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Casa São Roque e A Sede: brota arte na zona oriental do Porto

Escrito por
Maria Monteiro
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Com a bicentenária e recuperada Casa São Roque e a renovada galeria A Sede, São Roque reforça o seu lugar no mapa da programação artística e cultural da cidade.

É no antigo Palacete Ramos Pinto, um edifício com 250 anos, que fica o novo centro de arte contemporânea do Porto. A Casa São Roque abriu ao público no mês passado, após dois anos de obras de recuperação possibilitadas por um acordo entre a Vivercidade – Associação para a Promoção da Arte e a Câmara Municipal do Porto. “Avançamos com mais de 500 obras de 35 artistas nacionais e internacionais”, conta Pedro Álvares Ribeiro, presidente da Casa São Roque e detentor da colecção que ali se vai expor.

Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Pepe Espaliú ou Monika Sosnowska são alguns nomes que vão figurar neste espaço, cuja direcção artística cabe a Barbara Pivovarska, curadora do pavilhão da Polónia na Bienal de Veneza. Mas a casa, é, ela própria, um objecto artístico, nota Pedro Álvares Ribeiro. “Temos móveis desenhados pelo [arquitecto] Marques da Silva, estuques feitos pelos históricos Meira, e um jardim trabalhado pelo jardineiro-paisagista Jacinto de Matos”.

A Sede é um espaço dedicado às artes visuais e à literatura
A Sede
© DR

Nos três pisos, “as obras de arte respiram de forma especial”, num diálogo com o espaço já visível na exposição Inventória, de Ana Jotta, que ocupa a casa até 8 de Março com mais de 60 obras de instalação, escultura, vídeo e intervenções in situ. O centro de arte é ainda composto pelo jardim, que se funde com o Parque de São Roque, e por uma garagem de mais de oito metros de altura para obras maiores. A programação paralela deverá incluir concertos, apresentações de livros e provas de vinho.

Um pouco mais abaixo, na Corujeira, está a renovada A Sede, espaço dedicado às artes visuais e à literatura, anteriormente situado em Santa Catarina. O projecto, que teve um interregno de dois anos, regressa não muito diferente pelas mãos do arquitecto Jorge Garcia Pereira. “Temos duas salas de exposição e um espaço exterior que será para apresentações de livros, debates e conferências”. A Sede terá uma programação trimestral com o objectivo de trazer “boa arte para o espaço e para a zona”. Para isso, haverá um curador convidado por exposição, que por sua vez convidará artistas mais e menos conhecidos com trabalhos em pintura, escultura ou fotografia: é o caso de Precipício, de Miguel Oliveira, na galeria até 7 de Dezembro.

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