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David Penela
© João Saramago David Penela

No ateliê de... David Penela

Visitámos o ateliê deste ilustrador que vive no mundo da lua, mas que adora desenhar as montanhas que há na Terra.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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A professora primária sempre lhe disse que ele era mais “virado para as artes”. No entanto, ser ou não artista era um futuro que David Penela não tinha ainda contemplado nos seus planos. Quando estava quase a chegar ao 10º ano, e na iminência de ter de escolher uma área de estudo, achou que deveria optar pelas Ciências, para mais tarde poder ingressar em Engenharia Aeroespacial. Mas havia um obstáculo. “Era mau a Matemática”, ri. Optou, então, pelas Artes – tal como havia vaticinado a professora – e, mais tarde, entrou no curso de Artes Plásticas e Multimédia, na Faculdade de Belas Artes. 

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No ateliê de... David Penela

© João Saramago

Só no fim da licenciatura é que começou a perceber que o seu caminho era a ilustração. Tirou ainda um mestrado em Desenho e Técnicas de Impressão para poder dominar melhor o assunto, foi construindo o seu portefólio e hoje trabalha por conta própria.

As suas ilustrações nascem de pequenas ideias que vai tendo ou de outras, há muito em banho-maria. O que mais gosta de desenhar são montanhas e cenários com pouca ou nenhuma interferência humana. “Quase como pinturas antigas”, descreve. Usa várias técnicas para trabalhar, desde as mais simples, como o desenho a lápis de carvão, a outras mais complexas que recorrem a stencils e spray.

Este ano mudou-se para uma casa nova e com ele veio o ateliê e o gato Louie, que já lhe faz companhia há cerca de quatro anos. Nunca considerou trabalhar fora das suas quatro paredes, porque gosta de ter as suas coisas por perto. O fascínio pelo universo e pela ficção científica manteve-se durante os anos e, por isso, entre os vários objectos que tem a decorar o espaço está uma pequena colecção de bonecos da saga Star Wars.

Tem os seus prints à venda na Ó Galeria e, todos os sábados, participa no Mercado Porto Belo, na Praça Carlos Alberto. Além disto, também tem peças na Área 55, em Guimarães. Aliás, nesta galeria está a decorrer, até dia 8, uma exposição sua com o nome Life. A mostra inclui ilustrações inspiradas em pensamentos e em alguns acontecimentos da sua vida recente. David também trabalha para clientes privados e, este ano, ilustrou o seu primeiro livro com uma editora brasileira.

No ateliê de... David Penela

Máquina fotográfica
© João Saramago

Máquina fotográfica

“Já tenho esta máquina há muito tempo. Precisei de a comprar para uma disciplina quando estudava em Belas Artes. Nessa altura, parte do meu trabalho era em fotografia e vídeo.”

Print

Print

Quando está no ateliê está rodeado de amigos. Pelas paredes e prateleiras deste espaço há prints e posters de outros artistas, como Ana Seixas ou Wasted Rita. O da foto é um original de Susa Monteiro e foi um presente.

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Lápis

Lápis

É uma das ferramentas de trabalho essenciais para David Penela. Gosta de desenhar à mão e quando o faz usa, geralmente, lápis de carvão normal ou sintético. Nunca sai de casa sem um.

Caderno
© João Saramago

Caderno

Sem um pedaço de papel o lápis torna-se quase inútil, por isso, um caderno é outro dos objectos que leva consigo para todo lado. É nele que vai testando ideias e criando pequenos esboços.

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Lata de tinta
© João Saramago

Lata de tinta

Uma das técnicas que usa no seu trabalho é o stencil, que pinta com tinta em spray. Tem várias latas em casa, mas esta destaca-se das restantes porque é a sua cor favorita.

Mais ateliês para conhecer

  • Compras

Contar histórias e ilustrá-las não foi uma decisão, Joana Estrela soube desde muito cedo que este seria um lado muito importante da sua vida. “Sempre gostei muito de desenhar e de escrever. E sabia que ia fazer isto, mesmo se tivesse outro emprego,” conta. Estudou Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, curso que escolheu por ser abrangente e lhe permitir explorar diferentes áreas. 

  • Compras
  • Floristas

A natureza foi sempre uma parte importante da vida de Isabel Castro Freitas. Os avós e os pais viviam em casas com jardins e quintais onde ela passava muito tempo. Talvez seja por isso que decidiu estudar Arquitectura Paisagista. “Escolhi o curso porque tinha um grande fascínio pelo Gonçalo Ribeiro Teles [político e arquitecto paisagista português] que fala da natureza com muito encanto”, explica a flower designer. 

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  • Compras

Basta ouvir o sotaque de Irena para perceber que a designer não é de cá. É da Alemanha, diz-nos. Aliás, é “meia austríaca e meia alemã”. Nasceu em Munique, mas estudou design industrial na Faculdade FH Joanneum, em Graz, na Áustria. Ainda considerou a arquitectura, mas a família demoveu-a. “Estudei, então, design industrial que, se pensarmos bem, é a arquitectura de objectos pequenos.” 

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