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A nova Manteigaria. Sempre que o sino toca há pastéis de nata acabados de fazer

Escrito por
Bernardo Gonçalves
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Em Abril, um novo sino passou a tocar na zona da Cordoaria. Não falamos das já conhecidas badaladas que vêm da Igreja e Torre dos Clérigos. Desta vez, o som sai da mais recente loja da Manteigaria, no coração da Baixa. 

O primeiro ponto de venda da marca, no Bolhão, foi inaugurado em Julho de 2017 em parceria com a Delta Q. No final daquele mesmo ano, a empresa começou a namorar a zona dos Clérigos, com o intuito de ter uma segunda loja e marcar presença com toda a “plenitude” na cidade.

Raul Andrade, director-geral, explica que o conceito de loja é “democrático”, atendendo aos diversos públicos que lá chegam. Com a opção de levar ou comer ao balcão, todos os visitantes podem assistir à preparação do pastel de nata, o ex-líbris da casa.

Mais queimado ou mais claro, com canela, açúcar, frio ou quente ou para comer à colher, há natas para todos os gostos. Da massa ao recheio, tudo é produzido artesanalmente, com produtos de qualidade, garantem. De cada vez que sai uma fornada, o pasteleiro toca o sino na porta da loja para anunciar que há natas acabadas de fazer, prontas para serem devoradas.

Feito com açúcar, farinha, ovos, leite e sumo de limão, o creme é produzido “por força de braço”, como adverte Raul Andrade. Durante 30 minutos, em lume aceso, o pasteleiro envolve a mistura sem parar, sempre com atenção para não queimar.

©Marco Duarte

A massa, uma das primeiras etapas da produção, depois de pronta vai para uma bancada, onde é esticada e misturada à manteiga, um dos ingredientes-chave que confere o sabor e o aspecto crocante à nata.

©Marco Duarte

Depois de misturada, a massa é enrolada e separada por rolos. Posteriormente, é fatiada em pequenos pedaços de massa (em média com um centímetro de espessura) e estes são colocados dentro das formas metálicas, onde serão trabalhados com o auxílio do dedo polegar, passado por água, para que a massa deslize facilmente.

©Marco Duarte

Com a massa nas formas, o creme é adicionado e os pastéis seguem para o forno. Permanecem lá cerca de oito minutos a 450 graus. "O tempo depende da espessura do creme, da massa e da temperatura ambiente. É preciso estar sempre atento, é um trabalho de dedicação", diz Raul Andrade.

©Marco Duarte

Diferentes especialistas estiveram envolvidos na receita da nata, entre eles o chef estrelado Miguel Rocha Vieira, o crítico gastronómico Virgílio Gomes e o mestre pasteleiro da Manteigaria, Rogério Loupas. Raul Andrade explica que o objectivo era perpetuar o "legado da pastelaria portuguesa" e criar uma receita "autêntica, à mão, com o saber que vem de trás", da doçaria conventual.

Na loja dos Clérigos pode provar o pastel de nata (1€) com o capilé (1.80€), bebida a base de xarope de ervas, muito comum no século XVIII, ou optar pelo tradicional café (0.70€). Não se esqueça também do copo de vinho do Porto Burmester 10 anos (5€).

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