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Molin: saiba tudo sobre o regresso da mítica marca de material de escrita

Escrito por
Bárbara Baltarejo
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Os produtos da Molin acompanharam a infância e a juventude escolar de muitos portuenses e portugueses, que aprenderam matemática com as réguas inquebráveis e começaram a desenhar com as míticas canetas de feltro de tampa branca. A marca de material de escrita e desenho, que ainda vive no imaginário de muita gente, declarou falência em 2001. Agora, 19 anos depois, está de regresso e alguns dos seus produtos poderão chegar às superfícies comerciais ainda este ano.

Victor Pais é o responsável por esta segunda vida da Molin. O empresário de 53 anos conhece bem o mercado, uma vez que é o proprietário da concorrente Maber. Foi, aliás, por causa da Maber que começou a comprar as máquinas da antiga fábrica em Canelas, em Vila Nova de Gaia, onde chegaram a trabalhar 160 pessoas. "Começaram-me a aparecer os lotes de máquinas e eu vi que podiam ser úteis à Maber. Entretanto, constatei que tínhamos grande parte do património da Molin", explicou em entrevista à Time Out.

Victor Pais é o responsável pela nova vida da Molin
© Marco Duarte

Em 2017 fez um pedido de caducidade à marca, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, já com o objectivo de a pôr a funcionar novamente. Inicialmente o pedido foi recusado, mas "o tempo foi passando e a Molin acabou por nos fazer uma proposta. Adquirimos a marca no dia 16 de Novembro de 2019", contou o empresário de Santa Maria da Feira.

Negócio feito, Victor dispensa falar de números no que diz respeito ao investimento, aos postos de trabalho que vai criar e aos produtos que vai pôr no mercado, mas garante que o seu objectivo é "fazer da Molin uma grande empresa, até maior do que era". Afinal de contas, "hoje temos outra visão, outra capacidade, mais recursos e mais informação", remata. Uma das máquinas, por exemplo, que tem 20 metros de comprimento, permite produzir 80 mil esferográficas por dia.

Numa primeira fase, o material de desenho da marca fundada em 1948 vai ser produzido nas instalações da Maber, em Santa Maria da Feira, até se encontrar uma solução definitiva. Independentemente do local de produção, segundo Victor Pais, a identidade da Molin vai ser respeitada. "Vamos manter-nos fiéis aos produtos que a marca tinha, com as mesmas cores e embalagens". Já em 2020, as réguas, os esquadros e os marcadores da Molin deverão aparecer nos locais de venda habituais, como papelarias e supermercados.

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