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Língua de vaca / Real by Casa da Calçada
©Luís FerrazLíngua de vaca / Real by Casa da Calçada

Comida portuguesa e de conforto é o que se serve às mesas do renovado Real by Casa da Calçada

Depois de uma renovação na carta e no conceito, reabriu com dois novos espaços: um restaurante onde pratos da gastronomia portuguesa e portuense ganham destaque; e uma cafetaria com opções mais leves e rápidas.

Escrito por
Mariana Morais Pinheiro
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Às vezes é preciso mudar o disco. E, como em todos os discos, há sempre um lado A e um lado B. A música que o Real by Casa da Calçada agora toca, é ligeiramente diferente da que antigamente por aqui se ouvia. Em Fevereiro, depois de uma renovação na carta e no conceito, reabriram com dois novos espaços: um restaurante onde pratos da gastronomia portuguesa e portuense ganham destaque; e uma cafetaria com opções mais leves e rápidas, que tentam turistas e jovens, bem como antigos clientes do emblemático café Garça Real, que aqui morou em tempos.

“Sentimos uma grande necessidade de repensar o projecto, que estava a caminhar muito no sentido do fine dining e não era essa a nossa intenção. O Real reabriu, agora, renovado e com um conceito mais consistente, focado na comida portuguesa, de memória, naquela comida de conforto que comíamos na casa das nossas avós”, começa por explicar Manuel Leite, director do grupo Casa da Calçada, acrescentando que simplificaram o serviço, tornando-o mais descontraído.

Arroz de marisco / Real by Casa da Calçada
©Luís FerrazArroz de marisco / Real by Casa da Calçada

Outra das grandes esperanças para este espaço é que ele se torne uma “referência na cidade do Porto”. “Temos reparado que a maior parte dos restaurantes que abrem são de comida internacional. Há poucos a focarem-se na nossa gastronomia, por isso, decidimos ir por este caminho: ter um espaço no centro do Porto, requintado, com estas valências, mas que dá à comida portuguesa um toque de contemporaneidade”, continua.

Assim sendo, na carta não faltam clássicos, preparados pela equipa da Casa da Calçada que desceu até ao Porto, enquanto o mítico hotel de cinco estrelas em Amarante se encontra fechado para remodelação. Polvo com molho verde, carapau de escabeche, bolinhos e pataniscas de bacalhau, croquetes de rabo de boi, tripas enfarinhadas, amêijoas à Bulhão Pato e lulas salteadas são alguns dos petiscos que dão início à refeição (entre 8€ e 22€), seguidos pela sopa de peixe ou pela canja de galinha com hortelã (9€ e 8€).

Real by Casa da Calçada
©Luís FerrazReal by Casa da Calçada

Nos pratos principais para partilhar aparecem, sobretudo, arrozes, como o de marisco, o de cabidela ou o arroz de robalo selvagem com boletos (entre 45€ e 57€). Se não lhe apetecer partilhar (percebemos!), os pratos individuais de peixe e de carne também têm muito que se lhe diga. Do arroz de robalo e algas, passando pelos filetes de polvo com arroz do mesmo, pelo bacalhau à Brás, pelos rojões de porco bísaro, pela vitela assada no forno ou pelas tripas à moda do Porto (entre 18€ e 46€), vale tudo a pena. Mas não saia sem provar a muito tenra e saborosa língua de vaca estufada com cenoura, ervilhas e puré de batata. Fica a dica.

A refeição pode ser acompanhada pelos vinhos da Casa da Calçada, mas pela garrafeira há mais de 100 referências, de norte a sul do país, por onde escolher, muitas delas oriundas de pequenos produtores. A sobremesa, outro dos pontos altos, que é precedida por uma selecção de variados queijos de diferentes curas e complexidades, chega à mesa num carrinho apetitoso, como se via nos serviços de antigamente. A bordo vêm tortas de laranja ou tangerina, pudins Abade de Priscos, semifrios de requeijão e nozes, sericaias com pêras bêbadas em Porto Tawny, toucinhos-do-céu, Don Rodrigos e a típica doçaria amarantina (entre 5€ e 9€). 

Pudim Abade de Priscos / Real by Casa da Calçada
Luis FerrazPudim Abade de Priscos / Real by Casa da Calçada

Se estiver com pressa, há um menu de sugestão de almoço, ou, então, pode sempre ficar pela cafetaria com montra virada para a rua e dois menus de almoço a 7,90€ e 9,90€, entre muitas outras opções, como tostas, saladas, salgados variados e sumos. Para serem devorados com mais tempo, os pequenos-almoços bem compostos – como o continental, com pães, pastelaria, queijos, charcutaria, compotas, mel, sumo e uma bebida quente (7,90€) ou o americano, com panquecas, ovos, bacon, sumo e bebida quente (11,90€) – são boas sugestões. Assim como o brunch Real (14,90€) que leva, entre outras coisas, pão brioche torrado com salmão de cura artesanal e queijo creme. 

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