A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Promessas Musica 2018
©DR

Oito apostas musicais para 2018

A Norte há sempre algo a acontecer. Uma nova geração de músicos está aí prestes a rebentar. Mostramos oito nomes que merecem ouvido atento nos próximos tempos

Escrito por
Ana Patrícia Silva
Publicidade

Na bola de cristal da música popular no Porto e arredores para 2018 vêem-se promessas de muitos géneros. Exemplos? Hip-hop, canções para violão com sabor a Brasil, afro-house, rock psicadélico e até rock com cheiro a praia fluvial. Não está a ver o que é? Tudo é revelado aqui, entre as nossas oito apostas para 2018.

Oito apostas musicais para 2018

Tiago Nacarato
©DR

Tiago Nacarato

O Porto conheceu-o com o colectivo Bamba Social, o 
resto do país apaixonou-se por ele no programa The Voice. Tiago Nacarato tem alma e ascendência brasileira, tem o tacto e a ternura que o samba pede. Com sotaque tripeiro ou com o sotaque açucarado do Brasil, a voz dele é uma arma
 de sedução. Em Fevereiro mostra-se a voz e violão no Passos Manuel, em data dupla (23 e 24). Aguarda-se também 
o álbum a solo e uma muito solicitada estreia no Brasil – o país irmão está caidinho por ele.

Diron Animal

Já se conhecia o fogo de Diron enquanto vocalista dos Throes + The Shine. Agora a solo, explora mais a fundo as raízes angolanas. O álbum Alone, lançado no final de 2017, tem um apetite pelas pistas, arde num caldeirão cultural de ritmos afro-house e colhe inspiração do gueto de Cazenga (Luanda), onde viveu até aos 17 anos, quando se mudou para o Porto. Este ano vai continuar a frutificar o projecto a solo, levando-o por vários palcos pela Europa.

Publicidade

VIA

A formação académica na área da música equipou-a com toda a sabedoria técnica, mas a doçura da simplicidade daquilo que canta vem de dentro dela. Cedo começou a compor os seus temas, mas demorou a mostrá-los. Após quatro anos de estudo em Lisboa, regressou ao seu Porto em 2014 e iniciou um projecto musical. Depois de um 2017 recheado de concertos – andou em digressão com Miguel Araújo –, 2018 vai ser ocupado com novos singles, mais concertos e, lá para o final do ano, o álbum de estreia.

G.S.K.A.D.J.A.
©DR

G.S.K.A.D.J.A.

O mundo precisa de pessoas assim, que não pedem licença para existir. Este é o nome
 de guerra de Joana Vieira 
(São Pedro da Cova, 1991).
 Faz música desbocada e empoderada, rugida de raiva 
e vísceras. No dia em que descobriu o hip-hop, o mundo dela nunca mais foi o mesmo. Em 2016 lançou a primeira mixtape, Rimas Soltas, com vídeos onde traduz visualmente os labirintos da sua cabeça e do corpo. Este ano há novo álbum e parcerias com outros MCs e artistas visuais.

Publicidade
Psychtrus
©DR

Psychtrus

Um único concerto no Carpe Diem Bar (Santo Tirso) bastou para saltarem para um estúdio e gravar o álbum de estreia. Rock despenteado, torrado de calor psicadélico, tocado com gozo e prazer, é o que se ouve das mãos de Gonçalo Teles (voz e guitarra), Gabriel Coelho (voz e guitarra), Diogo Faria (bateria) e Miguel Figueiredo (baixo). Para 2018 espera-se uma porrada de concertos deste quarteto de indie tirsense.

Mathilda
©DR

Mathilda

Quando era mais nova, a 
irmã dizia-lhe que tinha uma voz bonita – “aliás, mais do que bonita, diferente” – e tinha razão. O apoio fraternal conduziu Mafalda Costa (17 anos) ao Conservatório de Guimarães e à Escola do Rock, que a levou ao festival Paredes de Coura. Foi nesse palco que ela percebeu o que a fazia feliz. A primeira amostra musical, “Infinite Lapse”, mostra uma sensibilidade rara para bordar as cordas e deslizar a voz nas melodias. E isto ainda é só o começo.

Publicidade
El Señor
©DR

El Señor

Reza a lenda que, na noite 
da vitória nacional no Euro 2016, três rapazes de Fafe festejavam junto a uma rulote quando decidiram formar uma banda. Um ano depois, os três campeões – Guilherme (26, guitarra e voz), Michel (27, baixo) e Vítor (22, bateria) – gravaram o seu rock com cheiro a praia (fluvial), lançaram o EP de estreia e aprofundaram este ié-ié minhoto nos concertos. Há material novo no horizonte.

Fábia Maia
©DR

Fábia Maia

Deu-se a conhecer ao mundo com versões acústicas de
 temas do rap nacional, desconstruindo os originais com abordagens melodiosas. No EP Melodia-me – produzido por SuaveYouKnow (a.k.a. J-Cool), com participações de Slow J e Jimmy P – a barcelense Fábia Maia revelou-se uma autora a merecer olhar atento no universo do hip-hop e r&b. Este ano vai preparar um segundo projecto a solo, “uma reinvenção total como artista, num registo menos angelical e mais dirty”. Um “novo eu”.

Outras sugestões

  • Música
  • Música ao vivo

Em Fevereiro há música de muitas latitudes para escutar nos palcos da cidade. Da Jamaica a brisas do Brasil, de França a um denso contingente britânico liderado pelo regressado Tricky, da Guiné-Bissau a, claro, Portugal. Reggae, jazz-rock, garage, trip-hop — é escolher.

  • Música
  • Pop

O ano 2018 começou com pé a fundo no acelerador nos universos da pop e da música de dança. Há regressos inspirados de Kylie Minogue e Tracey Thorn, fulgurante electrónica nacional graças a Branko, PEDRO e P. Adrix, e mais um tratado de reggaeton por J. Balvin. Siga pela playlist Time Out e conheça as melhores canções da semana.  

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade