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Arte contemporânea para ver no metro do Porto

Escrito por
Patrícia Santos
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Aliados, Campo 24 de Agosto, Casa da Música, Combatentes, Heroísmo, Marquês e Trindade. Estas são as sete estações de metro que vão acolher, até 22 de Setembro, a exposição Ver as Vozes dos Artistas, que conta com a curadoria de Miguel Von Hafe Pérez. Nesta exposição pública terá a possibilidade de ver peças de 40 criadores, de 12 nacionalidades.

A ideia original era preencher as paredes mais emblemáticas da Invicta e os espaços que estão a desaparecer, disse Daniel Pires, director artístico do Maus Hábitos, espaço responsável pelo projecto, em entrevista à Time Out. Só não avançou porque sentiram que nesses locais havia um maior risco de colocarem um poster e, no dia seguinte, este ser removido.

Alteraram, portanto, os planos. Entraram em contacto com o Metro do Porto, que se interessou pela ideia e ajudou a implementá-la. Estava dado o primeiro passo para a chegada das peças, algumas delas, mais de 80%, realizadas propositadamente para a exposição, com o objectivo de chamar a atenção das pessoas, num local em que o tempo escasseia. 

Mas há quem realmente pare para ver? Há tempo para isso? Daniel Pires acredita que sim, tal como a publicidade o faz, explicou. "Mesmo que as pessoas estejam a pensar no que precisam de fazer quando chegar a casa ou sobre o que os espera no trabalho, a informação está a entrar", esclareceu, acrescentando que querem "suscitar-lhes a curiosidade". 

© João Pádua

Utilizar o metro como espaço expositivo é, por si só, uma “inovação”, de acordo com o director artístico, mas não é o único veículo de informação. “Pela primeira vez criámos uma aplicação”, revelou. Através desta, que tem o mesmo nome da exposição, é possível aceder a um “catálogo com todas as estações envolvidas no projecto e a indicação das peças dos artistas presentes em cada uma delas”, bem como informações sobre os seus criadores.

Esta exposição é o ato I da curadoria de dois anos de Miguel Von Hafe Pérez, que se insere no tema Emergência, no sentido do “que urge mostrar, daquilo que tem de se berrar às pessoas, que se tem de falar”. Para já, ainda não está definido o que vai ser realizado no próximo ano, mas será algo “dentro da mesma dinâmica, com múltiplos artistas, em múltiplos espaços”.

Até lá, há 40 imagens de 40 artistas para ver, que chegam de países como Itália, Holanda, Áustria e Espanha. Julião Sarmento, Cristina Mateus e Pedro Cabrita Reis são alguns dos nomes nacionais que integram a iniciativa. 

Está ainda a ser realizado um registo em vídeo e fotografia sobre o impacto da exposição no metro e na vida dos que por ela passam. “Precisamos de conhecer quanto tempo as pessoas disponibilizam para olhar as peças”, concluiu.

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