Joana Estrela
© João Saramago Joana Estrela criou um painel de desenho colaborativo

No ateliê de... Joana Estrela

O ateliê da ilustradora fica na sua casa no Bonfim, espaço que partilha com um outro artista: o gato Muji. As histórias, essas, vivem na sua cabeça. Todos os dias.

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Contar histórias e ilustrá-las não foi uma decisão, Joana Estrela soube desde muito cedo que este seria um lado muito importante da sua vida. “Sempre gostei muito de desenhar e de escrever. E sabia que ia fazer isto, mesmo se tivesse outro emprego,” conta. Estudou Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, curso que escolheu por ser abrangente e lhe permitir explorar diferentes áreas. Enquanto não arranjava emprego, começou, quase sem querer, a criar um portefólio de ilustração e a reunir alguns clientes. Pouco depois, dedicou-se a escrever e a fazer banda desenhada. Propaganda, o seu primeiro livro, é deste género.

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No ateliê de... Joana Estrela

No ateliê de... Joana Estrela

Só mais tarde é que apareceram os livros infantis que até aos dias de hoje continuam a representar grande parte do trabalho de Joana.

Quando está a preparar-se para escrever ou ilustrar uma nova publicação, a autora vai buscar inspiração às suas memórias e experiências. “Quase todos os meus trabalhos têm algo de autobiográfico, ainda que, depois, o resultado seja ficcional.” É o caso de Aqui é um Bom Lugar, um dos mais recentes projectos, que foi pensado de forma a recriar o diário de um adolescente. Para isso, foi buscar referências aos cadernos gráficos que tinha quando era mais nova. A artista também já recebeu vários prémios. Com o seu primeiro livro, Mana, publicado pela editora Planeta Tangerina, ganhou o prémio Serpa para Álbum Ilustrado. Apesar de serem livros infantis, Joana gosta de escrever histórias que tenham camadas, isto é, em que o leitor,  em fases diferentes da sua vida, possa encontrar diferentes detalhes.

Neste momento, a artista está numa licença “sabática” que diz ser “auto-forçada”, já que no Inverno passado trabalhou em três livros diferentes. Mas nada tema, porque a artista está a aproveitar este tempo para trabalhar nos seus próprios projectos e ideias. Fique atento.

joanaestrela.com

No ateliê de... Joana Estrela

Gato

“Chama-se Muji, tem seis anos, mas não é sempre meu. É da minha irmã também, porque nós vivíamos juntas quando o adoptámos. Entretanto ela arranjou um outro gato e eles não se deram bem, por isso, voltou para minha casa.”

Caderno

Ao longo dos anos, Joana foi guardando os seus diários gráficos. O da fotografia faz parte de uma colecção muito especial. “Quando fiz Erasmus, na Hungria, achei que tinha de levar comigo uns cadernos mais especiais, então, mandei fazer estes”, explica.

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Fotonovelas

“Vou-lhes dando uso quando quero fazer colagens. Na realidade nem faço assim tantas para justificar a quantidade de fotonovelas que já tenho guardadas. Comprei estas na Livraria Tintimportintim, na Rua da Conceição.”

Desenhos

É uma das organizadoras dos encontros Drink & Draw, onde um grupo de pessoas se junta para beber e desenhar. “Tanto eu como o Nicolau, que organiza comigo, temos uma caixa com os desenhos que fomos recolhendo. Ainda não sabemos bem o que fazer com eles.”

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Mapa

“Fiz este mapa com os melhores sítios para chorar no Porto há uns anos. Nessa altura estava a viver numa casa de estudantes horrível e tinha sido despedida do emprego. Então sentia que não podia chorar em casa porque me iam ouvir.”

À venda por 7€ na Ó! Galeria, Senhora Presidenta e em joanaestrela.com.

Mais ateliês para conhecer

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Basta ouvir o sotaque de Irena para perceber que a designer não é de cá. É da Alemanha, diz-nos. Aliás, é “meia austríaca e meia alemã”. Nasceu em Munique, mas estudou design industrial na Faculdade FH Joanneum, em Graz, na Áustria. Ainda considerou a arquitectura, mas a família demoveu-a. “Estudei, então, design industrial que, se pensarmos bem, é a arquitectura de objectos pequenos.” E como é que o Porto entra nesta história? Irena veio para cá quando decidiu fazer Erasmus na ESAD — Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos. Entretanto recebeu uma proposta de trabalho para participar na Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 e, desde então, nunca mais deixou Portugal.

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Nove anos depois, o Oupas! Design está bem de saúde e recomenda-se. Este estúdio de design foi criado por três amigas, Joana Croft, Cidália Abreu e Sofia Farinha Gomes, quando saíram da universidade. "Tínhamos vontade de trabalhar juntas, mas não havia dinheiro para investir. Então, falámos com os nossos professores e eles deram-nos a oportunidade de fazer um ano de incubação na faculdade", conta Sofia. Aproveitaram esse ano experimental, não só para começar a construir uma carteira de clientes, mas também para descobrir qual seria a linguagem gráfica do estúdio. O trio foi, desde sempre, adepto de trabalhos manuais e, por isso, queriam ir além da unidimensionalidade dos trabalhos de design gráfico normais. 

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  • Joalharia

Há sete anos que Ana Pina se dedica à joalharia. A arquitecta começou por trabalhar em casa, foi investindo em ferramentas e maquinaria, até que um dia sentiu a necessidade de começar a partilhar o seu espaço com outras pessoas. Foi então que se mudou para um segundo andar na Rua de Cedofeita, em 2015, onde nasceu o Tincal Lab, um misto de local de trabalho e de exposição. Para que a situação se tornasse mais sustentável, criou um cowork com quatro mesas de trabalho. Uma para ela e as restantes para quem as quisesse ocupar pontual ou mensalmente. 

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