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É uma tradição na cidade do Porto há 11 anos e está de volta para mais uma edição, desta vez com um novo modelo de programação. O Cultura em Expansão apresenta, até Julho, 12 projectos artísticos com a participação das comunidades locais, que vão ocupar 11 espaços menos convencionais do Porto. O programa municipal conta com um total de 28 apresentações públicas gratuitas, desde o teatro à dança, passando por conversas e performances.
A programação completa, escolhida a partir de uma open call, vai concentrar grande parte das actividades na Associação de Moradores da Bouça, na Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira e na Associação Nun’Álvares de Campanhã, entre outros locais da cidade.
Os principais destaques da programação deste ano incluem o projecto Terracota que à terra volta, uma criação em cerâmica da Soalheira - Associação Social de Cultura Ambiental, que envolveu moradores e utentes do Asas de Ramalde - polo de Campanhã. O trabalho, apresentado a partir de 18 de Julho, tem uma forte ligação à natureza e ao território, sendo que as apresentações incluem “instalações e percursos sensoriais, numa abordagem que combina arte, ecologia e comunidade”.
Já na Associação de Moradores do Bairro da Pasteleira Torres Vermelhas há oficinas de canto e percussão tradicional na quinta-feira, dia 26 de Junho, para todos os que têm interesse em aprender o cancioneiro tradicional alusivo à vida e ao trabalho das comunidades piscatórias (as inscrições são feitas através do email culturaemexpansao@agoraporto.pt ). No dia seguinte, 27, acontece o espectáculo Maré, da cooperativa cultural Sons Vadios, numa homenagem às comunidades piscatórias portuguesas que vai combinar música tradicional, poesia dita e vídeo.
Entre os dias 3 e 6 de Julho e de 9 a 12 de Julho, o Teatro Universitário do Porto (TUP) apresenta a peça Um corpo é uma forma, em colaboração com o colectivo silentparty e estudantes da cidade. O espectáculo acontece na sede do TUP e “resulta de um processo de reflexão sobre a ocupação do espaço público, habitação e desigualdades sociais, com foco nas experiências de corpos dissidentes”, refere a organização em nota de imprensa.
Também em Campanhã, no dia 26 de Julho, na Associação Nun’Álvares, estreia a narrativa Uma rua de cada vez, de Mariana Correia Pinto, que reflecte sobre o direito à habitação e a resistência quotidiana, a partir de uma história real. Já na Associação de Moradores do Bairro Pinheiro Torres constrói-se Mulheres em Cena, uma criação de Alice Guerreiro com mulheres do Programa de Consumo Vigiado do Porto e vizinhas da comunidade. O projecto combina uma conversa pública no sábado, 28 de Junho, e um momento performativo no dia 26 de Julho, incentivando a escuta e o combate ao estigma.
Já em Aldoar decorre o projecto “IRM_A”, co-criado com mulheres ciganas e artistas e que inclui oficinas, performances e conversas. A primeira iniciativa será o concerto O Som que viaja, no dia 5 de Julho, na Associação de Moradores do Bairro de Aldoar.
Vários locais (Porto). Até 30 Julho. Entrada livre
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