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Com uma nova cara, Cultura em Expansão traz 28 espectáculos a vários locais do Porto

A iniciativa municipal tem um novo modelo de programação e, até Julho, apresenta vários projectos artísticos em 11 espaços da cidade, resultantes de uma 'open call'.

Ana Catarina Peixoto
Escrito por
Ana Catarina Peixoto
Jornalista, Porto
Cultura em Expansão
Sérgio Monteiro
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É uma tradição na cidade do Porto há 11 anos e está de volta para mais uma edição, desta vez com um novo modelo de programação. O Cultura em Expansão apresenta, até Julho, 12 projectos artísticos com a participação das comunidades locais, que vão ocupar 11 espaços menos convencionais do Porto. O programa municipal conta com um total de 28 apresentações públicas gratuitas, desde o teatro à dança, passando por conversas e performances. 

A programação completa, escolhida a partir de uma open callvai concentrar grande parte das actividades na Associação de Moradores da Bouça, na Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira e na Associação Nun’Álvares de Campanhã, entre outros locais da cidade. 

Os principais destaques da programação deste ano incluem o projecto Terracota que à terra volta, uma criação em cerâmica da Soalheira - Associação Social de Cultura Ambiental, que envolveu moradores e utentes do Asas de Ramalde - polo de Campanhã. O trabalho, apresentado a partir de 18 de Julho, tem uma forte ligação à natureza e ao território, sendo que as apresentações incluem “instalações e percursos sensoriais, numa abordagem que combina arte, ecologia e comunidade”.

Já na Associação de Moradores do Bairro da Pasteleira Torres Vermelhas há oficinas de canto e percussão tradicional na quinta-feira, dia 26 de Junho, para todos os que têm interesse em aprender o cancioneiro tradicional alusivo à vida e ao trabalho das comunidades piscatórias (as inscrições são feitas através do email culturaemexpansao@agoraporto.pt ). No dia seguinte, 27, acontece o espectáculo Maré, da cooperativa cultural Sons Vadios, numa homenagem às comunidades piscatórias portuguesas que vai combinar música tradicional, poesia dita e vídeo. 

Entre os dias 3 e 6 de Julho e de 9 a 12 de Julho, o Teatro Universitário do Porto (TUP) apresenta a peça Um corpo é uma forma, em colaboração com o colectivo silentparty e estudantes da cidade. O espectáculo acontece na sede do TUP e “resulta de um processo de reflexão sobre a ocupação do espaço público, habitação e desigualdades sociais, com foco nas experiências de corpos dissidentes”, refere a organização em nota de imprensa.

Também em Campanhã, no dia 26 de Julho, na Associação Nun’Álvares, estreia a narrativa Uma rua de cada vez, de Mariana Correia Pinto, que reflecte sobre o direito à habitação e a resistência quotidiana, a partir de uma história real. Já na Associação de Moradores do Bairro Pinheiro Torres constrói-se Mulheres em Cena, uma criação de Alice Guerreiro com mulheres do Programa de Consumo Vigiado do Porto e vizinhas da comunidade. O projecto combina uma conversa pública no sábado, 28 de Junho, e um momento performativo no dia 26 de Julho, incentivando a escuta e o combate ao estigma.

Já em Aldoar decorre o projecto “IRM_A”, co-criado com mulheres ciganas e artistas e que inclui oficinas, performances e conversas. A primeira iniciativa será o concerto O Som que viaja, no dia 5 de Julho, na Associação de Moradores do Bairro de Aldoar. 

Vários locais (Porto). Até 30 Julho. Entrada livre

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