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A violinista russa Ianina Khmelik vive no Porto há mais de dez anos
© DRA violinista russa Ianina Khmelik vive no Porto há mais de dez anos

Ano novo, música nova: estes oito projectos merecem ouvidos atentos

Está cansado de ouvir as mesmas músicas? Pois é, ano novo, música nova. Conheça estes oito projectos que merecem ouvidos atentos

Escrito por
Ana Patrícia Silva
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Electrónica, pop, rock, free jazz e soul, em defesa da liberdade na arte e no amor. Estes oito novos projectos portuenses merecem ouvidos atentos. Como suspeitamos que desse lado está um leitor ávido por novos ritmos e batidas, reunimos uma série de novos projectos e artistas emergentes. Os nomes Cate, Don Pie Pie, Meera, Daxuva, Macaia, IAN, Sequoia Guzmán e Terebentina dizem-lhe alguma coisa? Não, então recomendamos uma leitura atenta do que segue, porque em 2019 estes nomes vão dar o que falar nos palcos deste país (e lá fora também).

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Oito novos projectos merecem ouvidos atentos

Cate
© Vera Marmelo

1. Cate

É uma das melhores coisas que aconteceram ao r&b nacional. Cate cresceu a ouvir os discos de vinil do pai (DJ Chibanga), estudou jornalismo no Porto, viveu em Londres e foi para Lisboa trabalhar como assistente de bordo. Investiu em aulas de canto, escreveu, trabalhou com o produtor JustJon e assim nasceu um som com sentimento e sedução, sintonizado nas suas raízes angolanas. Não nasceu lá, mas em África sente-se “em casa” – “as músicas, os ritmos, os cheiros, a comida, as cores”, tudo lhe é familiar. O EP de estreia chega com as andorinhas, na Primavera.

Don Pie Pie
© Miguel Oliveira

2. Don Pie Pie

Leonardo da Rocha na guitarra, Miguel Moura nos teclados e Pedro Varela na bateria são um trio em intrincada articulação. Os sintetizadores lançam-se em delírios galácticos, a guitarra ora se deleita nas melodias, ora arrasta tudo pelo chão, e a bateria cola e descola estas peças todas. Fazem música para complicar, desconstruir e desalinhar, mas também com vontade de partir tudo. Fluindo pela mente e fruindo no corpo, os Don Pie Pie sorvem a efervescência e a liberdade do rock quando se deixam contaminar pelo jazz, o afrobeat e instintos prog. Este ano completam a sua trilogia de EPs. 

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Meera
© DR

3. Meera

Se é para amar, que seja por inteiro. Com todas as cores e de todas as maneiras. Os Meera criam canções disco-soul que apelam à libertação sexual, celebram o hedonismo e o amor-próprio. Jonny Abbey e Cecília Costa cruzaram-se numa banda, viajaram pelo mundo e estamparam essa amizade na música. Regressados a Portugal, conheceram o produtor Goldmatique e descobriram afinidades musicais. Depois de remisturas para Moullinex e The Gift e dois temas editados com o selo Discotexas, vão continuar a lançar música em 2019, a fazer a festa nos palcos, a amar e a ser amados.

Daxuva
© Cat Rain

4. Daxuva

Desde novo que Pedro Ferraz se atirou ao piano e à guitarra. Tocou em quartos e garagens, formou os Blind Charge e explorou o hip-hop nas rimas e nas batidas. Daxuva é o seu novo projecto electrónico, uma colaboração com a brasileira Nina Miranda (ex-Smoke City). Conheceram-se em 2015 no Porto e a parceria floresceu no ano passado no álbum Le Jardin. A produção depurada de Daxuva abre espaço aos sons e ao silêncio. No sopro de uma brisa, Nina Miranda dá-lhe doçura na serenidade sussurrada da voz. Este ano vão continuar a apresentar o álbum em Portugal e lá fora. 

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Macaia
© Alastair Begley

5. Macaia

A magia de Macaia está na sua voz, uma dádiva de soul e rap. Cresceu no meio musical evangélico, estudou piano clássico e, desde 2015, que trabalha com Mundo Segundo (Dealema) em concertos e em estúdio. A sua emancipação a solo começou no final de 2018. “Desde que respiro que estou conectado com música”, conta. “A partir do momento em que percebi que isto era a minha missão, embarquei com toda a disciplina, foco e seriedade que existe em mim.” Este ano vai continuar a mostrar ao mundo o que vale – “vou lançar o álbum antes do Verão e tenho outros projectos em cima da mesa”. 

IAN
© DR

6. IAN

Ianina Khmelik é uma violinista e cantautora russa que encontrou a sua casa no Porto há mais de uma década. Toca regularmente com os GNR, integra a Orquestra Sinfónica do Porto e já colaborou com nomes como Dulce Pontes, Mesa e Custódio Castelo. IAN é a sua reinvenção a solo. Numa síntese das suas vivências, é ela quem compõe e manuseia todos os instrumentos e ferramentas electrónicas. Inspirada na vasta música que a rodeia, funde elementos de trip-hop, pop e electrónica com instrumentos como o piano e o violino. O álbum de estreia deverá ser lançado em Março. 

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Sequoia Guzmán
© DR

7. Sequoia Guzmán

Nasceram numa garagem, mas com vontade de colorir para lá das linhas. A expressividade da voz emoldura uma poética do quotidiano com perdigotos punk e psicadélicos, dinamitados pelas guitarras, baixo e bateria. “A formação da banda é a clássica escola de rock, mas esse revivalismo anda de mãos dadas com a total liberdade artística”, diz André Faria, que forma os Sequoia Guzmán com Álvaro Granja, Diogo Faria e Gonçalo Teles. 2019 vai ser o ano de um novo álbum e concertos – “vamos estar à vista de todos. Quantos mais concertos tivermos, mais felizes estaremos”. 

Terebentina
© Vera Marmelo

8. Terebentina

Terebentina é um projecto altamente inflamável de pintores e músicos do colectivo artístico portuense Bergado. Salivando ao sabor da incerteza, nos terrenos mais crus do rock, noise e free jazz, expressam-se em forma de vertigem e visceralidade. Um delicioso caos de ruído e poesia apocalíptica, em defesa da democratização da expressão artística. Em 2018, o sexteto borbulhou no submundo independente da Invicta com performances pujantes. Em 2019, vão continuar a mostrar a sua arte em exposições, concertos e publicações. O primeiro EP chega no início do ano. 

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