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Os sabores tradicionais reinterpretados e os ingredientes sazonais são estrelas no Manso

Jorge Azevedo e João Magalhães são os responsáveis por este novo restaurante que se instalou na zona do Pinheiro Manso.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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"Somos amigos há mais de uma década e, se há ponto em que concordamos, é na nossa visão sobre a comida e o vinho"  é assim que Jorge Azevedo explica a parceria com João Magalhães, que resultou na abertura do Manso, um dos mais recentes restaurantes do Porto. É dentro deste espaço, com ambiente informal e descontraído, que são criados pratos onde os sabores tradicionais e sazonais são reinterpretados. 

Ambos já tinham experiência para se lançarem numa aventura como esta. Jorge já tinha estado "envolvido em projectos gastronómicos", apesar de a sua área ser a gestão hoteleira, e João, que se formou em gestão e produção de cozinha, já passou por cozinhas de restaurantes portuenses de alto gabarito, como o LSD, o Mundo e o Semea by Euskalduna. Estas e outras razões levaram os amigos a perceber que faziam uma boa e equilibrada equipa. 

Instalaram-se no número 170 da Rua de Mota Pinto  onde antes estava o Cultura que se Come, o último local de trabalho de João , com a missão de lhe dar liberdade criativa para "mostrar ao mundo a sua visão gastronómica". Apostam, acima de tudo, numa carta dinâmica, algo que acontece naturalmente, graças ao uso de ingredientes sazonais. 

"Acreditamos piamente na importância da qualidade do produto. Podemos usar grandes técnicas, criar mise-en-scènes em torno dos pratos, trabalhar para a apresentação e para as fotos, e tudo isso é importante. Mas cada vez mais os nossos clientes sabem de cozinha, de comida, têm mais informação, já experimentaram mil e uma coisas. Por isso, procuramos voltar às origens, ao basilar e investir em bons produtos. É meio caminho andando para a elaboração de um bom prato", conta Jorge. 

Neste momento, utilizam na cozinha "muitos frutos secos, cogumelos e legumes que dependem desta época de clima ameno e chuvoso para crescer" e frutos como o dióspiro e o marmelo para as sobremesas. Tentam também criar uma boa proporção de pratos para todos os gostos e necessidades dietéticas, ou seja, têm quase sempre o mesmo número de pratos vegetarianos, de peixe e de carne. 

"Vamos tentando manter aqueles pratos que os nossos clientes mais destacam", explica Jorge. No Manso já foram servidas especialidades como arroz de gamba do Algarve e algas (15€), língua de boi com puré de aipo e avelã (14€), costeletas de porco alentejano com holandês de pimenta verde (16€), atum bonito dos Açores marinado em ponzu (12€) e marmelos com creme de queijo de cabra (5€).  

Manso
© DRLíngua de boi com puré de aipo e avelã

O que acompanha as refeições é o vinho, uma estrela da casa, com rótulos nacionais de "produtores pequenos que não se encontram em grande superfícies e dificilmente noutros restaurantes". Também há cerveja artesanal, sumos e kombuchas  tudo feito no restaurante. Aqui não entram refrigerantes. 

A cozinha é semi-aberta, o que significa que pode ver (quase) tudo o que acontece nos bastidores da sua refeição  a sala tem um belo balcão, que é como se fosse a primeira fila, com 13 lugares. A sala tem ainda capacidade para 16 pessoas nas mesas e no exterior há uma esplanada. 

"Queremos consolidar-nos na zona da Boavista e Pinheiro Manso (e até mesmo no Porto) como um restaurante de referência de degustação de sabores tradicionais reinterpretados", afirma Jorge. A partir deste mês, vai estar disponível uma carta paralela, feita à base de sandes, para pedidos take-away e entregas ao domicílio.

Rua de Mota Pinto, 170 (Ramalde). 91 249 7648. Seg, Qui, Sex 19.15-23.00. Sáb-Dom 12.00-15.00; 19.15-23.00. 

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