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Os Caminhos do Romântico precisam de amor

Escrito por
Mariana Morais Pinheiro
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Estes oito quilómetros serão reabilitados em breve pela autarquia. Mariana Morais Pinheiro foi para o terreno e conta-lhe o que viu

O mapa à entrada dos Jardins do Palácio de Cristal não é muito esclarecedor para quem procura os Caminhos do Romântico, conjunto de cinco percursos que revela um Porto oitocentista, requalificado em 2001 ao abrigo do projecto 2020, que contou com apoios da União Europeia.

Agora, para o início deste ano, esperam-se novas intervenções. A primeira é a inauguração do novo Centro de Interpretação dos Caminhos do Romântico. Este, segundo os responsáveis, terá mais informação disponível para os visitantes. Além disso, dois dos cinco caminhos serão suprimidos. Mantêm-se o Porto do Romantismo, Arqueologia Rural e Industrial e Fábrica de Massarelos e Prestígio da Burguesia. Desaparecem o Aproveitamento da Água e De Gólgota a Massarelos.

Fomos ao reencontro do Porto do Romantismo. A partir dos Jardins do Palácio de Cristal e em direcção ao Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, este percurso faz-se através de um empedrado torto, levantado em alguns pontos pelas raízes das árvores, e coberto de folhas escorregadias nesta altura do ano. Paredes meias com o Solar do Vinho do Porto e o Museu Romântico (encerrado para recuperação), há um jardim com uma bonita vista sobre o Douro que merecia estar mais cuidado.

Em contrapartida, duas das principais vias deste percurso, a Rua de Entre Quintas e a Rua da Macieirinha, estão bem arranjadas e é possível ver algumas construções a serem alvo de intervenção por parte da autarquia, que vai apostar, dizem, na limpeza dos caminhos e remoção de graffitis.

É também por aqui que se encontra a Casa Tait, onde será instalado um “núcleo expositivo com funções lúdico-didácticas”, como refere a Câmara em comunicado. O edifício da antiga Escola Primária de Entre Quintas servirá para a instalação de um Serviço de Apoio Pedagógico.

A informação é esporádica e pouco explícita quando se quer mudar de trajecto e, se não fosse a ajuda de José do Livramento, 75 anos, carteiro reformado, provavelmente ainda lá estaríamos às voltas. A reformulação das placas de informação será outra das apostas da Câmara. Tudo para que este passeio de oito quilómetros seja mais fácil e, quem sabe, até mais romântico.

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