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Duas Portas Townhouse
© Cláudia Paiva

Duas Portas: a nova townhouse com vista para o rio

Oito quartos, jardim e uma família inteira. É o que está por trás da Duas Portas Townhouse, a casa azul bebé com duas portas castanhas mesmo em frente ao Douro

Escrito por
Inês Bastos
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Quem passeia pela Marginal que liga a Ribeira à Foz facilmente acaba distraído com o rio. Nada contra. Mas também é verdade que ao olhar sempre para o mesmo lado se perdem alguns pormenores do casario que acompanha a linha da água. Notou alguma diferença desde Julho? Se reparou num aumento do número de carros estrangeiros e malas com rodinhas, a culpa é em parte da Duas Portas Townhouse, a nova residente do número 516 da Rua das Sobreiras, mesmo em frente ao Douro.

Duas Portas: a nova townhouse com vista para o rio

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À primeira vista é uma casa típica do século XIX, pintada de azul bebé muito clarinho, com três andares e duas portas castanhas. A surpresa é o que vai encontrar dentro delas, onde o cliché de sentir-se em casa ultrapassa quaisquer expectativas. É que este alojamento é um projecto de família e isso não se finge.

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Vamos começar pela árvore genealógica: Luísa Souto Moura (a filha mais velha do conhecido arquitecto Eduardo Souto Moura) herdou a paixão pela arquitectura e juntou-se a Francisca Penha, a tia enfermeira, para gerirem juntas a townhouse comprada pelo irmão de Francisca (tio de Luísa) e projectada por Luísa Penha, mãe de Luísa e irmã de Francisca. Ficou tudo em família, portanto (e mais tarde ainda vamos perceber que até a irmã mais nova de Luísa entrou na equação).

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Em dois anos e meio nasceu a Duas Portas. Os quartos espalham-se pelos dois andares superiores. Sobe-se uma escadaria verde escura (tal como o chão dos quartos) com guarda metálica e dá-se de caras com quatro quartos – dois com vista rio e outros dois com vista para o jardim interior. O mesmo acontece no terceiro andar da casa. Dentro de cada uma das portas reina a luz, muito graças às grandes portadas que não lhe barram a entrada. Os tons verdes e brancos e as madeiras claras e naturais dão-lhe o toque final. Lembra-se de termos falado da irmã de Luísa? É aqui que Maria Souto Moura entra, já que cada um dos oito quartos tem um quadro diferente feito pela artista. Nas casas-de-banho, como noutras zonas do piso social da casa, saltam à vista os azulejos em mosaico hidráulico, pretos e brancos, como antigamente.

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Descemos novamente ao piso térreo, onde encontramos as zonas sociais da Duas Portas. É impossível não piscar o olho às duas bicicletas estacionadas ao fundo da escadaria. São para uso gratuito dos hóspedes. Seguindo o mesmo caminho, dá-se de caras com a sala dos pequenos-almoços, onde é servido todos os dias um bolo diferente, feito por Francisca. Há ainda três tipos de pão e croissants folhados, também caseiros e finalizados na cozinha, mesmo ali do outro lado da parede. O sumo de laranja é feito na hora, as compotas são caseiras (já viu a quantidade de vezes que repetimos esta ideia?) e há sempre fruta, muitas vezes vinda directamente da horta biológica de uma prima.

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A separar a sala de pequenos-almoços do jardim estão alguns degraus de pedra (a intenção era contá-los mas perdemo-nos assim que chegámos ao topo). É certo que ainda falta algum mobiliário mas isso não parece importar aos hóspedes que já se vão espalhando pela zona ajardinada.

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Por esta altura perdemo-nos na conversa com um alemão que se apaixonou por Portugal ao ponto de ter decidido aprender a falar a nossa língua. Mas vamos voltar ao que realmente interessa: se esta townhouse se chama Duas Portas porque é que só falámos de um espaço? É que a outra porta que se vê na fachada, a maior, será um restaurante a partir de Novembro. O proprietário e o conceito estão ainda no segredo dos deuses e a única coisa que se sabe é que vão ter um espacinho reservado no jardim para uma horta.

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