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"Bantu", de Victor Hugo Pontes
© DR"Bantu", de Victor Hugo Pontes

GUIdance volta a agitar Guimarães em Fevereiro

Na 13.ª edição do festival internacional de dança contemporânea, a cidade berço celebra a diversidade desta arte com dez dias de festa.

Escrito por
Patrícia Santos
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Dez espectáculos, masterclasses, talks, debates, ensaios abertos dedicados a escolas, oficinas para crianças e sessões de cinema são apenas exemplos das actividades que preenchem o programa do GUIdance. Naquela que é a 13.ª edição do festival internacional de dança contemporânea de Guimarães, a cidade recebe inspirações de diferentes continentes para celebrar, até 10 de Fevereiro, a diversidade desta arte.

A iniciativa arranca com a apresentação de Bantu, nova criação de Victor Hugo Pontes que reúne bailarinos portugueses e moçambicanos em palco para designar uma família de línguas faladas na África subsariana. “A celebrar 20 anos de carreira, o coreógrafo utiliza a linguagem universal da dança para criar pontes entre Portugal e Moçambique, dois países com afinidades complexas e memórias comuns, na busca da utopia de que somos todos o mesmo povo”, lê-se em comunicado.

A presença e influência africanas no evento voltam a sentir-se em propostas como Time and Space: The Marrabenta Solos (2 Fev, 21.30), de Panaibra Gabriel Canda, um dos coreógrafos mais influentes de África. Aqui, Panaibra “explora uma crise de identidade, desconstruindo representações culturais de um corpo africano ‘puro’, em particular o corpo moçambicano”.

Da programação, vale ainda destacar a estreia nacional de UniVerse: A Dark Crystal Odyssey (3 Fev, 21.30), de Wayne McGregor, coreógrafo e director britânico multipremiado. No seu regresso a Guimarães, o artista traz um “espectáculo comovente e surpreendente sobre a crise climática”, que se inspira em “The Dark Crystal”, um clássico de culto, com assinatura de Jim Henson, “sobre um planeta doente e uma raça dividida, necessitando urgentemente de cura”.

O GUIdance encerra com a estreia nacional de duas criações provenientes de Taiwan. Em Beings (9 Fev, 21.30), Yeu-Kwn Wang, que coreografa e interpreta, “encontra inspiração no caractere chinês ‘人’ (pessoa), explorando os laços que ligam profundamente os seus dois intérpretes num dueto emocionante que culmina numa reviravolta inesperada”.

O festival termina com bulabulay mun? (10 Fev, 21.30), dos Tjimur Dance Theatre. “Reconstruindo uma batalha histórica que foi esquecida com o passar do tempo, conhecida como o Incidente Mudan de 1987, com envolvência militar japonesa, caminham como soldados que marcham para a guerra, com os ritmos de baladas antigas, gritando para o céu e para a terra, numa forma de enviar saudações aos espíritos antigos, às pessoas que vivem actualmente na tribo Mudan e até mesmo ao povo japonês, num sentimento de unidade e união, porque somos mais fortes quando permanecemos juntos”, avança a organização.

Pelo meio, conte com actividades como masterclasses orientadas pela companhia de Wayne McGregor e pela Tjimur Dance Theatre; conversas pós-espectáculo com os criadores e as companhias que se apresentam nesta edição; debates moderados pela jornalista e escritora Claudia Galhós; uma oficina para crianças e famílias; sessões de cinema em colaboração com o Cineclube de Guimarães e, ainda, uma proposta que dá continuidade à iniciativa Bailar em Casa, da Casa da Memória, onde pessoas se reúnem às quintas-feiras para dançar músicas de vários pontos do globo.

A programação completa, assim como a venda de bilhetes (2€ a 10€), estão disponíveis online.

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