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© María Sainz ArandiaCabanyal Horta: O Jardim Comestível de María Sainz Arandia para o projecto Cidades na Cidade

Bienal'21 de Fotografia do Porto está na cidade até Junho

Há várias exposições para ver no Porto até 27 de Junho.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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Agora que a maior parte do país desconfinou, estamos doidos para lhe encher a agenda de eventos culturais. Ora aponte este: entre 14 de Maio e 27 de Junho há 19 exposições, espalhadas por 15 espaços da Baixa do Porto e ainda um em Lisboa, para ver, à boleia da Bienal’21 de Fotografia do Porto.

Sob o mote “O que acontece com o mundo acontece connosco”, esta edição pretende dar seguimento ao trabalho desenvolvido pela Ci.CLO - Plataforma de Fotografia, organizadora do evento, e pela própria Bienal, na primeira edição em 2019, cujo tema foi “Adaptação e Transição”. O objectivo, segundo Virgílio Ferreira, director artístico, é questionar e provocar o público a reflectir sobre o impacto que cada indivíduo tem no mundo e vice-versa. Foram desafiados 16 curadores e 48 artistas, nacionais e internacionais, a participar no evento.

Apesar de considerar “injusto” escolher favoritas, Virgílio Ferreira consegue destacar algumas exposições, como The Horizon is Moving Nearer, para ver no Centro Português de Fotografia. Esta mostra, com a curadoria de Tim Clark, reúne o trabalho de oito artistas internacionais – Lisa Barnard, Poulomi Basu, Nancy Burson, Maxime Matthys, Gideon Mendel, Simon Roberts, Salvatore Vitale e Stanley Wolukau-Wanambwa – que trabalham tópicos como “a masculinidade tóxica, emergência climática, eco-fachismo, nacionalismo, populismo, cibersegurança, violência de género e abuso dos direitos humanos e indígenas, mas também o Trump e o Brexit. Questões na ordem do dia e perspectivas bastante críticas e até provocadoras”, descreve. 

Trump As Five Different Races
© Nancy BursonTrump As Five Different Races

Também merecem destaque os trabalhos de Susan Meiselas e Alfredo Jaar – ambos tratam o colonialismo português e as suas consequências – que vão ser apresentados em conjunto, com o nome Travessia ∞ Muxima, na Reitoria da Universidade do Porto. O trabalho da primeira artista é um “documentário expansivo” feito em colaboração com a comunidade afrodescendente do Porto. Já a proposta de Alfredo é “um filme, um poema visual sobre a comunidade angolana, o impacto do colonialismo português e outras problemáticas que ainda vivem nos dias de hoje”, explica o director artístico. 

Muxima
© Alfredo JaarMuxima

Ainda no Porto, pode conhecer melhor o trabalho de artistas como Mandy Barker e Cláudia Varejão, com Opacidade da Água, para ver no Pavilhão de Exposições FBAUP, ou Cidades na Cidade, um projecto feito em colaboração com PHotoEspaña, em exposição na Estação de Metro de São Bento. Já em Lisboa vai estar disponível, na Brotéria, Uma Mística da Fragilidade, de Duarte Amaral Netto.

Todas as exposições se relacionam, explica Virgílio. Para essa ligação ser ainda mais forte, foram criados “roteiros, desenhados por nós, divididos em quatro blocos, que identificam determinadas exposições que estão interligadas por questões temáticas, conceptuais, estéticas ou de género”. Estes materiais têm vários formatos – para famílias, para escolas e para um público adulto – e pretendem convidar as pessoas a visitar e pensar as exposições a partir de um contexto e relação. 

Bienal de Fotografia do Porto está de volta à cidade

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