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Os piores e os melhores filmes da Disney

Os filmes de animação da Disney vão estar todos no Disney+. Dos incrivelmente bons aos que acabam por ser maus.

Escrito por: Keith Uhlich
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Será que os filmes da Disney são sensatos, divertidos e visualmente estimulantes – perfeitos para toda a família? Ou são uma lamechice que só serve para fazer uma lavagem cerebral às crianças? Toda a gente tem uma opinião sobre os mais de 50 filmes de animação que foram lançados ao longo dos anos pela empresa fundada por Walt Disney, a começar pela Branca de Neve, em 1937, até à galinha dos ovos de ouro que foi Frozen: O Reino do Gelo e a sua continuação. Mas quais são afinal aqueles que merecem um lugar de destaque na prateleira? E quais os que mais valia serem esquecidos? Elencámos os piores e os melhores filmes de animação da Disney, disponíveis no serviço de streaming Disney+ a partir de 15 de Setembro.

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Os piores e melhores filmes da Disney

58. Alice no País das Maravilhas (1951)

Durante anos, Walt Disney quis transformar o livro infantil surreal de Lewis Carroll numa animação e quando finalmente conseguiu, no início dos anos 50, ficou muito perto da versão original. Fiel às ilustrações de John Tenniel (com o toque fofinho da Disney, claro), criou uma carta de amor à imaginação visual e à linguagem inventiva e construtiva de Carroll. Uma pena que não consiga transformar a odisseia da colegial Alice numa história assim tão satisfatória.

57. Frozen II: O Reino do Gelo (2019)

Elsa, Anna, Olaf, Kristoff e Sven têm que fazer uma viagem a uma floresta encantada para encontrarem respostas sobre o passado das duas irmãs e os poderes da rainha, e salvarem Erendalle da destruição. A história é mais complexa que a do filme original, a banda sonora não tem uma canção à altura de "Let it Go" (embora tente com "Into the Unknown") e a animação é estupenda, na linha clássica da Disney.

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56. Vaiana (2016)

Histórias de princesas ousadas que realizam seu potencial não são propriamente novas. Mas o que eleva Vaiana acima da concorrência é o seu total compromisso com princípios feministas, argumento espirituoso, boas melodias e, acima de tudo, Dwayne "The Rock" Johnson como o semi-deus Maui. Um daqueles idiotas musculados, ensimesmados, mas bem-intencionados, que caem sempre bem nos desenhos animados da Disney.

55. As Aventuras de Peter Pan (1953)

Mantendo-se afastada da escuridão, a Disney tornou a peça de JM Barrie em algo bem animado. O Capitão Gancho é o adorável mauzão, perseguido à força toda por um crocodilo faminto. A acção incrível, entretanto, sugere que a equipa da Disney tinha o olho nos Looney Tunes, da Warner Bros. É a melhor adaptação de todos os tempos da peça de Barrie

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54. Raya e o Último Dragão (2021)

O filme animado por computador de Don Hall e Carlos López Estrada conta a história de uma guerreira solitária, Raya (Kelly Marie Tran, na versão original), que parte em busca do último dragão do título para restaurar a paz e salvar o seu mundo. A interpretação vocal de Awkwafina, a fazer de dragão, é uma das melhores que ouvimos em muito tempo.

53. Hércules (1997)

Algumas pessoas acham que as piadas de Hércules são irritantes, mas estão enganadas. A Disney lidou com a Grécia Antiga e os seus mitos de forma peculiar e reinventou Hércules como um guerreiro amável, mas muito cabeça oca. No entanto, este filme é um triunfo. É, de forma completamente contagiante, divertido e está cheio de piadas que até nos fazem engasgar. O melhor de tudo é o delicioso vilão Hades e os seus parceiros azarados Dor e Pânico.
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52. A Princesa e o Sapo (2009)

Era o retro quem mais ordenava quando a Disney decidiu fazer o seu primeiro filme desenhado à mão em anos. O resultado parece-nos tão clássico quanto moderno, tem a narrativa clássica de sempre e como pano de fundo uma Nova Orleães alimentada pela banda sonora memorável de Randy Newman e pelo elenco que lhe dá voz. É também incrivelmente bonito e comovente.

51. Os Aristogatos (1970)

O primeiro filme que foi feito depois da morte de Walt Disney conta a história de uma gata aristocrata e da sua ninhada, que tenta reivindicar a fortuna roubada com a ajuda de um gato vadio. Uma aventura encantadora, com muitas cenas que metem música – como a versão jazz de “Toda a Gente Quer a Vida Que um Gato Tem” – para sapatear e dançar um bom bocado.

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50. Tarzan (1999)

Tarzan é o último dos clássicos da Disney e, embora não seja como A Pequena Sereia ou A Bela e o Monstro, há muitas coisas que adoramos nele. A animação utilizada enquanto Tarzan se balança de liana em liana é espectacular e existem algumas piadas divertidas (“é uma subespécie de elefante?”, pergunta um dos gorilas ao olhar para o bebé recém-nascido). O sentimento que Tarzan carrega de não pertencer a lado nenhum – seja à família primata ou à humana – é surpreendentemente tocante e inspirador.

49. As Aventuras de Bernardo e Bianca (1977)

Se por acaso têm a idade certa (levantem a mão), esta obra-de-arte foi exactamente a aventura entusiasmante e alucinante que na altura disseram que ia ser. Conta a história de uma equipa de salvamento constituída por ratos que vão em auxílio de uma rapariga órfã que é presa contra a sua vontade. As Aventuras de Bernardo e Bianca é dos melhores regressos da Disney: um sólido sucesso comercial e crítico depois de anos de fiascos.
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48. Winnie the Pooh (2011)

Este filme estreado em 2011 segue Winnie the Pooh e os seus amigos (Igor, Tigre e companhia) em busca do doce tesouro dourado, chegando inclusive a navegar por um mar de mel numa sequência visual especialmente bonita. É um favorito.

47. O Corcunda de Notre Dame (1996)

Quem estava à espera que a Disney transformasse o famoso, determinado e complexo romance anti-religioso de Victor Hugo numa alegre comédia familiar estava apenas meio certo. Este é, sem dúvida, o filme mais sombrio da Disney até à data, abordando temas como obsessão sexual, hipocrisia religiosa e materialismo excessivo. Tudo bem que no final todos vivem felizes para sempre, mas é uma viagem tenebrosa até lá.

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46. Lilo & Stitch (2002)

Sendo mais parecido com uns certos desenhos animados sobre um diabo-da-Tasmânia do que com um típico filme da Disney, Lilo & Stitch é uma descarga rara de diversão caótica no meio de tantos contos-de-fadas cheios de moral. A história sobre uma doce menina havaiana e o seu louco e voraz companheiro extraterrestre – que é obcecado por Elvis – é um caos sem fim, mas no melhor sentido possível.

45. As Extra Aventuras de Winnie the Pooh (1977)

O último filme da Disney no qual Walt esteve envolvido não é bem um filme, mas antes um conjunto de três curtas que já tinham sido lançadas nos anos 60 mais uma nova. Visualmente estática, a fita depende do encanto das personagens originais de AA Milne para ser divertida – embora o conceito do narrador que folheia as páginas da história acabe por nos dar algumas boas piadas animadas. Igor seria a estrela da companhia se aparecesse mais.

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44. Papuça e Dentuça (1981)

Esta é uma doce e comovente história sobre a amizade entre uma jovem raposa e um cão de caça que em crianças moravam lado a lado e que se encontram mais tarde na floresta enquanto inimigos. O filme diz o suficiente sobre preconceito e a inocência da idade para não ser desconsiderado como algo menor.

43. O Rato Basílio – O Grande Mestre dos Detectives (1986)

A Disney volta a meter o nariz num romance britânico infantil (Basil of Baker St., de Eve Titus) para nos trazer a história de um rato que mora numa cave da Rua Baker, n.º 221B. Não corresponde exactamente aos standards clássicos, mas as personagens são animadas, o elenco que lhe dá voz (inclui Vincent Price) foi bem escolhido e a representação da Londres vitoriana é surpreendentemente atmosférica.

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42. As Aventuras do Sr. Sapo (1949)

A Segunda Grande Guerra impediu que os planos de Walt Disney para rodar O Vento nos Salgueiros avançassem. Uma versão mais curta, Sr. Sapo, acabou por ser lançada juntamente com outra curta – uma adaptação de A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, de Washington Irving. Sr. Sapo é um regalo, troteando a um ritmo acelerado. Enquanto a cena final do outro filme, As Aventuras de Ichabold, em que os cavaleiros aterrorizam o director da escola trinca-espinhas é um clássico para os sustos entre família.

41. Bolt (2008)

Deve ter sido frustrante para a Disney quando os seus associados na Pixar (sem falar dos desconhecidos que trabalham na Dreamworks e na Blue Sky) começaram a ultrapassá-los nas bilheteiras. A resposta que deram foi Bolt, uma aventura divertida sobre um cão que era uma estrela de cinema. O hamster geek Rhino é das melhores partes do filme.

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40. Pacha e o Imperador (2000)

Parte do enredo parece um pouco forçado – realeza inca e humor não costumam dar-se assim tão bem – mas esta história sobre lamas e raízes tem uma vibe única que acaba por ser divertida. A produção teve alguns problemas; o que vale é que a Disney conseguiu um filme minimamente coerente. E – aqui entre nós – o número musical de Sting “My funny Friend and Me” não é assim tão mau.

39. Batalha de Gigantes (1947)

Curiosidade: Batalha de Gigantes foi a última vez que o tio Walt deu voz ao rato Mickey. Existem dois pequenos segmentos que fazem com que este filme valha a pena: "Bongo", a história de um urso de circo que quer ser livre e "Mickey e o Pé de Feijão", no qual o rato favorito de toda a gente protagoniza o conto-de-fadas sobre o rapaz que defronta gigantes.

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38. Oliver e Seus Companheiros (1988)

Oliver e Companhia é o último filme feito antes dos grandes clássicos, que incluem êxitos como A Pequena Sereia. E isso nota-se. Aqui, a Disney ainda acreditava que um cão com óculos-de-sol a contar a história do órfão Oliver Twist (de Charles Dickens), protagonizado por um pequeno gato vadio na Nova Iorque de 1980, podia ser fixe.

37. Música, Maestro! (1946)

Criado ao longo de vários anos, depois de grande parte da equipa da Disney ter sido chamada para combater na Segunda Grande Guerra, Música, Maestro! é uma compilação de dez curtas ao som de músicas de artistas populares da época. É inevitavelmente uma amálgama, mas tem pontos altos – que incluem a controversa e violenta Balada dos Camponeses e o experimental O Lápis Musical – absolutamente incríveis.

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36. Os Robinsons (2007)

Foi feito na altura em que a Disney se fundiu com a Pixar e sofreu, por comparação. Todas as personagens são um modelo a seguir e o guião conta com algumas piadas joviais (em vez de piadas a sério). Mesmo assim, a história sobre viagens no tempo tem reviravoltas suficientes e momentos divertidos que cheguem para deliciar os mais novos.

35. Big Hero 6 (2014)

Adaptado de uma banda desenhada pouco conhecida da Marvel, Big Hero 6 não está ao nível de clássicos recentes da Disney, como Frozen: O Reino do Gelo ou Zootrópolis. Mas é brilhante e animado, com alguns momentos emocionantes. Na cidade de San Fransokyo, no futuro, um especialista informático de 13 anos (Ryan Potter) recruta um improvável ajudante, um robô chamado Baymax, para resolver o mistério da morte de seu irmão.

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34. Dinossauros (2000)

Depois do estrondoso sucesso de Parque Jurássico, em 1993, não podíamos culpar nenhum estúdio por querer aderir à cena pré-histórica. Dinossauros optou pelo realismo ao mostrar peles de lagarto bem texturizadas e pântanos incrivelmente húmidos – fazendo com que fosse um dos filmes mais caros de sempre. Só foi pena não investir tanto no enredo como nos efeitos.

33. Bernardo e Bianca na Cangurulândia (1990)

Uma sequela perfeitamente aceitável para as Aventuras de Bernardo e Bianca, de 1977, na qual os dois ratinhos viajam até à Austrália para combater um vil caçador. Embora sirva mais para passar o tempo, já tinha animação CGI suficiente para nos deixar perplexos.

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32. A Caixinha de Surpresas (1944)

É mais um filme de propaganda dirigido à América Latina. o pato Donald leva-nos numa viagem ao sul do continente, na companhia de um papagaio brasileiro e de um galo mexicano. Com muita música à mistura, foi considerado, na altura, extravagante e até indulgente, mas não passa de uma compilação de episódios e sequências imaginárias que incluem Donald a dançar com a cantora Aurora Miranda (irmã de Carmen) e a pavonear-se com um conjunto de beldades de biquíni numa praia mexicana.

31. Mulan (1998)

Anos antes de Shrek, Eddie Murphy tinha dado voz a outro sidekick irascível que também não era humano – o dragão Mushu na adaptação da Disney de uma lenda clássica chinesa. Mulan é uma amálgama: tem uma heroína forte e cenas de acção incríveis, mas as músicas não ficam no ouvido e a sua autenticidade é tão fiável quanto um bolinho da sorte.

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30. Olá Amigos (1942)

O título original (Saludos Amigos) alude à chamada Política de Boa Vizinhança – vulgo, a promoção dos interesses dos Estados Unidos na América Latina. O resultado é uma colecção banal, mas com algum encanto, de quatro curtas propagandísticas (a melhor é El Gaúcho Pateta), algumas das quais incluem cenas reais de Walt e da sua equipa.

29. Planeta do Tesouro (2002)

A ideia de dar um novo sentido à aventura sci-fi de Robert Louis Stevenson, Planeta do Tesouro, não é horrível. Mas este híbrido não consegue fazer muito sentido por si só – os galeões que flutuam parecem mais ridículos do que inspiradores. Tem um bom fio condutor, mas acaba por ser só uma oportunidade perdida.

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28. A Espada Era a Lei (1963)

Muito diferente do melancólico, inteligente e britânico romance The Sword in the Stone (que é também o título original desta animação da Disney), de TH White, o filme apresenta-nos a infância do Rei Artur como se fosse uma aventura obtusa e colorida. É divertida e pateta, a pequenada adora-a, mas as músicas não prestam e o enredo não é lá muito consistente.

27. Fantasia 2000 (1999)

Foram várias as tentativas da Disney em voltar a capturar a magia de Fantasia. Eis mais uma compilação de curtas de animação ao som de música clássica. Contudo, não passa de uma fórmula barata para fazer dinheiro, com narradores famosos (Bette Midler, Penn & Teller) e um sentimentalismo reciclado para muitos dos segmentos (o humor do flamingo que fazia ballet não chega aos calcanhares do original com os crocodilos e os hipopótamos).

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26. Atlântida: O Continente Perdido (2001)

Esta tentativa da Disney em conseguir uma versão original e sem música sobre a lendária civilização subaquática foi considerada um fracasso quando saiu – os críticos não foram generosos e o lucro nas bilheteiras não foi espectacular. Tudo bem, não foi o melhor que o estúdio poderia conseguir, mas é uma história entusiasmante, agradável, que lembra aqueles longos episódios de desenhos animados que davam ao sábado de manhã.

25. Chicken Little (2005)

Chicken Little será sempre recordado por ter sido a primeira vez que a Disney trabalhou com animação por computador. Tudo o resto é fácil de esquecer: não é apelativo, não faz rir e é tão histérico e hiperactivo quanto uma criança de 5 anos. O enredo é inspirado na história de um pinto que acredita que o fim do mundo está próximo quando uma bolota cai em cima da sua cabeça.

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24. Taran e o Caldeirão Mágico (1985)

A segunda tentativa da Disney – depois de A Espada Era a Lei – de adaptar um romance britânico corre mal, graças a um enredo praticamente inexistente e a personagens pseudo-Tolkianas (que incluem uma imitação barata de Gollum chamada Gurgi) e cansativas. É uma pena, porque o filme tem rasgos de verdadeira magia – a voz de John Hurt enquanto Rei Cornudo é genuinamente assustadora.

23. Tempo de Melodia (1948)

Esta antologia de curtas é normalmente (e de forma compreensível) esquecida. Não tem a grandeza clássica de Fantasia e estes sete contos – sobre o herói Johnny Appleseed e o cowboy Pecos Bill, entre outros – perderam o seu prestígio cultural.

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22. Pocahontas (1995)

A época dos clássicos da Disney, que inclui grandes sucessos como A Bela e o Monstro (1991), Aladino (1992) e Rei Leão (1994) tinha eventualmente de acabar. Pocahontas foi o primeiro filme de animação da Disney baseado na história verídica de uma pessoa. Infelizmente, o estúdio pôs-se a jeito e choveram acusações de estereotipar os nativos dos Estados Unidos da América.

21. O Paraíso da Barafunda (2004)

Tudo sobre O Paraíso da Barafunda cansa. No início do ano 2000, este era o tipo de mediocridade que fazia com que os clássicos da Disney fossem apenas uma coisa do passado (e lembrem-se que foi neste Verão que Os Incríveis, da Pixar, arrasou nas bilheteiras). O filme foi um fiasco; rolaram cabeças.

20. A Dama e o Vagabundo (1955)

É conhecido por ter aquela cena do beijo com esparguete – uma cena lendária que Walt Disney quase quis cortar. Mas A Dama e o Vagabundo tem outros momentos encantadores: o guião foi escrito com base nas histórias que os escritores e executivos do estúdio partilhavam sobre os seus animais. Um verdadeiro produto de amor.

19. A Bela Adormecida (1959)

Não lhe chamam a mestre do mal em vão. Maléfica é muito provavelmente a pior vilã de todas as vilãs da Disney, amaldiçoando a recém-nascida princesa Aurora e condenando-a a furar o seu dedo no fuso de uma roca antes de completar 16 anos. Porquê? Porque não foi convidada para o baptizado da pequena. Isto é que é levar as coisas a peito.

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18. Frozen: O Reino do Gelo (2013)

Eis um regresso à era dos clássicos da Disney, na qual são utilizadas as palavras certas e no qual aparecem músicas do nada. A quantidade de coisas brilhantes e reluzentes pode até ser suficiente para disfarçar os ideais tradicionais, mas não podemos negar o elevado valor de entretenimento que o filme tem: Frozen: O Reino do Gelo é animadíssimo, tem um ritmo alucinante e é encantadoramente brincalhão.

17. Aladino (1992)

Foi Aladino que veio anunciar a era moderna da animação. Na sequência dos tesouros dentro da cave, foi aplicada uma nova técnica digital da Disney. A presença de Robin Williams, por sua vez, foi um marco inédito por ser das primeiras vezes que uma celebridade dava voz a um filme de animação. Mas mais importante do que isso, o sucesso do filme veio provar que as pessoas estavam novamente prontas para dar o dinheiro para se maravilharem com o espectáculo da animação.

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16. O Rei Leão (1994)

Toda a gente (e isso inclui os animadores da Disney que queriam trabalhar em Pocahontas) ficou estupefacta quando O Rei Leão foi um sucesso de bilheteiras em 1994. Mas não é difícil perceber porquê. Os heróis são afáveis e é fácil sentirmo-nos ligados a eles, enquanto Scar é dos melhores vilões de sempre, aborrecido e diabólico em igual medida. A banda sonora de Tim Rice e Elton John é melódica e fácil de cantarolar. A animação é magnífica.

15. Zootrópolis (2016)

Imaginem Los Angeles Confidencial com um elenco de animais que falam e já ficam com uma ideia do que esperar deste inventivo, espirituoso e inesperadamente perturbador clássico moderno da Disney. Todas as suas amigas se riem quando Judy, uma coelhinha fofa, anuncia a sua intenção de se juntar à força policial de Zootrópolis, mas ela não tarda em seguir um rastro de corrupção, crime e assassinato carnívoro…

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14. Ralph vs Internet (2018)

Eis uma sequela que nada deve ao original. Rich Moore, agora partilhando a realização com Phil Johnston (que, com ele, criara o argumento de Força Ralph), atira Ralph para o emocionante e aventuroso ciberespaço. E a dupla não se faz rogada em libertar a sua imaginação no interior daquele admirável mundo novo, metáfora de metrópole onde tudo se encontra, incluindo as mais variadas armadilhas.

13. Entrelaçados (2010)

história da Rapunzel é, nesta versão da Disney, completamente renovada e apresenta-nos uma princesa irrequieta que não precisa de um príncipe encantado que a ajude a fugir da torre. Um filme quase vintage que transborda de energia e humor. O melhor é mesmo a vilã, a mãe Gothel, que se parece com a Cher e que age como se fosse uma mãe fixe pronta para partir uns pratos.

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12. Força Ralph (2012)

À noite, num salão de jogos vazio, o vilão de um videojogo – Ralph (inspirado em John C Reilly, que aliás lhe dá voz) – decide mudar de carreira. Embora carregado de nostalgia de 8-bits, Força Ralph acaba por ser revigorante: uma história sincera sobre como encontrar a nossa própria identidade.

11. Robin dos Bosques (1973)

A decisão do realizador de O Livro da Selva, Wolfgang Reitherman, de transferir o texto forçado e à cowboy para a antiga Inglaterra poderia ter sido uma péssima ideia. Mas Robin dos Bosques tem uma natureza tão boa que é impossível queixarmo-nos. O pequeno orçamento significava que todas as personagens tinham sido retiradas de êxitos anteriores (vejam o João Pequeno, o urso castanho), contudo, isso só acabou por dar mais charme ao filme.

10. Pinóquio (1940)

O ponto mais alto das invenções da Disney chega com a segunda longa-metragem – que continua a ser a mais mágica que os estúdios alguma vez fizeram. O filme começa com um grilo a cantar docemente e depois mergulha em cenas que mais parecem ter sido tiradas de um pesadelo: o narigão crescente do Pinóquio é das metáforas mais sinistras e profundas da história da animação. Contendo um universo de ansiedade e maravilha, Pinóquio não é senão imortal.

9. Toy Story (1995)

As sequelas apuraram o humor, elevaram a carga emocional e o sentido de aventura, e melhoraram os efeitos especiais, mas, em termos de pura alegria e encanto, nada supera o original. É difícil acreditar que houve uma altura em que Woody e Buzz não eram melhores amigos, mas é precisamente esse o caso aqui, já que os dois começam por bater cabeças de plástico antes de se unirem para derrotar o verdadeiro inimigo: Sid, um miúdo problemático que adora destruir brinquedos. 

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8. The Incredibles: Os Super-Heróis (2204)

O que esta comédia de acção animada de Brad Bird possa eventualmente perder em carga emocional, comparando com outros clássicos da Pixar, compensa (e muito) com criatividade. Passado num retro-futuro dos anos 60, onde os super-heróis estão proibidos por lei de combater o crime, uma família de “supers” vê-se forçada a levar uma existência suburbana e aborrecida – até que um vilão com uma velha vingança os obriga a sair do esconderijo. É diversão do princípio ao fim.

7. A Branca de Neve e os Sete Anões (1937)

A primeira longa-metragem de animação da Disney mudou por completo o rumo do cinema, mas, mesmo na era das animações digitais de fazer cair o queixo, continua a ser uma obra deslumbrante. É, em partes iguais, emocionante, assustadora, divertida e cheia de fantasia. Poucos filmes resistem tão bem ao passar do tempo como A Branca de Neve e os Sete Anões, e décadas de remakes, reinvenções e adaptações pouco inspiradas só vêm provar quão impressionante foi (e é) este feito da Disney. Tal como o conto de fadas que lhe deu origem, trata-se de uma peça de entretenimento intemporal.

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6. Up – Altamente! (2009)

Up – Altamente! é muito mais do que a sua famosa sequência inicial, que deixará até o espectador mais rabugento a afogar-se em lágrimas. É uma verdadeira lição de como contar uma história carregada de emoção. Mas, assim que a casa do viúvo Carl levanta voo, Up – Altamente! transforma-se numa aventura cheia de energia, repleta de locais exóticos, cães que falam (e voam!), aves coloridas e um escuteiro muito, muito dedicado. Ficou com vontade de ver mais? O Disney+ tem também uma série de curtas-metragens centradas no cão Dug.

5. Dumbo (1941)

Depois de ter sofrido prejuízos com Pinóquio e Fantasia no ano anterior, a Disney decidiu jogar pelo seguro na sua quarta longa-metragem, criando um desenho animado simples e directo sobre um elefante de circo ostracizado – e, ainda assim, saiu dali um clássico absoluto. A cena em que o pequeno Dumbo, em lágrimas, entrelaça a tromba com a mãe presa vai despedaçar-lhe o coração, enquanto a sequência alucinante de elefantes cor-de-rosa vai deixá-lo a questionar o que andariam os animadores a fazer nas horas vagas. 

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4. Wall-E (2008)

Provavelmente o ponto alto da era imperial da Pixar, esta parábola ambientalista praticamente sem diálogos levou ao limite o que a animação pode alcançar em termos de narrativa. Sozinho na Terra a limpar a tralha deixada pela humanidade, o pequeno compactador de lixo com sentimentos passa os séculos a transformar detritos em cubos e a ver musicais de Hollywood, até que a chegada de um andróide do estilo Alexa faz com que entre em curto circuito de formas inesperadas.

3. Ratatui (2007)

O rato sabe cozinhar! Este filme tão doce quanto disparatado sobre o Remy, um roedor ingénuo e ambicioso, que sonha tornar-se um grande chef, é inteligente, bem-humorado, com uma lição de moral subtil e surpreendentemente convincente. Quem é que não gosta do Linguini, aquele desajeitado ajudante humano, totalmente controlado pelo talentoso Remy? Será que vão conseguir conquistar o temido crítico gastronómico Anton Ego? Não vamos estragar-lhe a surpresa, vai ter de descobrir sozinho. 

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2. 101 Dálmatas (1961)

A vilã icónica Cruella de Vil ganhou alguma reabilitação de imagem graças à Emma Stone, mas, neste filme original, faz jus ao nome ao obcecar com a ideia de fazer casacos a partir das crias de Pongo e Perdita. Os vilões aqui são uma delícia, tal como os cenários de uma Londres à moda antiga. E não se preocupe, isto é um filme da Disney… nenhum cachorro perde o pêlo. 

1. O Rei Leão (1994)

Os fãs podem continuar a discutir sobre qual dos três grandes filmes que marcaram a Renascença da Disney é o melhor, mas O Rei Leão deixou, sem dúvida, a maior marca. Não admira: tem as melhores músicas, a melhor história e o núcleo emocional mais forte – muitos de nós ainda não ultrapassámos a cena da morte do Mufasa. O remake em “imagem real” foi completamente desnecessário, tal como a prequela de 2024, mas nada consegue diluir o impacto do original animado no coração dos miúdos dos anos 90.

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O Livro da Selva (1967)

O Mowgli parece não conseguir encontrar o seu lugar neste mundo. Na versão da Disney da história de Rudyard Kipling, este jovem órfão parte numa viagem para descobrir mais sobre a sua identidade, com a ajuda dos seus companheiros animais, enquanto tenta manter o temível Shere Khan à distância.

-1. A Bela e o Monstro (1991)

Um príncipe arrogante prova do seu próprio veneno neste conto de fadas dos anos 90, parte da Renascença da Disney… e o primeiro filme de animação a ser nomeado para o Óscar de Melhor Filme. A magia de uma feiticeira transforma o jovem real numa criatura monstruosa. Um feitiço que só é quebrado quando o Monstro aprender a amar. Quando a besta rapta o relojoeiro da vila, a sua bela filha parte em seu socorro e acaba por salvar também o coração do príncipe.

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-2. Toy Story 2: Em Busca de Woody (1999)

O primeiro Toy Story foi uma aventura divertida, inventiva e hilariante em vários níveis, com uma mensagem simples sobre a importância da amizade (e de não maltratar os brinquedos). É no segundo que a saga começa a despedaçar-nos. O filme explora temas surpreendentemente maduros, ligados ao valor próprio, ao abandono e à dificuldade de deixar alguém ir. A montagem musical que conta a história comovente da energética cowgirl Jessie está ao nível da sequência inicial de Up – Altamente!, como um dos momentos mais emocionalmente devastadores da história da Pixar.

-3. À Procura de Nemo (2003)

Outros filmes da Pixar podem ter sido mais inovadores, mas, em termos de pura aventura, esta odisseia subaquática está no topo da cadeia… ou melhor, do recife. Depois do seu filho rebelde fugir de casa, um peixe-palhaço com grandes picos de ansiedade tem de enfrentar os seus muitos, muitos medos para o encontrar. Com a ajuda da esquecida Dory, um peixe-cirurgião azul, atravessa uma floresta de alforrecas, escapa a tubarões “vegetarianos”, apanha boleia de tartarugas descontraídas e vai parar ao estômago de uma baleia. As crianças adoraram: À Procura de Nemo foi, durante algum tempo, o filme de animação com maior bilheteira de sempre – e continua a ser o DVD mais vendido de todos os tempos.

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-4. Bambi (1942)

Enternecedor e emotivo, Bambi conta a história de um veado super-fofo que vai crescendo com a ajuda da família e dos amigos da floresta. E sim, a famosa cena da morte da mãe do Bambi continua a ser de partir o coração. Já as com o Tambor, a Flor e o Bambi todo enamorado ajudam a equilibrar o ambiente na perfeição.

-5. Divertida-Mente (2015)

Com Divertida-Mente, o estúdio conhecido por mexer com as nossas emoções fez, literalmente, um filme sobre emoções personificadas. Ao mergulhar na mente de uma rapariga prestes a entrar na adolescência, a Pixar podia ter caído num melodrama descarado, mas conseguiu criar um testemunho hilariante e comovente sobre tudo aquilo que nos torna humanos (ou, a dada altura, gatos). Mas não se preocupe: sim, vai passar o filme a chorar, mas muitas dessas lágrimas serão de tanto rir. O mesmo se aplica à sequela de enorme sucesso.

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-6. Toy Story 3

As sequelas raramente são tão boas como o original – mas este não é o caso da saga Toy Story, que conseguiu sempre crescer sobre a base inicial com enorme sucesso. Embora não seja tão existencial como Toy Story 4, este terceiro capítulo emocionante aborda o que significa crescer e encarar a própria mortalidade. Os últimos 15 minutos podem muito bem ser o momento mais comovente de sempre da Pixar… o que não é dizer pouco.

-7. Cinderela (1955)

A Cinderela é, provavelmente, uma das princesas Disney mais pacientes de sempre. Apesar de toda a má sorte, mantém-se cheia de esperança, mesmo quando a madrasta malvada e as irmãs adoptivas tornam a sua vida num verdadeiro inferno. Mas a jovem acaba por ter a última palavra quando a Fada Madrinha a ajuda a reencontrar-se com o príncipe encantado no baile. Vai querer rever este clássico mais depressa do que consegue dizer “bibbidi-bobbidi-boo!”. 

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-8. A Pequena Sereia (1989)

Custa imaginar uma altura em que a Disney precisasse de um “renascimento”, mas foi precisamente isso que aconteceu quando começou a famosa era da Renascença do estúdio, inaugurada com esta adaptação livre do conto de Hans Christian Andersen. Ariel é uma jovem sereia sonhadora que faz um pacto faustiano com uma bruxa do mar para realizar o seu sonho de casar com um príncipe humano. Mas aquilo de que toda a gente se lembra, na verdade, são as músicas: mesmo que não veja o filme desde os tempos da cassete VHS, ainda consegue cantar o “Aqui no Mar” de cor e salteado. 

-9. A Bela Adormecida (1959)

Será a Maléfica a vilã mais assustadora da Disney? Os filmes com Angelina Jolie podem tê-la suavizado um pouco, mas a sua versão animada continua a ser o grande exemplo de como se cria uma má da fita inesquecível. Este clássico é uma das obras mais deslumbrantes da animação tradicional da Disney, representando um enorme salto na qualidade artística e consolidando a reputação do estúdio como o principal destino para contos de fadas com princesas.

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-10. Lilo e Stitch (2002)

Quem se surpreendeu com as receitas de bilheteira do remake em live action provavelmente não era criança nos primeiros anos de 2000, quando esta aventura passada no Havai se tornou o mais próximo que a geração Z teve de um clássico da era da Renascença. Lilo é uma órfã solitária que cria uma amizade com um pequeno alienígena azul que confunde com um cão. É doce, simples e, para a Disney, bastante irreverente – e o remake, dentro do género, até nem está nada mal.

-11. Coco (2017)

Tal como Divertida-Mente, Coco mostra a Pixar a piscar o olho à exploração emocional: afinal, é um filme sobre um miúdo que volta a ligar-se às raízes da família na Terra dos Mortos, enquanto persegue o seu ídolo musical há muito falecido. Ainda assim, o resultado é uma celebração colorida, divertida e comovente da cultura mexicana e do legado familiar, com canções inesquecíveis e criaturas fantásticas. Nunca um filme sobre a morte pareceu tão cheio de vida.

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-12. A Dama e o Vagabundo (1955)

Uma sofisticada cocker spaniel e um rafeiro vindo do lado errado da cidade apaixonam-se nesta história canina absolutamente irresistível. Passaram-se gerações e continuamos todos a suspirar com a clássica cena dos dois a partilhar o esparguete.

-13. Vaiana (2016)

Esta aventura pelos mares dá protagonismo à jovem Vaiana, uma princesa polinésia que parte numa jangada (com a sua galinha de olhos esbugalhados atrás) para salvar a ilha de uma terrível maldição. O original em inglês conta com canções brilhantes de Lin Manuel Miranda e uma interpretação vocal tremenda do The Rock como o semideus convencido que a vai ajudar na missão, mas a versão portuguesa não fica nada atrás. É um dos filmes mais vibrantes da Disney moderna – e a sequela de 2024 mantém bem viva essa energia.

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-14. A Princesa e o Sapo (2009)

Com esta adaptação de O Príncipe Sapo, a Disney marcou tanto um fim como um começo: foi a última longa-metragem desenhada à mão do estúdio e a primeira a ter uma princesa negra. Mas, para lá dos marcos históricos, o filme A Princesa e o Sapo é maravilhoso, equilibrando o jazz de Nova Orleães com uma aventura emocionante pelos rios, personagens divertidos e um dos vilões mais assustadores saídos dos lápis dos artistas da Disney. Foi o fim de uma era e o início de outra – e continua a ser uma das obras mais subestimadas do estúdio.

-15. Uma História de Encantar (2007)

Numa reviravolta divertida e meta sobre a fórmula das princesas Disney, a encantadora Amy Adams interpreta uma princesa cantora que é arrancada do seu mundo mágico e atirada para a realidade. A comédia de peixe fora de água é deliciosa, à medida que a Princesa Giselle descobre que Nova Iorque não é propriamente o tipo de reino a que está habituada. Bónus: a futura Elsa, Idina Menzel, aparece num papel mais pequeno, e a própria Mary Poppins, Julie Andrews, dá voz à narradora.

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-16. Entrelaçados (2010)

Nesta versão moderna e bem-disposta de Rapunzel, encontramos a nossa princesa na mesma situação infeliz: isolada numa torre, sem hipótese de fuga e, claro, com uma cabeleira digna de anúncio de champô. Rapunzel já quase tinha perdido a esperança de sair dali quando Flynn aparece na sua torre. É uma nova era para a Disney, mas a comédia cheia de trapalhadas e as canções que ficam no ouvido ajudam a fazer a ponte entre os contos de fadas intemporais e a sensibilidade dos dias de hoje.

-17. Mary Poppins (1964)

Os Banks bem que precisavam de um calmante. Quando a sua ama mágica e bem-disposta, Mary Poppins, chega, as crianças esperam que um pouco do seu optimismo seja contagiante. Este filme teve uma influência enorme na sua altura ao juntar o encanto dos musicais antigos com a animação, transformando-se numa obra que atravessa gerações. E a sequela, 54 anos depois, com Emily Blunt, também não ficou nada mal.

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-18. As Aventuras de Peter Pan (1953)

A adolescência eterna parece um sonho tornado realidade para Wendy e os dois irmãos. Ficam imediatamente fascinados quando o mágico Peter Pan e a Sininho entram pela sua casa dentro, a falar sobre a juventude sem fim que conquistaram na Terra do Nunca. Naturalmente, Wendy e companhia não resistem a espreitar para ver se tudo aquilo faz jus à fama. Quando o fazem, as coisas começam a correr menos bem, em grande parte por culpa do temível Capitão Gancho.

-19. Aladino (1992)

Embora algumas das caracterizações em Aladino hoje em dia não envelhecessem da melhor forma, esta história das Mil e Uma Noites sobre um miúdo esperto da rua que recebe três desejos continua a ser um dos filmes mais divertidos da Disney nos anos 90. Muito disso deve-se ao génio tagarela de Robin Williams, na versão original, mas mesmo para lá da comédia, a acção, as canções e o coração do filme fazem-no brilhar. Aladino abriu um mundo completamente novo para a Disney e para a animação em geral, ao apostar em vozes de celebridades e em técnicas digitais de apoio ao desenho.

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-20. Frozen – O Reino do Gelo (2013)

No improvável caso de não conhecer as irmãs mais populares da Disney, aqui vai um pequeno resumo: Anna e Elsa derreteram até os corações mais gelados quando ficaram famosas em 2013. Em Frozen – O Reino do Gelo, Elsa debate-se com uns poderes gelados (literalmente) que acabam por mergulhar a cidade num Inverno sem fim. Ups! Será que a ajuda da irmã mais nova vai conseguir resolver o problema? Ah, e boa sorte a tentar tirar da cabeça a canção “Já Passou”, que conquistou meio mundo.

-21. Piratas das Caraíbas: Maldição do Pérola Negra (2003)

A personagem do Jack Sparrow já perdeu algum do encanto, mas a primeira adaptação inesperada da Disney baseada na sua famosa atracção de parque temático continua a ser uma aventura cheia de energia. Fantasmas, piratas, espadachins e macacos espectrais juntam-se num filme que nunca chegou a ser igualado, por mais sequelas que a Disney tenha produzido. O Jungle Cruise pode ter seguido a mesma fórmula, mas o Piratas das Caraíbas original continua a ser o verdadeiro rei da Disneyland no grande ecrã.

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-22. Zootrópolis (2016)

Judy Hopps sonha entrar para a força policial e deixa a quinta e a família rumo à metrópole movimentada de Zootrópolis para concretizar esse objectivo. Sendo o primeiro coelho na equipa, não é levada a sério pelos colegas polícias. Cansada de passar multas de estacionamento, decide investigar o caso de um desaparecimento para provar o seu valor. Quando recruta a ajuda – pouco entusiasta – da raposa vigarista Nick Wilde, os dois acabam por mergulhar num labirinto de pistas, escândalos, peripécias… e um comentário surpreendentemente profundo sobre o racismo.

-23. Mulan (1998)

Mulan não deixa que nada se meta no seu caminho. Tem medo que o pai, já doente, seja obrigado a ir para a guerra. É então que lhe surge a ideia de se disfarçar de homem – um acto altamente proibido. E, como não podia deixar de ser num filme da Disney, há também um pouco de romance pelo meio, mas este é, acima de tudo, um exemplo brilhante do que a Disney clássica era capaz de fazer quando entrava em modo filme de acção.

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-24. Encanto (2021)

Um dos mais recentes filmes da Disney é uma celebração vibrante da família, com um conjunto de canções do compositor de Hamilton e Vaiana, Lin-Manuel Miranda. A história acompanha Mirabel, uma jovem que luta com o facto de ser a única “normal” numa família repleta de dons mágicos. Passado na exuberante Colômbia – e, por isso, com adoráveis capivaras pelo caminho – é tanto uma explosão de cor como uma homenagem à individualidade.

-25. Monstros e Companhia (2001)

A Disney e a Pixar têm tirado muito proveito dos adoráveis monstros assalariados Mike e Sully, incluindo uma prequela de sucesso sobre os tempos de faculdade da dupla e uma sequela em série que chegou recentemente ao Disney+. Mas a primeira aventura continua a ser a melhor visita ao mundo de Monstrópolis, graças às grandes gargalhadas e um coração enorme. Se não ficar com os olhos marejados quando a Boo e o Mike se despedem, é porque, se calhar, tem um bocadinho de monstro em si também.

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-26. Pai para Mim... Mãe para Ti

Bastou um Verão para deitar por terra o plano de Nick e Elizabeth. Depois de uma separação complicada, os dois decidiram seguir caminhos diferentes – e, no processo, separar as filhas gémeas. Quem diria que, 11 anos depois, as meninas se iam reencontrar num campo de férias? Quando as irmãs ruivas descobrem o passado dos pais, traçam um plano próprio para trocarem de lugar. Será que os seus esforços vão resultar numa reunião de família bem-sucedida?

-27. Raya e o Último Dragão

Era uma vez dragões e agora… bem, nem por isso. É este o ponto de partida para uma aventura cheia de energia que apresenta a primeira princesa do sudeste asiático da Disney – Raya – e a acompanha numa missão para restaurar a harmonia de um reino mergulhado em trevas. A fazer-lhe companhia vai a última dragão, a irreverente Sisu.

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-28. A Lenda do Dragão (2016)

A maioria dos remakes em imagem real da Disney têm sido imitações pálidas dos originais. A Lenda do Dragão, por outro lado, melhora drasticamente em relação ao filme algo irregular que lhe deu origem, trocando os números musicais por uma abordagem mais emotiva à história de um órfão e do seu amigo dragão. Curiosamente, este projecto é assinado por David Lowery, o realizador de A Lenda do Cavaleiro Verde e Sombras da Vida, dois filmes bem adultos cuja inventividade visual e carga emocional assentam que nem uma luva nesta nova versão da Disney.

-29. Big Hero 6 – Os Novos Heróis

Sem dúvida, depois de verem este filme cheio de acção mas surpreendentemente emotivo, os mais pequenos vão passar dias a pedir um adorável robot insuflável de cuidados de saúde. Inspirado nas bandas desenhadas da Marvel com o mesmo nome, acompanha Hiro Hamada, um jovem prodígio da robótica, que forma uma equipa de super-heróis com o Baymax – o robot que pertencia ao irmão falecido – e um grupo de miúdos génios altamente qualificados. Juntos, vão ter de enfrentar os vilões responsáveis pela morte do irmão de Hiro.

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-30. Alice no País das Maravilhas

Antes de Tim Burton transformar tudo num pesadelo live action que rendeu fortunas, o conto cada vez mais estranho de Lewis Carroll sobre uma menina sonhadora que cai pela toca do coelho abaixo – e acaba num mundo de lagartas falantes, rainhas rabugentas e lebres aflitas – era puro Disney. A história é um pouco episódica – faz parte da sua natureza – mas continua a ser um deslumbramento que revela algo novo e espectacular em cada plano. 

-31. Fantasia (1940)

A revolucionária antologia musical da Disney contém algumas das imagens mais alucinantes do estúdio, desde o nascimento do planeta Terra até hipopótamos de tutus. Mas o que mais fica na memória são dois segmentos: o deliciosamente psicadélico The Sorcerer’s Apprentice, em que Mickey luta contra um exército de vassouras com vida própria; e o aterrador Night on Bald Mountain, provavelmente a coisa mais “metal” de todo o catálogo da Disney. Tudo aqui é deslumbrante e, de certa forma, este filme inventou os videoclipes 40 anos antes de se tornarem norma.

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-32. Os Marretas (2011)

Quando a Disney comprou os direitos sobre o elenco disparatado de marionetas do Jim Henson, em 2004, já há muito que a turma não era vista como algo actual. Foi preciso aparecer Jason Segel, fã confesso, para lhes devolver o estatuto de ícones cool. Podemos chamar a este primeiro filme em mais de uma década um regresso triunfal, mas não lhe chamemos reboot. São os mesmos Marretas que as crianças dos anos 70, 80 e 90 conheceram e adoraram, com uma história intencionalmente básica que serve apenas de desculpa para piadas tresloucadas, números musicais absolutamente hilariantes e alguns momentos de coração aberto. 

-33. Pocahontas (1995)

A Disney inspira-se numa figura histórica nesta história de amor em formato musical. A viagem leva-o até ao século XVII, ao encontro da jovem Pocahontas, uma heroína nativa americana determinada, que se apaixona pelo colono Capitão John Smith – um romance que o seu pai desaprova veementemente. O filme trata a história real com alguma liberdade criativa e um tom menos ligeiro, mas as mensagens sobre aceitação e respeito pelo ambiente continuam a soar verdadeiras.

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-34. The Incredibles 2: Os Super-Heróis (2018)

A família superpoderosa favorita de todos, os Parr, regressa nesta sequela que coloca a Mulher-Elástica no centro da acção. Depois de uma missão correr terrivelmente mal, o governo encerra o Programa de Recolocação de Super-Heróis, cortando o apoio financeiro aos nossos heróis. Para tentar ganhar algum dinheiro e recuperar a imagem pública dos super-heróis, a Mulher-Elástica é recrutada por uma empresa de media e telecomunicações. Naturalmente, as coisas não são o que parecem, e o resto da família acaba por ter de ir em seu auxílio.

-35. Brave - Indomável (2016)

De certa forma, Brave – Indomável é o filme mais tradicionalista da Pixar até hoje. Passado na Escócia medieval, conta a fábula de uma jovem princesa rebelde chamada Merida, e inclui encontros com bruxas, incursões por florestas sombrias e alguns ursos muito expressivos. Mas, noutras coisas, está muito longe de Branca de Neve e companhia. Aqui não há Príncipes Encantados – todos os pretendentes masculinos são uns autênticos pasmaceiros. Em vez disso, o filme recorre ao folclore escocês para explorar as ligações e tensões únicas entre mães e filhas. 

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-36. Querida, eu encolhi os miúdos! (1989)

Wayne Szalinski está convencido de que as suas invenções não valem nada. Deita fora o seu raio encolhedor, sem se dar conta de que, na verdade, a geringonça funcionou... e transformou as crianças em versões miniatura delas próprias. Venha pelas formigas gigantes, fique pela interpretação deliciosamente peculiar do Rick Moranis. 

-37. Hércules (1997)

Com uma homenagem à mitologia grega e uma banda sonora cheia de êxitos com toques de gospel, Hércules conta a história de um jovem meio humano, meio deus. Essa condição faz com que perca a imortalidade mas, se estiver à altura do desafio, pode recuperá-la e conquistar o seu lugar entre os deuses do Monte Olimpo. É a Disney da fase final dos anos 90 no seu lado mais peculiar – um daqueles filmes raros do estúdio mais prolífico do mundo que pode, com toda a justiça, ser chamado de subestimado.

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-38. Força Ralph (2012)

Ralph é o vilão destruidor de prédios de um jogo de 8 bits básico, ao estilo de Donkey Kong. Farto de ser sempre o mau da fita, decide aventurar-se pelo universo interno das máquinas de arcade à procura de um jogo alternativo onde possa ter outro papel. Mas acaba enfiado no purgatório cor-de-rosa do Sugar Rush Speedway, uma corrida de karts bem fofa, onde se alia à também marginalizada Vanellope para dar a volta ao sistema – literalmente. Este mundo cheio de regras tem muito mais do que parece… vai ter mesmo de ver para descobrir. 

-39. Turning Red – Estranhamente Vermelho (2022)

Ninguém tem uma adolescência fácil aos 13 anos mas, pelo menos, não nos transformávamos num panda vermelho gigante sempre que surgia uma nova emoção. Esta parábola de amadurecimento, criada pela animadora canadiana Domee Shi, mistura folclore chinês com uma história moderna e bem próxima da realidade, feita de paixões secretas, boy bands e um turbilhão de emoções. (Ah, e músicas da Billie Eilish na banda sonora.) Realizado pela primeira mulher a comandar sozinha um filme da Pixar, é uma vitória em termos de representação em vários níveis – e, além disso, é uma diversão pegada.

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