressão. A estação dos recomeços, do fim dos dias longos, a estação do vento que já faz tremer a pele e do desempoeirar dos casacos. Mas o Outono comporta algo de profundamente poético na sua melancolia, e o cinema nunca lhe ficou indiferente. Não é que procuremos um masoquismo induzido quando os olhos se fixam no ecrã, mas fugir desse cliché soa quase a anti-natura. Na lista em baixo encontra títulos de resposta aos dias frescos, filmes perfeitos para trocar a rua pelo sofá, para abraçar a inércia e experimentar a nostalgia sem pudores. Saiba quais são os filmes românticos de Outono que tem de (re)ver.
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Oito filmes românticos de Outono:
‘Folhas de Outono’, Robert Aldrich (1956)

Este drama romântico de Robert Aldrich tem como heroína Millicent Wetherby, uma mulher de meia idade, solitária e sem vida amorosa, que trabalha em casa como dactilógrafa. Num dia de Outono, conhece um homem mais novo, simpático e atraente, Burt Hansen (Cliff Robertson), apaixonam-se e vão casar-se ao México. No entanto, Millicent descobre que o marido tem um historial de perturbações mentais, e que já tinha sido casado, apesar de lhe ter dito o contrário. Aldrich recebeu o Urso de Prata de Melhor Realizador no Festival de Berlim.
‘Boneca de Luxo’, Blake Edwards (1961)

Breakfast at Tiffany's foi um êxito. Interessou a crítica e entusiasmou o público, razão mais do que suficiente para Hollywood olhar para aqueles lados e, pouco depois, Blake Edwards, com argumento de George Axelrod, começar a filmar um dos mais populares filmes da década de 1960 e fazer de Audrey Hepburn uma estrela. Estrela que (contracenando com George Peppard e Patricia Neal) tem o papel da sedutora e excêntrica Holly Golightly, rapariga empenhada em encontrar um milionário em Manhattan, convencer o homem a casar-se e no processo concretizar o seu sonho de ser... actriz. A fita foi nomeada para cinco Óscares, venceu dois (Melhor Canção e Melhor Banda Sonora, ambas assinadas por Henry Mancini), e ainda arrebatou nomeações para os Globos de Ouro de Melhor Filme e Melhor Actriz em 1962.
‘Love Story – Uma História de Amor’, de Arthur Hiller (1970)

Há muitos filmes da categoria “amor é doença incurável”, mas Love Story, escrito por Erich Segal (que só depois assinou o livro homónimo) e dirigido por Arthur Hiller, é o mais famoso e lacrimal de todos. Oliver (Ryan O’Neal), um universitário rico, e Jenny (Ali MacGraw), uma colega encantadora e sem papas na língua, apaixonam-se e casam-se, contrariando os pais dele, que o deserdam. Parecem destinados a ser felizes, mas Jenny descobre que tem leucemia.
‘Ana e as Suas Irmãs’, Woody Allen (1988)

Não é só Nova Iorque que é a vedeta nos filmes urbanos de Woody Allen, as estações do ano também. Várias das fitas novaiorquinas de Allen passam-se ou durante o Outono, ou contemplam também a estação em que as folhas começam a cair, sendo que o melhor de todos eles é Ana e as Suas Irmãs, cuja acção decorre ao longo de dois anos e é balizada pelas celebrações do Dia de Acção de Graças. Allen, Michael Caine, Mia Farrow, Barbara Hershey, Dianne Wiest, Maureen O’Sullivan e Max Von Sydow interpretam esta brilhante comédia dramática sobre três irmãs e os dois homens que as amam.
‘Um Amor Inevitável’, Rob Reiner (1988)

Uma das mais clássicas, encantadoras, bem-dispostas e bem-amadas comédias românticas passadas em Nova Iorque e de ambiência outonal, escrita por Nora Ephron e realizada por Rob Reiner. Meg Ryan e Billy Crystal são Harry e Sally, bons amigos há muitos anos, tendo-se conhecido quando ele lhe deu uma boleia de Chicago para Nova Iorque, depois de terem concluído os seus cursos. Passam ambos por várias relações amorosas, e a pergunta anda sempre no ar: será que um homem e uma mulher podem ser apenas bons amigos? Adivinhem qual a resposta do filme.
‘Lado a Lado’, Chris Columbus (1998)

Um melodrama de família de tons melancolicamente outonais, pensado para encharcar o conteúdo inteiro de uma caixa de lenços de papel, e realizado por Chris Columbus. Jackie Harrison (Susan Sarandon), uma dona de casa, e o marido Luke (Ed Harris) divorciaram-se, para consternação dos filhos Anna (Jenna Malone) e Ben (Liam Aiken). Pior ainda: o pai arranjou uma namorada mais nova que ele, Isabel (Julia Roberts), uma fotógrafa de sucesso. E quando tudo parecia não poder correr pior, Jackie é diagnosticada com um cancro.
‘Conto de Outono’, Éric Rohmer (1998)

O último do quarteto de filmes de Eric Rohmer, intitulado Contos das Quatro Estações. Magali (Béatrice Romand) tem 45 anos, é viúva e dedica-se à produção de vinho no Sul de França. Duas amigas, Isabelle (Marie Rivière) e Rosine (Alexia Portal) acham que Magali precisa de um homem na sua vida. Decidem arranjar-lhe um marido e põem um anúncio no jornal, ao qual responde Gérald. Rosine e Isabelle fazem então com que Marie e Gérald se encontrem no casamento da filha daquela. Mas a amiga interessa-se por outro homem que conhece lá, Étienne.
‘Amar em Nova Iorque’, Joan Chen (2000)

Realizado pela também actriz chinesa Joan Chen, e passado na Big Apple durante o Outono, Amar em Nova Iorque conta a história de um amor cujos intervenientes estão desirmanados na faixa etária e também nas personalidades. Ele, Will (Richard Gere), está à beira dos 50, é proprietário de restaurantes de sucesso e um “playboy” inveterado. Ela, Charlotte (Winona Ryder), tem 22 anos e é um espírito livre. Apaixonam-se, e Charlotte revela a Will que sofre de uma doença de coração muito grave, que a poderá matar em breve. Venham os lenços de papel.
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Mesmo que sem dia, ou sem mês certo, ficamos a perceber o que aí vem. Nesta lista vai encontrar alguns desses casos (Sex Education, Gangs of London ou Beartown) mas tem também alguns dos títulos garantidos. Tem até um bónus (porque é merecido). Tudo o que tem a fazer é tomar nota das séries que tem de ver até ao final do ano.
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Chamar a 2020 um ano confuso e atípico é um eufemismo. Música, teatro, eventos, estreias, tudo foi, de uma forma ou de outra, cancelado ou adiado. A sétima arte foi, também ela, afectada pela pandemia, com títulos forçosamente empurrados para outras datas, ou sem altura para chegar às salas. Mas o desconfinamento já se vai sentindo e, com a reabertura dos cinemas, a agenda vai finalmente tomando alguma normalidade.