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Casa São Roque
© DRCasa São Roque

Casa São Roque vence prémio de recuperação arquitectónica

O antigo Palacete Ramos Pinto funciona agora como centro de arte contemporânea. A Casa São Roque foi considerada a melhor intervenção na categoria de "edifícios não residenciais" no Prémio João de Almada.

Escrito por
Ana Patrícia Silva
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A recuperação da Casa São Roque, da autoria de João Mendes Ribeiro, foi unanimemente considerada como a melhor intervenção na categoria “Edifícios Não Residenciais” pelo júri da 19.ª edição do Prémio João de Almada. Trata-se de um prémio criado no final dos anos de 1980, pela Câmara Municipal do Porto, com o objectivo de incentivar e promover a recuperação do património arquitectónico da cidade. Na categoria “Edifícios Residenciais” foi distinguida a reabilitação de um edifício da Rua da Restauração, um projecto assinado pelo arquitecto Eduardo Souto de Moura.

A Casa São Roque é considerada "um dos mais notáveis edifícios da zona oriental da cidade do Porto", lê-se no site do município. O júri reconheceu na obra “um particular cuidado na recuperação de todos os valores patrimoniais e na interpretação das tipologias originais, cumprindo exemplarmente os critérios de apreciação arquitectónica previstos no programa de concurso”. Foi também valorizado “o esforço na recuperação de toda a envolvente ajardinada da casa”, reavivando a relação entre o interior e o exterior. 

Casa São Roque
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A história da Casa São Roque remonta a 1759, altura em que, fazendo parte da Quinta da Lameira, funcionou como mansão e pavilhão de caça. No século XIX, pertenceu à família de Maria Virgínia de Castro, que em 1888 se casou com António Ramos Pinto, um dos mais conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto. Entre 1900 e 1911, o arquitecto José Marques da Silva tratou da remodelação e expansão da casa, ao mesmo tempo que Jacinto de Matos desenhou o jardim.

Em 1979, a quinta e a casa foram adquiridas pela Câmara Municipal do Porto ao último dono, António Eugénio de Castro Ramos Pinto Cálem. A mobília e os objectos mais importantes foram preservados e ainda hoje estão em uso na colecção da Casa do Roseiral. O edifício mantém hoje o seu estilo ecléctico, introduzido com a remodelação de Marques da Silva, que se inspirou nos historicismos franceses do século XIX e na art nouveau belga, tendo sido recentemente reabilitado sob a supervisão do arquitecto João Mendes Ribeiro.

Casa São Roque
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A Casa São Roque abriu ao público em 2019, após dois anos de obras de recuperação. Funciona agora como centro de arte contemporânea, criando um diálogo entre arte e arquitectura nos seus três pisos e fundindo-se com o Parque de São Roque. A programação paralela inclui concertos, apresentações de livros, provas de vinho e visitas guiadas às suas camélias centenárias.

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