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Irena Übler
© João Saramago Conheça o ateliê da designer Irena Übler

No ateliê de... Irena Übler

É uma designer cheia de ideias luminosas. E este é o estúdio onde os seus candeeiros vêem a luz do dia.

Escrito por
Margarida Ribeiro
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Basta ouvir o sotaque de Irena para perceber que a designer não é de cá. É da Alemanha, diz-nos. Aliás, é “meia austríaca e meia alemã”. Nasceu em Munique, mas estudou design industrial na Faculdade FH Joanneum, em Graz, na Áustria. Ainda considerou a arquitectura, mas a família demoveu-a. “Estudei, então, design industrial que, se pensarmos bem, é a arquitectura de objectos pequenos.”

E como é que o Porto entra nesta história? Irena veio para cá quando decidiu fazer Erasmus na ESAD — Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos. Entretanto recebeu uma proposta de trabalho para participar na Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 e, desde então, nunca mais deixou Portugal.

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No ateliê de... Irena Übler

© João Saramago

Este ano, em Agosto, vai poder dizer oficialmente que vive na Invicta há uma década. Começou por trabalhar num cowork em Vila Nova de Gaia mas, recentemente, Irena e alguns amigos decidiram arrendar um estúdio mais pequeno. Este espaço, que partilha com um fotógrafo e dois designers gráficos, fica perto da Faculdade de Belas Artes.

A cortiça apareceu na sua vida através do concurso Amorim Cork Ventures. Em 2016 decidiu criar a Como, uma marca de mobília modular, cujo material principal, e às vezes único, é este. São móveis versáteis que podem ter várias formas e feitios. “Pode ser uma estante numa sala, um arrumo, ou uma mesinha de cabeceira”, enumera. Ser sustentável é, para ela, muito importante, por isso, quando não sabia o que fazer com as sobras de cortiça, criou os Mocos, pequenos candeeiros. Além de ter a sua marca, Irena também faz parte do projecto Precious Plastic, que tem um papel activo no combate à poluição.

No ateliê de... Irena Übler

Candeeiro
© João Saramago

Candeeiro

Para Irena é muito importante que a marca seja sustentável, por isso tenta aproveitar todos os restos de material. “Sobrou este cubinho e decidi fazer um candeeiro superminimalista.”

Planta
© João Saramago

Planta

“É uma das minhas companhias no estúdio. Foi-me oferecida por uma amiga e está comigo há muito tempo. Tinha mesmo de a trazer para este novo espaço. Já cresceu imenso, antes era muito pequena.”

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Grumpy Family
© João Saramago

Grumpy Family

“Esta Grumpy Family [uns bonecos mal-humorados] é feita de restos de madeira e cortiça. Ainda não sei o que vão ser ao certo, mas tanto podem ser bases para copos, como uma brincadeira para crianças.”

Azulejo
© João Saramago

Azulejo

Foi criado para o projecto Precious Plastic. É feito de plástico reciclado, mais concretamente de tampas de garrafas. “Basicamente, aproveitamos o lixo dos outros para fazer novos objectos.”

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Suricata
© João Saramago

Suricata

“Adoro estes animais.Acho-os muito engraçados porque estão sempre atentos a tudo. Recebi este como prenda quando estive de férias de Natal em Munique. Estava a passar por uma loja e olhei para a montra: vi uma família destes bonecos em madeira e adorei. Entretanto, reparei que a dona, com quem já tinha trabalhado, estava na loja e ela ofereceu-me um. Agora é o meu novo companheiro de estúdio.”

Mais ateliês para conhecer

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Nasceu em Viseu, estudou design gráfico em Aveiro, viveu, trabalhou e estudou ilustração em Barcelona, mas o Porto sempre lhe piscou o olho. “Sempre me chamou muito a atenção por ser uma cidade lindíssima e por ter esta aura mística”, explica Ana Seixas. Foi por isso que, quando decidiu voltar a Portugal, escolheu a Invicta para morar. Está cá há cinco anos e, desde essa altura, que se dedica à ilustração a tempo inteiro, a profissão com a qual sempre sonhou. 

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  • Arte, artesanato e passatempos

A teimosia de Sílvia Silva e de Filipa Torres foi o elemento catalisador para a existência deste ateliê. A amizade destas duas artistas plásticas vem da adolescência, quando ambas frequentavam a Escola Artística Soares dos Reis. “Sabíamos que queríamos trabalhar juntas e criar um espaço artístico de trabalho, mas que fosse também um lugar onde pudéssemos vender as nossas coisas”, conta Filipa. 

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A paixão de Miguel Mateus pelos violinos nasceu quando tinha apenas sete anos. O pai tinha estado na Guerra do Ultramar e lá ajudou um homem, chamado Philip Spitzer, que estava a passar uma fase difícil e precisava de roupa. Quando o pai de Miguel regressou a Portugal, no fim da guerra, recebeu um convite do alemão para ir até à sua casa em Lisboa. 

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