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Fundação Marques da Silva expõe desenhos e esculturas inéditas de Siza

‘Siza – Inédito e Desconhecido’ mostra peças do arquivo pessoal do prestigiado arquitecto e acontece em simultâneo com ‘Mais que Arquitectura’, exposição que reflecte a diversidade de interesses dos arquitectos presentes no arquivo.

Escrito por
Maria Monteiro
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Todos conhecem o arquitecto, mas muitos não saberão que, em tempos, Álvaro Siza quis ser escultor. Embora tenha abandonado a intenção de mudar de curso quando ingressou em arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, continuou a fazer escultura pontualmente, em paralelo com a arquitectura. A exposição SizaInédito e Desconhecido, inaugurada a 17 de Outubro e patente na Fundação Instituto Marques da Silva (FIMS) até 19 de Dezembro, levanta o véu sobre a vocação original do aclamado arquitecto e tem curadoria de António Choupina.

Além de uma série de esculturas nunca antes vistas, a exposição apresenta vários desenhos e documentos como esquissos de projectos, fantasias arquitectónicas ou retratos, não só da autoria de Siza, mas também da sua família. Destacam-se desenhos da sua mulher, Maria Antónia Siza, e do seu filho, Álvaro Leite Siza, também ele arquitecto. 

Desenho de Maria Antónia Siza
© DRDesenho de Maria Antónia Siza (c.1960)

O público poderá ver, ainda, a maqueta do novo Centro de Documentação da Fundação Marques da Silva, que quer ser o mais completo arquivo de documentação de arquitectura do país. O projecto, que fundiu os arquivos da FIMS e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), vai acolher os acervos de mais de 40 arquitectos portugueses. Depois de, entre Junho e Setembro, ter trabalhado na conservação de mais de 20 mil documentos do seu arquivo, a Fundação Marques da Silva vai digitalizar mais de cinco mil desenhos a partir de Novembro.

Além da exposição de Siza, mostrada pela primeira vez em Portugal depois de, em 2019, ter estado na Tchoban Foundation, em Berlim, decorre simultaneamente Mais que Arquitectura, colectiva com curadoria de Luís Urbano que reflecte a forma como a obra dos arquitectos representados no acervo da FIMS, muitas vezes, extrapola a arquitectura e vai beber a um conjunto heterogéneo de interesses e referências. Até 17 de Abril, os visitantes poderão ver fotografias, filmes, textos, publicações, aulas, provas académicas, registos de viagens, correspondência, peças de mobiliário ou design, colecções de arte e literatura, bibliotecas, entre outros objectos e documentos.

As exposições podem ser vistas de segunda a sábado, das 14.00 às 18.00, e os bilhetes custam entre 1,50€ (jovens, estudantes e seniores) e 3€ (geral). Os estudantes da FAUP têm acesso gratuito mediante apresentação do Cartão U.Porto.

Fotografia de Fernando Távora
© DRFotografia de Fernando Távora, Chicago, EUA, 1960

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