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Dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer

A cidade está cheia de boas opções para ficar de barriga cheia. Da cozinha de autor aos restaurantes que vão buscar inspiração ao receituário tradicional, conheça os novos restaurantes no Porto.

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A cena gastronómica do Porto é fervilhante – e não falamos apenas dos tachos com sopas reconfortantes ou das grandes panelas com arroz caldoso fumegante. Falamos dos espaços que todos os dias abrem no Grande Porto, com a missão de servir a melhor comida, feita com alma e coração, por mãos experientes. E há de tudo um pouco, para agradar a toda a gente. Dos restaurantes vanguardistas inspirados no receituário tradicional aos que apostam as fichas todas na comida de autor; dos espaços que preparam sandes portentosas aos que cozinham sob a influência asiática; por aqui vai encontrar dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer. Bom apetite.

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Dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer

  • Baixa

“Ah, que lugar é este?”, simula Bruno Amaral, um dos donos do Ottto, o restaurante instalado na rua do Bonjardim. “É um bar? É um restaurante? É uma galeria de arte? Queremos criar esse desconforto em quem passa”. Mas, queiram ou não, falharam redondamente. Mais confortável e apetecível do que o Ottto há poucos. As luzes quentes e avermelhadas do interior tornam-no convidativo para quem o vislumbra da rua. E, depois, há as plantas de folhas largas, as flores em jarras, um bar bem recheado, tapetes de inspiração persa que abafam o ruído, uma mesa comunitária em madeira maciça e, sobre ela, um castiçal rococó, com velas que se vergam ao peso da cera já derretida. E ainda nem falámos da arte espalhada pelas paredes, nem da carta apetitosa preparada por Roberta Magro. As opções são todas tentadoras – a começar pelo couvert sui generis, seguindo por pratos como a cenoura caramelizada com pasta de caju fermentado e tofu e frutos secos crocantes ou a fried lasanha, e terminando com o incrível brigadeirão de chocolate.

  • Porto

Na rua da Meditação há um espaço que convida a uma viagem pela gastronomia milenar da Geórgia, feita de sabores intensos, de tradições únicas e de heranças familiares. A chef Maia, natural de Senaki, uma cidade no oeste georgiano, é a mentora do projecto e convida a desfrutar dos aromas e sabores intensos através de uma experiência única em cada prato, que tem uma história e um modo de comer específico. Entre os destaques da carta, encontram-se pratos tradicionais, como o khachapuri, que consiste num bolo de massa fina e estaladiça assado no forno e recheado com queijo derretido; ou o prato mais típico da Geórgia: o khinkali, um bolinho semelhante aos dumplings, recheado com carnes e especiarias. Há ainda saladas frescas, sopas clássicas e reconfortantes e sobremesas típicas. Sem faltar, claro, o vinho da Geórgia.

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  • Vila Nova de Gaia

Sendo uma ideia de Lídia Brás e Fernando Araújo, donos do Stramuntana — o restaurante que explora em Vila Nova de Gaia a gastronomia de Trás-os-Montes como ninguém —, obviamente que o novo projecto desta dupla teria de trazer água no bico. E a expressão até pode ser interpretada de forma literal, já que a carta, vinda praticamente toda do mar, é de babar. Atrás da vitrina, há ostras frescas da ria Formosa prontas a serem servidas com um gomo de limão, lingueirão à espera de ir para a brasa, assim como o camarão tigre e o polvo à Proua, este servido com pimentão de La Vera e azeite. Imperdível é o carabineiro à moda da casa, uma espécie de ovos rotos servidos com este crustáceo cozinhado no ponto, cheio de sucos marinhos; e um prego com uma carne do lombo tenra, de raças transmontanas, servido num pão de água rústico. Se ainda tiver espaço, prove os rissóis: de carne e de camarão. 

  • Porto

Cerca de 500 anos depois da formalização da mais antiga aliança diplomática do mundo – a luso-britânica, estabelecida pelo Tratado de Windsor a 9 de Maio de 1386, onde se firmava um acordo de paz, amizade e de assistência mútua entre os dois países – a família Symington criava uma outra, mas por via do matrimónio. No final do século XIX, Andrew James Symington, o primeiro desta família produtora de vinho do Porto a estabelecer-se em Portugal, dava o nó com Beatriz Leitão Carvalhosa Atkinson. O mais recente projecto enogastronómico do grupo Symington Family Estates, no centro do Porto, inaugurado este Verão e baptizado de Matriarca, é em sua homenagem. Pelos três andares do edifício encontra uma série de valências para descobrir – da gastronomia, à degustação, passando pela aprendizagem e pela experiência de compras.

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  • Porto

Tudo aqui é bonito e sofisticado – a começar pelos tons pastel que invadem a decoração, até às mesas preparadas com pormenor. Mas o convite é que descontraia e, se for preciso, não tenha vergonha de comer com as mãos, "à Bruto", como costumam dizer. É esse o conceito do Bruto, o novo restaurante que abriu as portas no Turim Oporto HotelAqui os pratos portugueses são os protagonistas, mas servidos com uma abordagem mais contemporânea e utilizando produtos locais, sempre que possível. Nas entradas brilham pratos de partilha, como um fresco carpaccio de bacalhau com azeite trufado, pesto de coentros e sal negro dos Açores ou os croquetes de bochecha de porco com espuma de goiaba, cheddar e bacon crocante. Nos snacks, uma das grandes estrelas e já “um dos ex-libris do Bruto”, é o suculento prego de atum e cebola caramelizada com batata frita. Servido no ponto, é um daqueles exemplos para comer “à bruto”, sem se importar de sujar as mãos. 

  • Italiano
  • Porto

A Divinaccia é o sonho de família de Helena e Juliana Brozinga, mãe e filha. Nascidas em São Paulo e com origens italianas, decidiram abrir no Porto um verdadeiro paraíso de focaccias, onde tudo é feito de forma artesanal, com pormenor, cuidado e respeito pelo tempo. O resultado? Focaccias macias por dentro, crocantes por fora e recheadas de sabores para provar à fatia ou em sandes. As estrelas da casa são a focaccia Caprese, com mozarella, tomate, creme de queijo especial, pesto verde, rúcula e creme de vinagre balsâmico; e a Mortadela, com creme de queijo, pistachio picado, pesto verde, rúcula e vinagre balsâmico. A focaccia de frango Caesar com maionese, lascas de Grana Padano, alface e bacon tostado picado; a de pastrami, com creme de cheddar, cebola caramelizada, maionese de alho e picles de pepino; e a ratatouille com uma mistura de beringela, curgete, tomate e húmus, são algumas das saborosas opções que também pode escolher. 

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  • Porto

Escondido num jardim asiático, com um ambiente inspirado na religião do yin e yang, o Toa é um bar speakeasy que serve uma Ásia autêntica, através de cocktails de autor e de pratos para partilhar. Aqui, o caos e as preocupações ficam à porta e entra-se num refúgio de tranquilidade — mas antes é preciso descobrir como lá chegar (as instruções são dadas no momento da reserva). O ambiente é tranquilo, acolhedor e secreto, inspirado nos bares speakeasy que surgiram durante a Lei Seca nos anos 20 dos Estados Unidos. Os cocktails de autor são a estrela da casa, mas brilham também pequenos pratos de inspiração asiática, sem grandes adaptações, entre pratos frios, mais reconfortantes, e ainda saborosas sobremesas. 

  • Cafés
  • Foz
  • preço 1 de 4

À medida que nos vamos aproximando da Foz e o reflexo do sol nas águas do rio Douro nos faz semicerrar os olhos, somos brindados por uma paz e uma sorte que nem todas as cidades têm. A possibilidade da maresia. A oportunidade da admiração das pequenas embarcações que descansam no areal depois de uma madrugada de faina. É a esses pescadores, muitos deles amadores apaixonados, que Luís Palhão vai buscar o marisco para o Barra – Seafood Bar, o seu restaurante na rua do Passeio Alegre: uma pequena marisqueira castiça e tranquila, que só entra em sobressalto quando o eléctrico ruidoso lhe passa mesmo à porta. O menu está dividido em duas partes. Numa brilha o marisco do dia, como as amêijoas à Bolhão Pato, o lingueirão e o camarão da costa cozidos, o berbigão ao vapor, os percebes e as ostras. Na outra estão petiscos mais elaborados, como os baos de lavagante e de atum e os crocantes de atum. A acompanhar, há uma série de cervejas e de vinhos brancos, rosés e espumantes, de várias regiões do país.

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  • Baixa

Não há como não amar o Mila, o novo espaço de Mila Araújo na rua do Bonjardim, também dona do Say Cheesecake & Co. Aqui há tudo o que uma pessoa precisa para ser feliz: bom café de especialidade (que vai do expresso aos cafés de filtro, passando pelos cappuccinos e matcha lattes), pão de fermentação natural na forma de pães de trigo e brioches, e uma pastelaria artesanal tão bonita quanto deliciosa, que vai variando consoante a inspiração do padeiro-pasteleiro Joilson Xavier. Além dos croissants franceses, as grandes estrelas, sobre o balcão vão desfilando tabuleiros recheados de pain suisses, pain au chocolat, danish, cinnamon rolls de massa folhada, entre outras coisas boas. Em breve haverá almoços com pratos de conforto e jantares com pizzas artesanais, que poderão ser acompanhados por vinhos naturais e de baixa intervenção.

  • Restaurantes
  • Baixa
  • preço 1 de 4
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Desde Março de 2025 que o Early Cedofeita subiu uns metros na rua dos Bragas e instalou-se no número 351. Com a mudança, o projecto criado pelos irmãos Patrícia e Emanuel Sousa tem mais espaço, uma carta recheada de novidades, incluindo pizzas, e um horário alargado. Mas mantém o mesmo conceito: utilizar os sabores que a terra dá. Alguns pratos clássicos, como os ovos do campo com ervas e pão; e a rabanada de brioche, bacon, chutney e ovo mantiveram-se na carta, mas há agora novos pratos para se deliciar. Entre eles está o brekkie com ovo mi cui, queijo, manteiga e pão e uma nova versão do smørrebrød, com salmão, abacate, ovo e centeio. E porque o café é fundamental neste espaço, o Early começou a preparar o seu próprio café, com grãos provenientes de várias quintas sustentáveis em todo o mundo e torrados semanalmente no Porto. Um café com notas doces, mais achocolatado e que faz pairing com os pratos que são servidos.

Mais para comer no Porto

O Porto é uma cidade que se reúne em torno da mesa, onde toda meia dose dá para dois e ninguém nunca se levanta até a última migalha ser vertida. A cozinha da cidade é um reflexo da sua gente: frontal e afectiva; sem afectações, mas exigente. Entre tripas e francesinhas, os portuenses tendem a discutir (às vezes alto!) sobre o que acreditam ser melhor e pior, mas conseguem acabar sempre a brindar como amigos a empunhar finos nas mãos. Nos últimos anos, a cena gastronómica tem-se transformado rapidamente, como reflexo de uma cidade cada vez mais aberta ao mundo – e que conquista mais e mais turistas a cada Verão. De restaurantes de cozinhas internacionais a bares de vinhos modernos, de muitas casas tradicionais a chefs que querem mostrar que é possível elevar a gastronomia local a novos patamares, o Porto tem a mesa posta. É puxar uma cadeira e sentar-se num destes restaurantes. 

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Com ou sem ovo, com molho picante ou adocicado, com bife bem ou mal passado. Criada há 70 anos, a famosa francesinha é a estrela da cidade e todas as casas lhe dão um toque especial. Há quem prefira a tradicional, com carne assada ou com um bom bife de vaca no seu recheio e, claro, com os enchidos da melhor qualidade lá pelo meio. No entanto, há cada vez mais adeptos das variações – das francesinhas vegetarianas, às que optam pela carne de frango, das que são finalizadas em forno a lenha às que adicionam camarões ao prato. 

E se de um lado temos os eternos puritanos, defensores da francesinha original, há também muitos outros fãs sedentos de inovação. Desta feita, fica difícil, muito difícil eleger a melhor francesinha da cidade. É uma tarefa árdua e ingrata (para não dizer impossível) e susceptível de criar grandes discussões à mesa. Cientes do risco que corremos, estas são, na nossa humilde opinião, as melhores francesinhas do Porto neste momento. Bom apetite.

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